Renner surpreende com lucro 65% maior; S&P corta rating da JBS e mais notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta terça-feira (24)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados começa a ganhar força na noite desta terça-feira (24) com a Lojas Renner surpreendendo o mercado com um balanço bem melhor que o esperado. Os ratings da JBS e da São Martinhos também são notícias. Veja os destaques da noite:

Lojas Renner (LREN3)
SÃO PAULO – A varejista de moda Lojas Renner divulgou um lucro líquido de R$ 140,3 milhões no terceiro trimestre, o que representa uma alta de 65,3% sobre um ano antes. Com isso, a companhia superou a projeção mais otimista compilada pela Bloomberg, que era de R$ 135 milhões.

A companhia apurou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 299 milhões, avanço de 30,4% ante o terceiro trimestre de 2016. A projeção dos analistas consultados pela Bloomberg era de R$ 274,8 milhões. A margem avançou 1,6 ponto percentual, para 19,8%.

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O ajuste no Ebitda é feito considerando o plano de opções de compra de ações, participações estatutárias e o resultado da baixa de ativos fixos. Sem esses ajustes, o Ebitda do trimestre foi de R$ 288,7 milhões, aumento de 36,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A Renner reportou ainda receita líquida de R$ 1,746 bilhão entre julho e setembro, crescimento de 20,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, ante expectativa de R$ 1,67 bilhão. Em nove meses, a receita acumulada é R$ 4,992 bilhões, aumento de 15% na mesma comparação.

Considerando apenas a venda de mercadorias no varejo e excluindo os produtos financeiros, a receita foi de R$ 1,512 bilhão no terceiro trimestre, crescimento de 20% ante igual período do ano passado. Em nove meses, essa receita alcançou R$ 4,377 bilhões, elevação de 15,2%.

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JBS (JBSS3)
A S&P rebaixou o rating de crédito de emissor na escala global atribuídos à JBS e à JBS USA de ‘B+’ para ‘B’, com a perspectiva se mantendo negativa em ambos os casos.

Segundo a agência de risco, “após a prisão do CEO da JBS e os riscos contínuos de notícias negativas, acreditamos agora que a empresa poderá enfrentar maiores dificuldades para refinanciar seus vencimentos de curto prazo até meados de 2018”.

A perspectiva negativa reflete a visão da S&P de continuidade nos riscos reputacionais, o que poderá colocar obstáculos ao refinanciamento das dívidas da empresa nos próximos meses e poderá enfraquecer sua flexibilidade financeira.

Máxima do ano
A Petrobras ganhou força na tarde do pregão de hoje e fechou cotada a R$ 16,51, no caso dos papéis preferenciais (PETR4), uma valorização de 1,91%, que não só foi a máxima do dia, mas também o maior patamar desde 10 de novembro do ano passado. As ações ordinárias (PETR3), também subiram forte (+2,12%), cotadas a R$ 16,85.

São Martinho (SMTO3)
A São Martinho teve sua perspectiva de rating elevada pela Standard & Poor´s para “BB+ Positivo”. De acordo com a agência de risco, a melhora do outlook reflete a expectativa de geração de caixa crescente nas próximas safras e desalavancagem financeira, abrindo a possibilidade para um  upgrade no rating em escala global da Companhia em até 24 meses.

O rating corporativo em escala nacional ‘brAAA’ com outlook estável permanece inalterado – nível máximo existente na escala de avaliação da agência.

Duratex (DTEX3)
A Duratex informa que assinou o contrato para conclusão da compra da Ceusa, uma das principais produtoras de revestimentos cerâmicos do País. A empresa foi adquirida por R$ 280 milhões (100% das ações). A operação foi aprovada, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação foi anunciada no final de agosto.

Em nota, a empresa diz que o novo negócio permitirá a ampliação do portfólio da Duratex, que reúne as marcas Durafloor (pisos laminados e LVT), Deca (louças e metais sanitários), Hydra (produtos para aquecimento de água e válvulas), Duratex (painéis de madeira e revestimentos de paredes e forros) e, agora, Ceusa (revestimentos cerâmicos).

“A chegada da Ceusa é estratégica para os negócios da Duratex”, afirma Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da companhia, na nota. A empresa destaca que a Ceusa possui uma gestão profissionalizada, é pioneira em diversas tecnologias aplicadas à produção de revestimentos cerâmicos e possui capacidade de produção de 480 mil m2/mês e 330 colaboradores. “Com mais uma frente de atuação, partimos para um destaque cada vez mais expressivo no mercado, ampliando nosso portfólio e gerando mais oportunidades de negócios”, diz o presidente.

A Ceusa está localizada na cidade de Urussanga, Santa Catarina, e registrou receita líquida de R$ 162 milhões e Ebitda de R$ 31 milhões em 2016. Com a assinatura final do acordo, a empresa será incorporada aos resultados financeiros da Duratex.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.