Temor com a política? Somente a queda da Selic deve levar o Ibovespa para os 80.000 pontos em 2018

Nesse cenário, os setores que mais chamam atenção na bolsa, neste momento, são: bancário, varejo, consumo e ações da Petrobras, diz Celson Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos

Paula Barra

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SÃO PAULO – Apesar da turbulência política, o cenário é de alta para o Ibovespa, guiado por um ambiente de liquidez global, queda da Selic e a possibilidade de avanço das reformas. A opinião é do estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido, que acredita que esse é o momento para investir no mercado de renda variável. 

“O mercado antecipa os movimentos. Só o impacto da queda dos juros no mercado deve levar o Ibovespa para a casa dos 80.000 pontos ao final do ano que vem. Se, além disso, colocarmos na conta a probabilidade de um candidato reformista ser eleito em 2018 e as reformas serem aprovadas temos um potencial de alta ainda maior”, avalia. 

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Somente a busca por rentabilidade (em um ambiente que a Selic saiu de 13,75% em 2016 para possíveis 7% ao fim de 2017) deve provocar uma migração de R$ 140 bilhões dos fundos pensão para a bolsa, em busca de maiores retornos, comenta o especialista. Soma-se a isso um cenário de vitória de um candidato reformista em 2018. Uma pesquisa realizada pela XP Investimentos aponta o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), como favorito na disputa pela Presidência da República no ano que vem. 

Em um universo de 168 investidores institucionais e mais de 400 assessores de escritórios afiliados, representando mais de 50% dos recursos sobre gestão do Brasil, 42% veem Doria como o vencedor da disputa (veja aqui). Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é apontado por 38% dos investidores. Só 6% acreditam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará ao Planalto. 

Além disso, o investidor deve ter em mente o impacto direto que a queda da Selic tem no resultado das empresas. “Ano que vem as empresas devem pegar uma Selic média de 7,5% ao ano, contra uma Selic média de cerca de 10% esse ano. Digamos que elas faturem a mesma coisa, mesmo que 2018 seja ano de eleição que, normalmente, impacta positivamente a econoomia, somente isso vai provocar um efeito positivo no lucro e, por consequência, nos múltiplos das ações”, comentou. Segundo ele, sinais positivos nas empresas já foram vistos na própria temporada de balanços do 2° trimestre, que chega ao fim esta semana. 

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Segundo ele, o investimento em bolsa volta a ficar atrativo nesse ambiente, assim como a possibilidade de ter um rendimento extra via dividendos.

Entre os setores que mais chamam atenção nesse cenário, ele destaca: os bancos, com uma perspectiva de queda da inadimplência; as estatais, citando a Petrobras, em meio ao processo de venda de ativos e redução da alavancagem; varejo e consumo, com a confiança da população voltando e juros menores; e o setor elétrico, de olho nos dividendos que voltam a ficar atrativos com a Selic menor.   

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