Petrobras elevará preço da gasolina em 4,2% na sexta; 5 recomendações e mais 13 empresas no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (31)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As recomendações agitam o noticiário corporativo desta quinta-feira, além do reajuste de preços da Petrobras para a gasolina e o “protesto” da Sabesp sobre a revisão tarifária feita pela Arsesp. Confira mais destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4)

 A Petrobras anunciou nesta manhã um aumento de 4,2% no preço da gasolina e de 0,8% no preço do diesel, válidos a partir de sexta-feira (1).

Na noite de quarta-feira (30), a companhia anunciou um aumento do preço médio nas refinarias em 0,5% para a gasolina e em 2,5% para o diesel, com os novos preços entrando em vigor a partir de hoje. 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Em comunicado, a companhia informou que representantes do Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da estatal concordaram que os ajustes promovidos têm sido suficientes para garantir a aderência dos preços praticados pela cia. às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio. Ao longo de agosto, companhia . promoveu ajustes acumulados com alta de 3,4% na gasolina e alta de 2,2% no diesel.

Recomendações

A Biotoscana (GBIO33), que abriu o capital na bolsa em 21 de julho, foi iniciada com recomendação overweight pelo JPMorgan e de compra pelo BTG Pactual, este último possuindo preço-alvo de R$ 33 por BDR. De acordo com os analistas do BTG, a companhia está bem a fabricante e distribuidora de medicamentos de alta complexidade está bem posicionada para colher os benefícios de um envelhecimento da população na América Latina. 

Já o HSBC elevou a recomendação para a Usiminas (USIM5) de manutenção para compra, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 5 para R$ 8. A Bradespar (BRAP4) também teve a recomendação elevada de manutenção para compra, com o preço-alvo passando de R$ 19,55 para R$ 28,30. Por fim, a Locamerica (LCAM3) foi elevada pelo Safra para outperform, com preço-alvo de R$ 15,50. 

Equatorial (EQTL3) e Cesp (CESP6)

Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a  Equatorial Energia está entre as empresas cadastradas para acessar a sala de informações abertas pelo governo paulista sobre a privatização da elétrica Cesp, cujo leilão está marcado para 26 de setembro. 

O certame oferecerá as ações do governo de São Paulo no bloco de controle da Cesp, ou cerca de 40,6% do capital da companhia, a um preço mínimo de R$ 16,80 por papel, o que significa um valor final de quase R$ 2 bilhões.

Cia. Hering (HGTX3)

A Cia. Hering aprovou o pagamento de dividendos de R$ 50 milhões, o que corresponde a R$ 0,3089 por ação e será pago em 25 de outubro. O pagamento irá utilizar como base de cálculo a posição acionária de 6 de setembro deste ano. As ações da Companhia serão negociadas na condição “ex direito a dividendo”, a partir de 08 de setembro.

J&F

O noticiário sobre a controladora da JBS segue movimentado. Segundo a coluna do Broad, do Estadão, a J&F espera fechar ainda nesta semana o acordo de compra e venda da Eldorado com a canadense Paper Excellence (PE), empresa da mesma família que controla a indonésia Asia Pulp & Paper (APP). Segundo a coluna, a operação deve ser concluída rapidamente. A transação vinha sendo encabeçada pela APP, mas o comprador decidiu trocar a empresa que faria a aquisição por conta de “questões estratégicas e financeiras”. 

Já O Globo informa que, após a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de permitir que os irmãos Joesley e Wesley Batista votem na assembleia extraordinária de acionistas da JBS (JBSS3), que será realizada nesta quinta-feira, minoritários passaram as últimas horas articulando uma contraofensiva. O objetivo, segundo uma fonte ouvida pelo jornal, é reunir os votos necessários para destituir o Conselho de Administração, eleger novos membros e, assim, alterar a composição da diretoria da empresa. Na prática, os minoritários querem afastar a família Batista da companhia e definir quem vai assumir o comando do frigorífico. Por fim, o mesmo jornal informa que os executivos do grupo J&F, proprietário do frigorífico JBS, pediram um prazo adicional de 60 dias para complementar sua delação premiada.

Alpargatas (ALPA4)

A Alpargatas firmou nesta quarta-feira após o fechamento da Bolsa de Valores, termo de adesão ao acordo de leniência da J&F com o Ministério Público Federal (MPF). Em nota, a fabricante de calçados declara que “não participou e que não tinha conhecimento dos fatos relatados no acordo”. Com isso, o MPF se compromete a não propor sanções contra a Alpargatas e suas subsidiárias e garante que eventual inadimplemento ao Acordo de Leniência pela J&F ou por qualquer aderente não implicará em responsabilidade ou descumprimento pela companhia, explica fato relevante.

A administração entende que a adesão está sendo realizada no melhor interesse da companhia, “resguardando-a dos impactos financeiros do Acordo de Leniência, que serão integralmente assumidos pela J&F.”

