Fibria discute empréstimo de US$ 1,5 bi para comprar Eldorado, diz Bloomberg; ação vai à máxima do dia

Confira os principais destaques da bolsa desta sexta-feira

Paula Barra

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Confira abaixo os principais destaques da bolsa desta sexta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 14,40, +0,56%;PETR4, R$ 13,80, +0,29%)
As ações da Petrobras seguem o movimento do petróleo e sobem nesta sessão. Em Londres, os contratos futuros do Brent registravam alta de 0,86%, a US$ 52,49 o barril, enquanto, em Nova York, os contratos futuros do WTI avançavam 0,51%, a US$ 47,67 o barril. 

A commodity avança e recupera parte das perdas da quinta-feira, motivada pelo temor com um furacão que se move rumo à costa do Golfo dos Estados Unidos e que pode paralisar a produção nas regiões. O Serviço Nacional Meteorológico dos EUA elevou na quinta-feira a tempestade tropical Harvey à categoria de furacão, o que levou algumas refinarias a fechar operações. Harvey deve chegar à costa do Texas na noite desta sexta-feira ou no sábado.

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Ainda no radar, o Conselho da Petrobras aprovou reestruturação societária da subsidiária Petrobras Distribuidora (BR), que implicará aporte de capital e em cisão parcial da unidade, segundo comunicado. A Petrobras aportará R$ 6,3 bilhões na reestruturação. 

O recurso gerado pelo aporte de capital da Petrobras na BR será utilizado integralmente para o prepagamento de dívidas, contraídas anteriormente pela BR e garantidas pela Petrobras, segundo o comunicado. A operação de cisão parcial da BR consiste na separação dos recebíveis detidos pela BR decorrentes de Contratos de Confissão de Dívida (CCDs) com o Sistema Eletrobras que possuem garantias reais e dos recebíveis detidos pela BR com outras sociedades do Sistema Petrobras. A parcela cindida será incorporada na Downstream Participações, subsidiária cujo capital social pertence integralmente à Petrobras e que será incorporada pela estatal. A operação não gera alteração relevante no patrimônio líquido da Petrobras e da BR.

As operações ainda estão sujeitas à aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas da BR e pela reunião de sócios da Downstream, assim como à manifestação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. A incorporação da Downstream ainda será objeto de deliberação pelos órgãos societários competentes. 
A Petrobras ainda reajustou o preço dos combustíveis nas refinarias, elevando o preço da gasolina em 1,2% e cortando o diesel em 0,7%. Os novos preços passarão a vigorar a partir de sábado (26).

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Vale (VALE3, R$ 33,94, +0,18%)
Em dia instável, as ações da Vale tentam se manter em terreno positivo, caminhando para o sexto pregão seguido de alta, quando acumulam ganhos de 9%. O otimismo é embalado pelos preços do minério de ferro. Hoje, a commodity à vista negociada no porto de Qingdao, na China, fechou esta sessão em alta de 1,56%, a US$ 78,38 a tonelada. 

Acompanham o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 25,79, +0,12%) – holding que detém participação da Vale – e as siderúrgicas, com Usiminas (USIM5, R$ 6,87, +1,78%), Gerdau (GGBR4, R$ 11,70, +1,21%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,76, +1,95%) e CSN (CSNA3, R$ 6,88, +1,93%). 

No radar, o Conselho da Vale aprovou proposta de submeter aos acionistas proposta de conversão da totalidade das 307.140.096 ações preferenciais remanescentes em ações ordinárias, segundo fato relevante ao mercado. A mineradora disse que irá convocar assembleia para que os detentores de preferenciais deliberem sobre a proposta de conversão das ações remanescentes. Em outro comunicado, Vale convocou assembleia para 18 de outubro para preencher vagas no conselho. 

Já entre as siderúrgicas, o Conselho de Administração da Usiminas aprovou termo vinculante que prevê alterações no contrato de fornecimento com a Musa (Mineração Usiminas). De O novo acordo prevê a redução do volume de minério que a companhia está obrigada a adquirir da controlada, passando de 4 milhões de toneladas para 2,3 milhões de toneladas anuais de minério de ferro.

