8 ações reagem a balanços do 2° tri; Copel dispara 14% em 2 pregões e Sabesp cai 4% com revisão tarifária

Confira os principais destaques da bolsa desta segunda-feira

Paula Barra

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Confira abaixo os principais destaques da bolsa desta segunda-feira:

B3 (BVMF3, R$ 21,23, +0,62%)

A B3 registrou um lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 163,315 milhões no segundo trimestre deste ano, ante um prejuízo de R$ 114 milhões registrado no mesmo período do ano anterior, intervalo em que a BM&FBovespa registrou um perda contábil por conta da venda da integralidade das ações da CME, mas sem efeito caixa. Considerando o resultado do segundo trimestre do ano passado, simulando a fusão, o lucro teria sido de R$ 25,9 milhões. Já em relação ao primeiro trimestre do ano o lucro caiu 21,9%, ainda considerando o lucro contábil.

Trata-se do primeiro trimestre completo após o início da integração de BM&FBovespa e Cetip e o resultado ainda estará repleto de itens não recorrentes por conta da fusão. A companhia divulgou ainda um lucro líquido recorrente de R$ 475,7 milhões de abril a junho deste ano, queda de 25% na relação anual e de 9,8% na trimestral. Já o lucro líquido recorrente ajustado pelo benefício do ágio fiscal da fusão entre BM&F e Bovespa, em 2008, foi de R$ 608,7 milhões, queda de 20,9% na relação anual e recuo de 7,8% no comparativo trimestral.

“Atualmente, nossa prioridade é a integração dos negócios da BM&FBovespa e da Cetip em uma única empresa, a B3. No segundo trimestre, nós concluímos a incorporação da Cetip e avançamos em diversas frentes do processo de integração, que incluem, entre outras, relacionamento com clientes, RH e TI”, destaca, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, que assumiu o cargo em maio.

O recuo do ganho do segundo trimestre deste ano tem como pano de fundo a diminuição das receitas financeiras da companhia, por conta do desembolso realizado para o pagamento dos acionistas da Cetip, após a aprovação da fusão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em março. A BM&FBovespa tinha engordado seu caixa para fazer frente a esse compromisso, efetuando, por exemplo, a venda bilionária das ações até então detidas da bolsa americana CME, dinheiro em caixa que vinha, desde então, impulsionando a receita financeira da companhia.

Já a receita líquida da B3 no intervalo de abril a junho deste ano chegou a R$ 970,9 milhões, aumento de 8,8% ante o observado no mesmo período do ano passado e crescimento 3,2% ante o intervalo imediatamente anterior. A B3 voltou, no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, a publicar o Ebitda (lucro, antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que somou R$ 530,2 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 3,6% ante o visto um ano antes. Ante o período imediatamente anterior o aumento foi de 121,5%.

Considerando o Ebitda ajustado, que retirou do cálculo as despesas relacionadas com a combinação com a Cetip, o volume foi de R$ 675,5 milhões, alta de 12,8% em relação ao segundo trimestre de 2016. A margem Ebitda ajustada foi de 69,6% no segundo trimestre deste ano, ante 67,1% no mesmo intervalo do ano passado.

Cesp (CESP6, R$ 16,09, -0,37%)

A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) registrou lucro líquido de R$ 56,8 milhões no segundo trimestre de 2017, um recuo de 44% ante o anotado em igual intervalo do ano passado. O Ebitda recuou 3,0% na mesma base de comparação, para R$ 159,455 milhões. A companhia também informou o Ebitda ajustado, que desconta provisões operacionais para riscos legais. Por esse critério, houve queda de 28,8%, para R$ 181,611 milhões.

Já a receita operacional líquida somou R$ 357,505 milhões, com redução de 23,6% em relação ao mesmo período de 2016. O resultado financeiro da estatal foi negativo em R$ 19,724 milhões, ante valor positivo de R$ 74,331 milhões de igual etapa do ano passado.

De acordo com os analistas do Credit Suisse, o resultado da Cesp foi fraco, pressionado pelo GSF e alto preço de energia no mercado spot; os analistas ainda apontaram que a inflação mais baixa levou a empresa a provisionar apenas R$ 22 milhões e que teve reversões líquidas de R$ 36 milhões. “Apesar do resultado fraco, o foco do mercado está no leilão de privatização do dia 26 de setembro”, apontam os analistas. 