O documento destaca que com a adesão ao termo de leniência, a Alpargatas “reforça seu compromisso com o fortalecimento dos seus esforços nas áreas de compliance e integridade corporativa, bem como com a criação de valor a seus acionistas, de forma sustentável e perene.”

A Alpargatas foi vendida pelo grupo J&F em julho para Itaúsa (holding de investimentos do Itaú) e Cambuhy/Brasil Warrant (braços de investimento da família Moreira Salles), por R$ 3,5 bilhões. 

Suzano (SUZB5) e Klabin (KLBN11)

Segundo a coluna do Broad, Suzano e Klabin, preparam-se para emitir, no exterior, bônus de dívida com selo verde, a partir de setembro. Juntas, podem levantar até US$ 800 milhões. A captação mais recente de greenbonds da Suzano foi no ano passado, no montante de US$ 500 milhões. Já a Klabin é estreante em títulos verdes.

Rumo (RAIL3)

A Rumo comunicou que, em reunião do Conselho, Ricardo Lewin foi eleito para o cargo de Diretor Vice-Presidente de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia, com efeito imediato e mandato até a data da Assembleia Geral Ordinária de 2018. 

Cielo (CIEL3)

O Conselho de Administração da Cielo aprovou a contratação de empréstimo de US$ 316,255 milhões com o Bank Tokyo e operação de câmbio com o BTMUB. O colegiado também autorizou a operação de swap no âmbito do contrato global de derivativos e apêndice ao contrato com o BTMUB, celebrado em 11 de junho de 2015. Além disso, a Cielo contratará notas promissórias de US$ 325,743 milhões com o Bank Tokyo.

Qualicorp (QUAL3)

Após a queda de 4,4% na véspera, a Qualicorp publicou um fato relevante sobre a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) ajuizada pelo PSL que busca suspender a norma da ANS que regula as atividades de administradores de benefício. A empresa menciona que é dificil prever o prazo de ações dessa natureza, mas menciona que a ADI coincide com as manifestações das operadoras de saúde Seguros Unimed e Central Nacional Unimed, indicando que elas teriam “interesse comercial privado direto na ADI proposta, em detrimento dos interesses dos usuários dos planos de saúde”. Os analistas do Credit Suisse questionam se as operadoras teriam interesse em oferecer o serviço, se o consumidor de fato se beneficiaria se as operadoras oferecessem o serviço sem a intermediação das administradoras, e em última instância, se pagar 12% sobre o prêmio pelos serviços ofertados pela Qualicorp é justo pela que o consumidor recebe como serviço. De acordo com os analistas, a ANS vai defender a norma atual, mas a questão é complexa, o timing é incerto e a volatilidade deve continuar.

Veja mais: Como um partido político afundou na quarta-feira uma das melhores ações da bolsa em 2017

Minerva (BEEF3)

Quatro estabelecimentos citados na operação Vegas da Polícia Federal, localizados no Tocantins, serão interditados e passarão por auditorias para garantir que não haverá riscos à saúde pública, segundo o Ministério da Agricultura.  Os servidores do ministério investigados serão afastados; servidores conveniados serão substituídos. O ministério determinou auto embargo de exportações dos estabelecimentos envolvidos. 

A interdição, com o objetivo de evitar riscos à saúde dos consumidores, inclui suspensão às exportações de unidades da Minerva, LKJ, Boi Brasil e Gelnex Indústria e Comércio. O ministério informou ainda que servidores suspeitos de irregularidades serão afastados e passarão por processo administrativo disciplinar.

A Minerva Foods esclareceu que não há indiciamento ou denúncia contra a companhia ou seus executivos e membros do Conselho de Administração. A unidade da empresa em Araguaína disse que mantém as suas atividades regulares e reafirmou o compromisso com as melhores práticas e o cumprimento da legislação e do seu Manual de Ética.

Sabesp (SBSP3)

 Em apresentação a ser feita durante audiência pública sobre revisão tarifária na quinta-feira, a Sabesp disse que tarifa média vigente entre julho de 2016 e junho de 2017 calculada pela Arsesp em revisão preliminar está errada e deveria ser R$ 3,28419/m³. O Índice de reposicionamento tarifário para assegurar a receita requerida é 10,42%. 

A  Arsesp havia considerado tarifa média vigente de R$ 3,47484/m³ e reposicionamento tarifário de 4,365%. 

Triunfo (TPIS3)

A TPI – Triunfo Participações e Investimentos informa que a seguradora Swiss Re pagou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) R$ 149,8 milhões referente à parcela da contribuição fixa de outorga de 2016, prevista no contrato de concessão do aeroporto de Viracopos.

No final do mês de julho, os acionistas da concessionária responsável pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), autorizaram a diretoria da empresa a “iniciar o processo de relicitação do objeto do Contrato de Concessão, nos termos da Lei nº 13.448/17”, que estabelece diretrizes para prorrogação e relicitação de concessões de infraestrutura, isto é, a devolução da concessão.

Entre os acionistas de Viracopos estão a Triunfo e a UTC. A Anac acionou o seguro-garantia para o pagamento da taxa de outorga de 2016.

 (Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.