Small cap movimenta R$ 37,3 milhões em “block trade” na B3; Vale afunda 6% em 4 pregões

Confira os principais destaques de ações desta sexta-feira

Paula Barra

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Confira abaixo os principais destaques de ações desta sexta-feira:

Vale (VALE3, R$ 31,91, -1,85%; VALE5, R$ 29,56, -1,63%)
As ações ONs da Vale caem pelo 4° pregão seguido, acumulando no período perdas de 6%. O movimento acompanha os preços do minério de ferro. Hoje, a commodity spot (à vista) negociada no porto de Qingdao, na China, caiu 3,83%, a US$ 63,56 a tonelada, enquanto os contratos futuros do minério cotados bolsa chinesa de Dalian registraram queda de 3,91%, a 467 iuanes. 

Seguem o movimento negativo os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 23,94, -2,29%) – holding que detém participação na Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 11,27, -2,42%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,52, -1,78%), CSN (CSNA3, R$ 9,73, -4,98%) e Usiminas (USIM5, R$ 9,37, -1,58%). 

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Petrobras (PETR3, R$ 16,05, -0,80%; PETR4, R$ 15,55, -0,77%)
As ações da Petrobras operam no negativo em dia misto para os nesta sessão. Em Londres, os contratos futuros do Brent registravam leve queda de 0,24%, a US$ 50,43 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, subiam 0,30%, a US$ 56,60 o barril. 

Além disso, no radar, a estatal informou que foi iniciado o procedimento de mediação extrajudicial com a Sete Brasil, cujo mediador escolhido pelas partes foi Gustavo Binenbojm. Segundo comunicado, “o resultado da mediação estará sujeito às normas de governança corporativa e conformidade da Petrobras, bem como à aprovação pelos seus órgãos competentes”.

A companhia ainda informou que elevará em 0,2% o preço da gasolina e em 0,6% o do diesel; os preços para as refinarias são válidos a partir do dia 23, segundo informação no site da Petrobras. 

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B3 (BVMF3, R$ 24,75, -0,92%)
A B3 informou que recebeu nova multa de cerca de R$ 3 bilhões da Receita Federal, que questiona o critério usado pela empresa na amortização do ágio gerado pela incorporação da Bovespa em maio de 2008. 

A Receita questiona a amortização do ágio gerado nos exercícios de 2012 e 2013 pela incorporação de ações da Bovespa pela BM&F em 2008. A cobrança é de R$ 2,22 bilhões a título de Imposto de Renda e R$ 798,2 milhões a título de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), incluindo, em ambos os casos, multas e juros. A B3 informou que apresentará impugnação ao auto de infração no prazo regulamentar e reafirmou seu entendimento de que o ágio foi constituído regularmente.

Apesar da notícia, o Bradesco BBI não espera uma reação negativa do mercado, uma vez que esta notificação pela Receita era amplamente esperada. “Reafirmamos a nossa visão positiva sobre a B3, pois acreditamos que se sobressai no momento a atividade mais forte no mercado de capitais (através de aumento do giro financeiro da bolsa, novas aberturas de capital, dentre outros eventos), fatos que podem representar um potencial realinhamento para cima das nossas estimativas em vigor”, apontam os analistas do banco. 

Recomendações

As recomendações são destaque no noticiário corporativo desta sexta. O Brasil Plural iniciou cobertura para três empresas do setor de energia. A Alupar (ALUP11, R$ 19,36, +1,95%) e a Transmissão Paulista (TRPL4, R$ 70,53, 0,0%) tiveram a cobertura iniciada com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) pelo Brasil Plural. Já a Taesa (TAEE11, R$ 22,47, +0,45%) foi iniciada com recomendação equalweight (exposição em linha com a média) também pelo Brasil Plural. Já a Omega Geração foi iniciada com recomendação de compra no Santander. Por fim, a CCR (CCRO3, R$ 24,61, -1,48%) foi rebaixada para market perform (desempenho em linha com a média do mercado) pelo Itaú BBA e a EzTec (EZTC3, R$ 24,76, -0,92%) foi rebaixada de outperform para neutra pelo Bradesco BBI, apontando que a ação da empresa já atingiu o preço-alvo de R$ 25. 

Brasilagro (AGRO3, R$ 13,59, +1,34%)
Um “block trade” com as ações small caps da Brasilagro movimentou R$ 37,3 milhões na bolsa nesta tarde – ficando acima dos R$ 34,2 milhões previstos em nota divulgada pela B3 ontem (veja aqui). A operação será intermediada pelo Citigroup. 