Papel e Celulose

Em relatório, os analistas do Bradesco BBI comentaram que esperam que o “momentum” positivo do setor de papel e celulose continue. Eles citam que produtores de celulose branqueada (BEK, na sigla em inglês)  anunciaram recentemente um aumento de preços de US$ 30 a tonelada para setembro, indo para US$ 720 a tonelada, o que, para eles, será totalmente executado. “Vemos chances razoáveis de aumentos adicionais nos preços em outubro ou novembro”, comentaram.

Em meio a esse cenário, eles disseram que seguem positivos com o setor, com Suzano (SUZB5, R$ 17,23, +0,76%) se mantendo como a principal escolha do banco, seguida por Fibria (FIBR3, R$ 40,25, -0,05%) e Klabin (KLBN11, R$ 17,68, -0,39%).

Papel e celulose 

As ações da Fibria (FIBR3, R$ 41,14, +2,16%) e Suzano (SUZB5, R$ 17,78, +3,98%) operam perto das máximas do dia neste momento, figurando entre as maiores altas do Ibovespa. Já a Klabin (KLBN11, R$ 17,60, -0,85%) – que completa o trio de papel e celulose da bolsa – operava em queda. 

Segundo informações da Bloomberg, a Fibria está discutindo os termos para um empréstimo de US$ 1,5 bilhão para uma possível oferta pela Eldorado Brasil, a concorrente que está sendo vendida pela família Batista, da holding J&F. A reportagem cita três fontes com conhecimento sobre o assunto, que pediram para não ser identificadas porque as discussões
são particulares.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,32, +0,62%)

O Conselho do Banco do Brasil aprovou pagamento de juros sobre o capital próprio  de R$ 212,5 milhões. O pagamento de remuneração aos acionistas, relativos ao terceiro trimestre de 2017, será feito em 29 de setembro e terá como base a posição acionária de 11 de setembro, segundo comunicado à CVM.

Cemig (CMIG4, R$ 8,82, +0,57%) e Eletrobras (ELET3, R$ 19,93, +1,63%)

Conforme aponta a Bloomberg em reportagem, o governo Michel Temer vê no leilão das usinas da Cemig seu maior teste para levar a cabo a venda da Eletrobras e ao menos duas subsidiárias, Furnas e Chesf, em razão da resistência política que vem sofrendo de parlamentares que não concordam com as desestatizações, disseram dois auxiliares presidenciais a par das discussões ouvidos pela Bloomberg.

Segundo estes auxiliares, se o governo ceder à bancada de Minas Gerais e desistir de leiloar as quatro hidrelétricas que tiveram seus contratos expirados (Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande), ficará refém das exigências dos mesmos parlamentares que não querem a venda das subsidiárias da Eletrobras. Furnas e Chesf são loteadas há décadas por uma gama suprapartidária composta principalmente do PMDB, PSDB e PP. Furnas também vem sendo alvo de investigação por suposto esquema de corrupção, semelhante ao que ocorreu na Petrobras, com pagamento de propina a políticos por diretores da estatal. Grupo de parlamentares contrários à venda das estatais argumenta que o governo não pode vender patrimônio para pagar déficit fiscal. 

“Iremos até as últimas consequências para impedir a privatização de Furnas e da Cemig, vamos tentar inviabilizar judicialmente, politicamente e militarmente”, disse à Bloomberg o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG). O vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada de Minas Gerais, Fábio Ramalho (PMDB), disse que se o governo desistir da privatização da Cemig, ajuda na defesa das demais concessões e venda de estatais. “São 53 deputados e todos estão fechados na questão da Cemig. A gente não concorda e já falei isso com o presidente Temer”, afirmou Ramalho.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), do mesmo partido do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que depois da venda da Cemig e da Eletrobras, governo pode querer privatizar Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. “Setor estratégico como energia, nem em países como EUA e Japão é entregue ao capital privado como se quer fazer no Brasil”, afirmou. 