Cemig (CMIG4, R$ 8,20, +0,86%)

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou lucro líquido de R$ 138,1 milhões no segundo trimestre de 2017, queda de 31,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da empresa aumentou 9,4% e foi a R$ 5,2 bilhões entre abril e junho deste ano, de acordo com informações divulgadas neste sábado, 12, pela companhia mineira.

A Cemig destaca que a elevação de tarifas de energia contribuiu para o aumento de receitas no trimestre. A redução de provisões para potenciais perdas em investimento também teve impacto positivo no período. Ao mesmo tempo, houve aumento de provisões trabalhistas e um novo programa de desligamento voluntário de funcionários. Até 30 de junho, 891 empregados haviam aderido.

O custo total da Cemig somou R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, aumento de 8,2% na comparação com igual período de 2016, de acordo com os resultados consolidados. A energia comercializada pelo grupo Cemig totalizou 13,5 milhões de Megawatt-hora (MWh), queda de 2,41% em relação a 2016. A dívida líquida da Cemig caiu 3,2% e somou R$ 12,5 bilhões.

No comunicado apresentando os resultados, a companhia destaca que alcançou um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 740 milhões no segundo trimestre, aumento de 8,7% em relação a igual período de 2016. A margem Ebitda ficou em 14,22%, pouco abaixo dos 14,30% dos meses de abril a junho do ano passado.

O elevado nível de desemprego e a atividade econômica enfraquecida aumentaram a inadimplência dos consumidores da Cemig, de acordo com o comunicado. “Para combater o nível histórico de inadimplência, em 2017, a Cemig tem redobrado o cerco aos consumidores que têm conta em atraso.”

Assim, quando se comparam os calotes em junho de 2017 com o DO mesmo mês de 2016 houve aumento de 7,59%. Mas quando se compara o mês de junho com o apurado no trimestre anterior a inadimplência caiu 2,24%. “Espera-se um comportamento de queda mais consistente daqui em diante”, ressalta o comunicado. A companhia fará teleconferência no próximo dia 16, às 12 horas, para comentar seus resultados financeiros do segundo trimestre.

De acordo com o BTG, o resultado foi mais fraco que o esperado impactado por custos não-recorrentes (provisão feita pelo programa de demissão voluntária) e receita extraordinária do reconhecimento de um recebível de uma linha de transmissão o que levou a um Ebitda ajustado  de R$739 milhões (bem abaixo do R$ 843 milhões que o BTG esperava). “O negócio de distribuição continua desapontando com  ebitda negativo em R$ 103 milhões, enquanto o opex também veio acima do esperado. Geração e Transmissão vieram bem com Ebitda ajustado em R$ 630 milhões”, apontam os analistas, que mantiveram recomendação neutra.

Ainda sobre a Cemig, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, usou o Twitter no fim de semana para chamar a atenção para o leilão de quatro usinas hidrelétricas: São Simão, Volta Grande, Miranda e Jaguara. Elas estavam com a Cemig, mas os contratos venceram e por isso serão novamente oferecidas ao mercado. O edital da licitação foi aprovado na última terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Aneel aprovou o leilão p/concessão de quatro #hidrelétricas”, escreveu o ministro, que é também responsável pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). “Avançamos com o #PPI p/ trazer recursos, melhorar serviços e gerar empregos!” O leilão das quatro usinas está marcado para o dia 22 de setembro. Juntas, elas deverão render no mínimo R$ 11,05 bilhões para o governo federal, correspondentes à taxa de outorga.

Azul (AZUL4, R$ 27,88, +3,26%)

A Azul viu seu prejuízo líquido cair 71,8% no segundo trimestre de 2016, a R$ 33,9 milhões. A receita líquida teve alta de 19,3%, somando R$ 1,72 bilhão. O Ebit subiu de R$ 1,3 milhão para R$ 104,9 milhões; já o Ebtidar teve alta de 41,1% e somou R$ 476,1 milhões.

Banrisul (BRSR6, R$ 15,40, -0,58%)

O Banrisul teve uma queda de 8,6% no lucro líquido recorrente na base de comparação anual, para R$ 184,1 milhões no segundo trimestre deste ano. A margem financeira subiu 0,9%, a R$ 1,281 bilhão, enquanto o ROAE (patrimônio líquido médio anualizado) recorrente foi de 11,7% no período, ante 13,2% no segundo trimestre de 2016. 