Segundo o comunicado de ontem, o vendedor dos papéis não era controlador, nem membro do conselho de administração da empresa.

EzTec 

Ainda sobre a EzTec, a Garicema Empreendimentos Imobiliários firmou documentos vinculantes comprometendo-se a alienar a Torre B ao EZTB. Segundo a empresa, a “Garicema recebeu, nesta data, a título de sinal, o valor de R$ 15.000.000,00 e receberá, sujeito às condições mencionadas abaixo, até o dia 05 de outubro de 2017, da EZTB e por meio de uma operação estruturada, o valor à vista de R$ 635.382.478,00, corrigido pelo CDI a partir de 18 de setembro de 2017 até a data do efetivo pagamento”.

 Este é um valor atraente e bom para ambos os lados, já que o preço do aluguel deve continuar aumentando na cidade de São Paulo – o que é atraente para Brookfield a longo prazo, enquanto a EZTec pode usar o dinheiro para se concentrar parcialmente em aquisições de terrenos para o seu core business (não totalmente incorporado em nosso modelo), ao mesmo tempo em que financia a construção do projeto Tinken (outro complexo que totaliza 60km2, em frente ao EZTower ).

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 16,30, -3,95%)

O Conselho de Administração do Carrefour Brasil elegeu Noël Prioux como diretor presidente. Ele substituirá, a partir de 2 de outubro, Charles André Pierre Desmartis, que renunciou aos cargos de diretor presidente e de membro do conselho do grupo, segundo comunicado. Prioux também foi eleito membro do conselho em substituição a
Desmartis. A companhia ainda aprovou emitir R$ 2 bilhões em notas promissórias.

JSL (JSLG3, R$ 9,99, +4,06%)

A JSL afirmou que está avaliando a possibilidade de abertura de capital do seu negócio de locação e comercialização de ativos pesados (caminhões e máquinas), mediante a realização de uma oferta pública inicial de ações, segundo fato relevante.

A JSL contratará instituições financeiras para assessorá-la nessa análise e na determinação dos termos de uma eventual oferta, a qual estará sujeita à concessão dos registros pela CVM e às condições de mercado, disse a companhia.

BR Malls (BRML3, R$ 14,64, -0,41%)

A administradora de shopping centers BR Malls anunciou que seus sócios na Alvear Participações manifestaram interesse em exercer uma opção de venda de 30% no negócio avaliado em cerca de R$ 520 milhões. A Alvear é dona de 93% do Shopping Catuaí Londrina, 100% do Shopping Catuaí Maringá e do Shopping Londrina Norte e 98,5% do Shopping Catuaí Cascavel. O exercício da opção de venda depende de a ação da BR Malls superar R$ 18,28. 

Oi (OIBR4, R$ 3,55, +0,85%)

Sobre a Oi, a China Telecom, TPG negociam participação na companhia, segundo o Valor. Econômico. Os executivos das companhias estão realizando reuniões com áreas técnicas e diretores de alto escalão da empresa de telefonia.

Braskem (BRKM5, R$ 44,11, -0,50%)

A Braskem encerrou contrato para compra de nafta e gasolina leve da venezuelana PDVSA que expira neste mês, afirmou a companhia brasileira nesta quinta-feira. A companhia não comentou sobre o motivo para o fim do contrato de longo prazo, mas afirmou que representava menos de 0,1% de seu consumo anual de nafta. “A Braskem continua com compras regulares de matéria-prima, mantendo operações industriais no Brasil”, disse a empresa em comunicado. 

A petrolífera venezuelana tem enfrentado dificuldades para manter seus laços comerciais em meio a dificuldades em pagamento de fornecedores por causa de sanções impostas à companhia e outros executivos da empresa pelos Estados Unidos. Uma fonte ouvida pela agência Reuters na Braskem e outra na PDVSA afirmaram que as sanções dos EUA sobre a estatal venezuelana influenciaram na decisão de encerrar o contrato.

Rumo (RAIL3, R$ 10,35, -0,38%)
A BlackRock  adquiriu exposição a 67.000.155 ações da companhia, o que corresponde a 5% do total de ações ordinárias emitidas. A companhia ainda informou que o Conselho de Administração aprova oferta primária de ao menos 220 milhões de ações. A Rumo é sociedade investida da Cosan Logística, que aprovou proposta de aumento de capital da companhia no valor R$ 750 milhões. Assembleia geral extraordinária também realizada nesta quinta-feira, por sua vez, aprovou outro aumento de capital, este no valor de R$ 1 bilhão.