O deputado Marcus Pestana (PSDB) defendeu a venda da Eletrobras e subsidiárias, chamando de obsoleta a manutenção de estatais para manter cabides de emprego. “A Eletrobras é um manancial de ineficiência. Só existem quatro caminhos para resolver contas públicas: vender patrimônio, endividar-se, cortar as despesas ou aumentar impostos. Não há mágica”, disse o tucano, que atuou na privatização das teles no governo Fernando Henrique Cardoso. 

Ainda sobre a companhia, a Cemig teve aval do Cade para transferir as linhas de transmissão à Taesa. A operação aprovada sem restrições consiste na transferência da totalidade das participações minoritárias detidas pela Cemig na Transleste, Transudeste e Transirapé à Taesa, segundo parecer publicado no Diário Oficial e no site do Cade. A operação envolve a aquisição de ativos correspondentes às linhas de transmissão de Montes Claros/Irapé, Itutinga/Juiz de Fora e Irapé/Araçuaí. Segundo informações que constam do parecer, a transferência visa otimização da atual estrutura organizacional da Cemig para redução de custos e à ampliação dos níveis de retorno de seus acionistas. 

Bradesco (BBDC4, R$ 34,02, +0,32%)

Em evento realizado em São Paulo, o presidente do Bradesco Luiz Carlos Trabuco afirmou que as sinergias com o HSBC devem somar R$ 3,5 bilhões até o fim de 2018. Ele ainda falou sobre a conjuntura econômica, afirmando que a recessão de três anos foi um teste real de estresse. Para o executivo, a volta do crescimento é questão de “quando”, não de “se” e apontou que as privatizações e licitações serão motor do crédito. “O sentimento é de aumento da demanda e do volume de crédito. A retomada do crédito depende de retomada do investimento”.

Senior Solution (SNSL3, R$ 25,71, +1,62%)
Com ganhos de 85% no acumulado de 2017, o analista Marco Saravalle, da XP Investimentos, conversou nesta sexta-feira com o diretor de relações com investidores da Senior Solution, Thiago Rocha, durante o novo programa da InfoMoneyTV “30 minutos para se aposentar com ações”

Na entrevista, transmitida ao vivo a partir das 11h30 (horário de Brasília), o analista abordou – além da valorização do papel – sobre as próximas oportunidades que a empresa – que atua no desenvolvimento de software para o setor financeiro – enxerga e as sinergias já observadas da última aquisição da ATT/PS, que marcou sua nona compra e quarta com recursos captados na oferta pública inicial de ações, em 2013 (veja aqui). 

Oi (OIBR4, R$ 3,51, +0,29%)

O presidente da Anatel, Juarez Quadros, deu declaração ontem em Brasília após reunião do Conselho e afirmou que a proposta dos credores da Oi ainda não foi apresentada à agência. 

“Amanhã devemos eventualmente apreciar o que eles tenham colocado no protocolo. Se entrar hoje ou amanhã está nos nossas mãos. A questão que irá ao STJ é da Anatel ser ou não obrigada a participar da assembleia dos credores da Oi Bondholders estão pedindo uma reunião e estamos apreciando a decisão”, disse ele.

Varejistas

Em relatório, o Santander afirmou ser o momento para comprar ações de varejistas. A redução da taxa de desemprego, inflação e taxa Selic mais baixas ajudarão as varejistas a continuarem apresentando resultados melhores na próxima temporada de balanços, diz Santander em relatório assinado por João Mamede. Varejistas mais ligadas ao ciclo econômico devem se beneficiar mais da melhora no cenário brasileiro.

Neste cenário, a Lojas Americanas (LAME4, R$ 17,75, +0,68%) continua a ser top pick do setor; Santander espera ganhos na lucratividade impulsionados por uma margem bruta saudável. O banco também gosta de B2W (BTOW3, R$ 18,93, -0,73%), que provavelmente continuará mostrando melhorias em sua geração interna de fluxo de caixa. Via Varejo (VVAR11, R$ 15,43, +1,51%), Cia Hering (HGTX3, R$ 25,83, +5,86%) e IMC (MEAL3, R$ 8,49, -0,47%) foram elevadas de manutenção para Compra, considerando o momento operacional favorável e os múltiplos comerciais atraentes das ações. Já CVC (CVCB3, R$ 36,48, -2,46%) e Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 72,93, -3,15%) tiveram recomendação reduzida de compra para manutenção, tendo em vista o potencial mais limitado para alta dos preços atuais das ações.