O banco estatal gaúcho também revisou suas projeções. A expectativa para a carteira de crédito total seguiu em crescimento de 3% a 7%, mas a projeção para pessoa física melhorou de 5% a 9% para 14% a 18%, enquanto para pessoa jurídica piorou, de queda de 2% a alta de 2% para recuo de 10% a baixa de 6%. 

O BTG Pactual destacou que o lucro veio em linha com o esperado, enquanto a margem financeira foi o destaque positivo. enquanto as taxas de serviços vieram ruins. Já a qualidade dos ativos surpreendeu positivamente. “Na nossa visão, a chance de Banrisul decepcionar em seus resultados nos próximos 12 meses é baixa dado a carteira pré grande e também pelo fato da PDD já ter piorado muito e com antecedência aos grandes bancos.O papel parece bem precificado, mas o potencial de alta grande viria de potencial privatização, onde Banrisul poderia valer o dobro. Contudo, a grande dificuldade é saber o timing”, apontam os analistas.

Triunfo (TPIS3, R$ 3,63, +1,11%)

Segundo o Valor Econômico, um grupo de acionistas minoritários da Triunfo pode acionar o BNDES na Justiça sob a acusação do banco ter vendido ações para ter direito de voto nas negociações do processo de recuperação extrajudicial, afirma o Valor Econômico.

A companhia ainda divulgou seus números do segundo trimestre, com prejuízo líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 464,4 milhões no período, quase dez vezes o prejuízo de R$ 43,9 milhões no mesmo período de 2016. A receita líquida totalizou R$ 404,8 milhões, 6,7% maior ante os R$ 379,4 milhões de igual período do ano passado. O Ebitda ajustado foi de R$ 186,4 milhões, 6,1% menor na comparação com os R$ 198,4 milhões do mesmo período do ano anterior. 

Magnesita (MAGG3, R$ 37,09, -0,03%)

A Magnesita teve prejuízo líquido de R$ 173,8 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 75,3 milhões verificado do ano anterior. A receita líquida registrou baixa de 2,7% na base de comparação anual, totalizando R$ 862,3 milhões. Já o resultado financeiro líquido da empresa entre abril e junho deste ano foi negativo em R$ 123 milhões, ante ganho de R$ 34,6 milhões no mesmo intervalo de 2016.

Brasil Brokers (BBRK3, R$ 1,09, 0,0%)

A Brasil Brokers registrou prejuízo líquido de operações de R$ 12,2 milhões, com aumento ante os R$ 8,2 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. Já o prejuízo contábil foi de R$ 11,6 milhões, contra dado negativo de R$ 11,7 milhões no primeiro trimestre deste ano. A receita líquida ajustada do período foi de R$ 22,5 milhões, que representa um crescimento de 20% quando comparado ao primeiro trimestre de 2017. O Ebitda ajustado  ficou negativo em R$ 10,8 milhões, R$ 2,9 milhões a menos do registrado no mesmo período do ano passado. 

além dos balanços…

Vale (VALE3, R$ 30,61, -0,62%;VALE5, R$ 28,45, -0,97%)

As ações da Vale recuam nesta sessão, acompanhando os preços do minério de ferro. Os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian caíram 4,53%, a 527 iuanes, enquanto o minério à vista negociado no porto de Qingdao recuou 0,64%, a US$ 74,71 a tonelada. 

A partir de hoje os papéis ONs da mineradora deixam de ser negociados no Ibovespa em meio ao processo de conversão de ações. 

Segundo fato relevante divulgado na sexta-feira à noite pela Vale, 1,7 bilhão de ações preferenciais (sem direito a voto) da mineradora foram entregues voluntariamente para permuta ou conversão em papéis ordinários (ON, com direito a voto), o equivalente a 84,4% das PNAs em circulação.

O total de ações preferenciais entregues pelos investidores para conversão em ON inclui os papéis PN que são representados por American Depositary Shares (ADS), negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês). O prazo para a permuta ou conversão dos papéis em ON terminou ontem (11). Na operação de troca, era possível converter ações PN em ON e/ou permutar o ADS de papéis preferenciais pelo ADS de ações ordinárias. 

