Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quarta-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Às vésperas do feriado, o mercado aguarda o Fomc, mas  também deve refletir a alta do minério e a temporada de resultados, com destaque para Magazine Luiza e Bradesco. Confira os destaques desta quarta-feira na bolsa:

  1. 1. Bolsas mundiais

    O dia é de fortes ganhos para os principais índices mundiais, a despeito da grande expectativa do mercado em relação à reunião do Fomc (Federal Open Market Commitee), com os principais índices mundiais avançando com commodities e alta de papéis de tecnologia. Já a expectativa de avanço do plano fiscal de Donald Trump também favorece a alta do S&P futuro.

  2. Em Seul, o Kospi atingiu nova máxima histórica, ao avançar 1,31%, a 2.556,47 pontos. Ajudaram a impulsionar o índice sul-coreano a Samsung Electronics e a SK Hynix, ambas com ganhos de quase 4%.Já na China continental, as bolsas exibiram ganhos marginais, estendendo a recuperação de ontem, após registrarem fortes perdas no começo da semana na esteira de uma nova onda de liquidação no mercado de bônus. Na Bolsa de Tóquio fechou em forte alta nesta quarta-feira, impulsionada por balanços positivos de empresas japonesas.
  3. No mercado de commodities, o minério de ferro interrompe perda em Dalian, já o níquel dispara e lidera alta entre metais em Londres com investidor apostando em demanda com carro elétrico; enquanto o petróleo mantém rali com sinais de queda de estoques nos EUA. 

  4. Às 8h20 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:
     
  5. *CAC-40 (França) +0,55%

*FTSE (Reino Unido) +0,19%

*DAX (Alemanha) +1,64%

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

*FTSE MIB +1,03%

*Hang Seng (Hong Kong) +1,23% (fechado)

*Xangai (China) +0,08% (fechado)

Continua depois da publicidade

*Nikkei (Japão) +1,86% (fechado)

*Petróleo WTI +1,31%, a US$ 55,09 o barril

*Petróleo brent +1,18%, a US$ 61,66 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,94%, a 430 iuanes

2. Agenda econômica

Os olhos do mercado ficarão voltados para a reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) às 16h, e apesar da expectativa de manutenção da taxa de juros, as atenções se voltam ao comunicado em busca de pistas adicionais sobre uma possível elevação em dezembro. Vale destacar que este pode ser um dos últimos encontros comandados por Janet Yellen, em meio à ampla expectativa de que ela seja substituída em fevereiro de 2018. Donald Trump deve anunciar o novo nome na quinta-feira (2), com a balança pendendo para escolher Jerome Powell, atualmente diretor do Fed.

Às 10h15, haverá ainda os dados do ADP, com estimativa de criação de 200 mil empregos. Ainda nos EUA, atenção para os dados da indústria de outubro divulgados pelos institutos Markit e ISM respectivamente às 11h45 e ao meio-dia. Também ao meio dia, serão divulgados os dados de gastos com construção e, às 12h30, os números de estoque de petróleo semanal. 

No Brasil, a produção industrial de setembro chama a atenção do mercado, com variação bastante forte na comparação interanual, mas leve recuo na margem (natural após quatro altas consecutivas nesta base de comparação, em que acumulou ganhos de 3,4%), de acordo com a avaliação da Rosenberg Consultores Associados. “De maneira geral, segue a recuperação da indústria, com volta também das contratações, como mostram os dados da PNAD divulgados na semana passada”, aponta a consultoria. 

3. Noticiário político

Com as últimas pesquisas eleitorais mostrando a consolidação do ex-presidente Lula e do deputado federal Jair Bolsonaro na liderança das pesquisas, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu na tarde desta terça-feira (31) a criação de uma frente ampla de partidos de centro para disputar as eleições presidenciais do ano que vem com o objetivo de derrotar esses nomes. 

O tucano, que é cotado para disputar a presidência, disse que não será um agente “fracionador em São Paulo e nem no PSDB”. Para ele, se não houver esta união, um representante da direita radical ou da esquerda radical vencerá a eleição. Doria disse que é preciso “discernimento, concordância, liderança e humildade” para criar uma frente ampla de centro. A divisão, disse ele, resultaria na vitória de Lula ou Bolsonaro. Ele ainda  não descartou ser o vice em uma chapa “puro-sangue” liderada pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin. “Todas as hipóteses ficam em aberto, não advogo nenhuma delas”.

4. Enquanto 2018 não chega…

O mercado também fica de olho nas sinalizações do governo Michel Temer após a votação da segunda denúncia contra ele na Câmara, com o ambiente de ameaças de deputados do centrão de derrotar o governo em votações até de medidas provisórias no plenário da Câmara em meio a disputa por cargos e emendas prometidas durante as negociações para as votações. 

Segundo a coluna Painel, da Folha, líderes do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) querem que o Planalto abrace a construção de uma agenda feita “a seis mãos”, fruto de acordo do Executivo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). A ideia é focar em propostas já em tramitação e com apelo popular, em meio à tese de que Michel Temer sobreviveu às denúncias, mas perdeu capital político.

5. Noticiário corporativo 

O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para os resultados de Magazine Luiza, que surpreenderam os analistas positivamente (veja mais aqui), com lucro 273%, de de R$ 92 milhões, enquanto o Bradesco teve queda de 10,9% no terceiro trimestre de 2017 na base de comparação anual, para R$ 2,884 bilhões. Em termos ajustados, o lucro teve alta de 7,8%, totalizando R$ 4,81 bilhões. Já o IRB Brasil lucrou R$ 222 milhões no mesmo período. 

No noticiário sobre Oi, a China Telecom e TPG se reúnem hoje com a AGU para falar sobre a companhia. Segundo a Folha, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, vai ouvir nesta quarta-feira dos representantes da China Telecom e do fundo TPG que a Oi precisa de R$ 10 bilhões em dinheiro novo para se tornar viável. A Bradespar, por sua vez, informou que não pagará a primeira parcela da remuneração anual aos acionistas, enquanto, segundo o Estadão, a Restoque já contratou os bancos de investimento que estruturarão sua oferta de ações, prevista para ocorrer em novembro.

O radar de recomendações também é movimentado: a Arezzo foi rebaixada para market perform pelo Itaú BBA, enquanto Transmissão Paulista foi rebaixada para market perform pelo Banco do Brasil e CSN foi elevada para market perform pelo Itaú BBA. A Lojas Americanas foi rebaixada para neutra pelo JPMorgan, enquanto B2W elevada para overweight, ao passo que as ações da Metal Leve foram elevadas para ’outperform’ pelo Safra, com preço-alvo de R$ 25.

Por fim, no InfoTrade, estaque para o Ibovespa, cujo rumo será definido pelo comportamento diante da média móvel de 50 dias, além das ações do Itaú Unibanco (ITUB4), que encontraram importante suporte de curto prazo. – confira a análise completa.

(Com Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.