JBS (JBSS3, R$ 9,00, +6,76%)
As ações da JBS disparam nesta sessão e vão para sua quarta alta seguida, acumulando ganhos de 12% no período. Na esteira do movimento, fontes disseram à Reuters que, em reuniões com investidores em Nova York este mês, Wesley Batista sugeriu que está aberto a demitir-se uma vez que conclua uma lista de negócios em sua agenda. Ele também disse que os resultados do terceiro trimestre poderiam estar entre “os mais fortes” na história da JBS por causa da recuperação da Seara e sólidas operações nos EUA.

O movimento de saída de Wesley tem sido apoiado e impulsionado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que culpa a conduta do dono da empresa pela queda de 24% do valor das ações este ano. Os esforços para influenciar os acionistas da JBS ocorrem antes da assembleia geral em 1° de setembro, que decidirá o destino de Wesley, que está no comando da empresa desde janeiro de 2011 – quando substituiu o seu irmão mais novo Joesley. 

Além disso, no radar da empresa, o Ministério Público Federal (MPF) homologou o acordo de leniência firmado com o Grupo J&F, controlador da JBS, para que a empresa pague R$ 10,3 bilhões de multa e ressarcimento mínimo pelo esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propinas a agentes públicos. O acordo foi assinado no início de junho pela Procuradoria da República no Distrito Federal e prevê a destinação de R$ 8 bilhões a órgãos públicos prejudicados pelos atos criminosos e o restante (R$ 2,3 bilhões) para o financiamento de projetos sociais. O valor deverá ser pago ao longo de 25 anos e será corrigida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, a previsão do Ministério Público é de que a multa, ao final, supere os R$ 20 bilhões.

B3 (BVMF3, R$ 22,52, -0,27%)

Segundo afirmou o presidente da B3, Gilson Finkelsztain., um eventual fracasso do governo do presidente Michel Temer em tentar fazer aprovar a reforma da previdência ainda este ano certamente vai decepcionar o mercado e pode inviabilizar alguns IPOs (ofertas iniciais de ações) previstos para acontecer neste ano.

“Seria uma decepção se não sair pelo menos uma reforma pequena”, disse ele a jornalistas antes da abertura do 8º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). A B3 vê “mais de dez” empresas analisando ofertas para as próximas janelas. 

Minerva (BEEF3, R$ 12,58, 0,0%)

Com o maior rebanho mundial e ocupando o segundo lugar em produção e exportação de carne bovina, o Brasil tem agora o desafio de melhorar a qualidade do produto, segundo o gerente de Inteligência de Mercado da Minerva Foods, Leonardo Alencar. “O aumento de produção tem que vir com ganho de qualidade. Sem ganho de qualidade, há o risco de termos que comer mais e mais, porque os países lá fora não vão querer comprar nossa carne”.

A Minerva Foods é uma das empresas líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne bovina. Alencar participou do 5º Fórum de Agricultura da América do Sul, promovido pelo Agronegócio Gazeta do Povo, em Curitiba.

A qualidade da carne brasileira voltou a ser discutida desde a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, que denunciou a comercialização de carne adulterada no mercado interno e externo. O maior rigor de outros países em relação à carne brasileira levou recentemente à suspensão das importações de carne fresca pelos Estados Unidos (EUA). O Brasil havia conseguido abrir esse mercado após 17 anos de negociação.

“O mercado internacional conhece a carne do Brasil, sabe que é competitiva e de qualidade, mas o ponto principal [que faz com que compre a carne brasileira] ainda é a competitividade, mais que a qualidade”, diz o gerente.

Eternit (ETER3, R$ 1,16, -4,92%)
Em uma reviravolta, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucional o artigo da lei federal que permite o uso e a comercialização de amianto no País, mas gerou um impasse. Ainda não está claro se a vedação do amianto terá efeito apenas em São Paulo ou em todo o País. O tema deverá voltar à pauta do Supremo na análise da ação contra outras leis estaduais. Hoje, as ações da Eternit caem forte na bolsa.