A conversão das ações superou a adesão mínima necessária, de 54,09% dos detentores de ações preferenciais, para que o controle da Vale seja pulverizado. “Estamos muito satisfeitos com o resultado, que superou as nossas melhores expectativas”, afirma o diretor-presidente da Vale Fabio Schvartsman no comunicado à imprensa. O executivo ressalta que a troca das ações é um “importante passo” para que a Vale seja transformada em uma corporation, que são empresas de controle pulverizado, muito comuns nos Estados Unidos.

A Vale anunciou em fevereiro o acordo de acionistas com a intenção de mudar sua estrutura de capital. Entre os maiores donos da mineradora estão fundos de pensão – como a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) e a Petros (da Petrobras) – a BNDESpar, o grupo Mitsui e a Bradespar.

 Conforme apontaram fontes ao jornal Valor Econômico, a adesão maciça dos investidores à conversão voluntária de ações pode levar a mineradora a acelerar a migração para o Novo Mercado da B3. Pelo plano original, essa migração vai ocorrer só em 2020, mas dado o sucesso da operação há chances de se tentar antecipar esse prazo. A Vale fará teleconferência às 10h em português, às 10h45 em inglês e às 11h30 com a imprensa para falar sobre a conversão de ações. 

Conforme destaca o BTG Pactual, esse é um passo importante na migração para o Novo Mercado e deve ser bem recebido pelo mercado. Porém, a dúvida agora é saber qual vai ser a “solução” para as PNs remanescentes, apontam os analistas do banco. 

Fibria (FIBR3, R$ 36,46, +0,22%) e Suzano (SUZB5, R$ 16,35, +0,43%)

A Fibria teve a recomendação elevada de underperform (desempenho abaixo da média) para neutra e Suzano, de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado), pelo Bradesco BBI. O preço-alvo do ADR da Fibria foi elevado de US$ 11 para US$ 13, enquanto o preço-alvo das ações da Suzano foi elevado de R$ 17 para R$ 21.

Petrobras (PETR3, R$ 13,47, -0,30%;PETR4, R$ 12,98, +0,23%)
As ações da Petrobras seguem o desempenho do petróleo e recuam nesta sessão. Em Londres, os contratos futuros do Brent caíam 0,61%, a US$ 57,78 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, registravam queda de 0,53%, a US$ 48,56 o barril. 

No radar, a Petrobras vai cortar em 1,4% o preço da gasolina e elevar do diesel em 0,7% nas refinarias a partir desta terça-feira (15) . A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Além disso, a Petrobras anunciou o início da fase não vinculante venda de ativos no Paraguai. Nesta etapa do projeto são enviados aos interessados habilitados na fase anterior, o memorando descritivo com maiores informações sobre os ativos em questão, bem como instruções sobre o processo de desinvestimento, disse a Petrobras em comunicado.

Sabesp (SBSP3, R$ 31,74, -3,96%)

As ações da Sabesp desabaram até 6,23%, a R$ 3,75, nesta sessão, liderando as perdas do Ibovespa, em meio à nota técnica preliminar de revisão tarifária da empresa publicada pela Arsesp. A companhia divulga após o fechamento do pregão o balanço do 2° trimestre.  

A nota técnica preliminar traz um WACC (Custo Médio Ponderado de Capital) de 8,01% e tarifa preliminar (P0) de R$ 3,62652/m³, segundo comunicado da companhia. Outros pontos destacados são Base de Remuneração Regulatória Inicial de R$ 40,3 bilhões e Índice de Reposicionamento Tarifário de 4,365%. 

Segundo o BTG Pactual, em geral, os números vieram em linha com WACC regulatório fixado em 8.01% (praticamente sem mudanças ante os 8,06% do 1º ciclo). O RAB veio levemente acima do esperado,  mas os custos regulatórios vieram abaixo. O novo P0 preliminar resultou num aumento da tarifa de 4,4%. o que é pequeno na comparação com o que esperava o BTG. “Nos nossos números, esse novo PO deveria representar um aumento da tarifa de 12% (não somente 4,4%), uma vez que a tarifa atual aponta para R$ 3,23/m3 e não R$ 3,47/m3 que foi usado pela Arsesp para o cálculo. (…) Dado que os números finais ainda não foram divulgados, não mudamos nossas estimativas porém fizemos um exercício incorporando esses números preliminares, nosso preço-alvo cairia para R$ 34 (ante R$ 36)”, apontam os analistas do banco.

