Cemig pede adiamento de leilão por 15 dias

"Isso não traz nenhum prejuízo para o governo. De qualquer forma, o dinheiro entrará no caixa do Tesouro no dia 30 de novembro", disse o presidente da estatal

Estadão Conteúdo

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O presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, pediu ao governo e à Justiça para adiar por 15 dias o leilão marcado para a próxima quarta-feira. Nesse prazo, ele pretende concluir as negociações para a própria Cemig fechar um financiamento e pagar a outorga pelas hidrelétricas. “O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) e diretamente aos órgãos do governo que cuidam do assunto”, disse.

“Isso não traz nenhum prejuízo para o governo. De qualquer forma, o dinheiro entrará no caixa do Tesouro no dia 30 de novembro”, afirmou, em referência à data de pagamento da outorga, prevista no edital.

Alvarenga comemorou a decisão do ministro do STF Dias Toffoli, que derrubou um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que impedia as negociações entre o governo e a empresa.

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O governo quer licitar, pelo preço mínimo de R$ 11 bilhões, as usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande. Ontem, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que o governo espera concorrência no leilão. Na avaliação de Oliveira, a usinas não são mais alvo de qualquer impedimento judicial. “Estamos com uma expectativa positiva. O leilão está desimpedido. Há interesse de vários grupos. O leilão tende a ser bem exitoso”, disse o ministro, sem mencionar nomes de interessados.

Interessadas

Além da própria Cemig, companhias como a Alupar, Engie e State Grid chegaram a analisar as propostas. Oliveira afirmou que o governo tem expectativa de que os lances pelas usinas possam superar a arrecadação prevista. “Gostaríamos que fosse mais”, comentou o ministro após participar de uma reunião com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU).

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Segundo Alvarenga, se não conseguir viabilizar o financiamento, a Cemig não terá do que reclamar ao governo. “O governo se aproveita da situação financeira complicada em que a empresa está para vender as usinas. Foi uma armadilha para prejudicar a Cemig”, reclamou.

O executivo aproveitou para pedir o apoio da bancada mineira no Congresso. “É preciso defender a Cemig. A Cemig não tem partido. Todos devem se unir em favor da empresa”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.