Analistas do Credit Suisse também comentaram que os números vieram em linha com as estimativas, embora a composição da RAB tenha sido um pouco diferente.

Em relatório, eles comentam que acreditam que será difícil para o mercado chegar a uma conclusão clara sobre a primeira nota preliminar, uma vez que esse será um processo de duas etapas. “Acreditamos que a avaliação atual da SBSP3 já incorpora uma folga para um processo tarifário negativo e destaque que os dois drivers que têm o potencial de criar mais danos no processo (WACC e RAB) estão em linha com as expectativas do mercado. Como tal, seríamos compradores das ações se ocorrem grandes mergulhos após a divulgação dessa prévia”, comentam. Eles seguem com recomendação “outperform” (desempenho acima da média) para a ação.

Copel (CPLE6, R$ 28,73, +8,42%)
As ações da Copel disparam 14% em 2 pregões e lideram hoje os ganhos do Ibovespa. O movimento ocorre na esteira do anúncio da empresa, na semana passada, de que decidiu não prosseguir com a oferta subsequente de ações – follow-on – vendo que, neste momento, há melhores alternativas de geração de caixa que possam continuar suportanto o plano estratégico de crescimento sustentável da empresa. Hoje, a Citi Corretora elevou a recomendação da ação para compra, com preço-alvo de R$ 32,20, implicando em um potencial de valorização de 21% frente ao último fechamento. 

A empresa divulgou também na semana passada balanço do 2° trimestre. A companhia viu sua receita operacional líquida alcançar R$ 3,17 bilhões no período, queda de 16,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2016. O lucro líquido, por sua vez, recuou 84,9% na mesma base de comparação, para R$ 151 milhões. Já o Ebitda ficou em R$ 707,2 milhões, queda de 57,3%.

B2W (BTOW3, R$ 15,00, +6,61%)
As ações da B2W, companhia de comércio eletrônico controlada pela Lojas Americanas, disparam 17% em 2 pregões, na esteira do balanço do 2° trimestre, divulgado na semana passada. A cobertura das ações da empresa foi iniciada hoje pelo Safra, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 17,50. 

A companhia prejuízo líquido de R$ 111,8 milhões no segundo trimestre de 2017, 5,5% acima do registrado em igual período do ano passado. O Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 136,6 milhões entre abril e junho, queda de 14% na comparação anual. A receita líquida da B2W chegou a R$ 1,638 bilhão no segundo trimestre deste ano, um recuo de 7,9% ante igual período do ano anterior.

Tecnisa (TCSA3, R$ 2,44, +6,55%)
Depois de uma reação negativa ao balanço do 2° trimestre na última sexta-feira (quando caiu 1,29%), as ações da Tecnisa sobem forte nesta segunda-feira. 

Semana passada a empresa divulgou resultado com prejuízo líquido de R$ 139,9 milhões no 2° trimestre, 52,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 91,8 milhões. No acumulado do semestre, as perdas cresceram 127,6%, totalizando R$ 203,4 milhões. O Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 85,185 milhões, piora de 18,5%.

Wiz (WIZS3, R$ 16,70, +6,10%)
Depois de desabarem 20,5% na última sexta-feira, as ações da Wiz têm correção parcial nesta sessão. Para os analistas do BTG Pactual, embora a Caixa Seguridade tenha comunicado à CNP, na quinta-feira passada, a decisão de encerrar o contrato de exclusividade que detém com a Caixa Seguros Holding, a renovação do contrato ainda aparece como o cenário mais provável, dado que o contrato vigente é válido até 2021 e é difícil acreditar que outra companhia, além da CNP, estaria disposta a pagar hoje por uma receita que será gerada daqui a 4 anos. 

“Apesar de reconhecermos que as incertezas aumentaram, ainda vemos o cenário de renovação com a CNP como o mais provável e, se estivermos certos, o potencial de valorização é gigante”, comentaram os analistas após conversa com a diretoria da empresa na sexta-feira passada.

Leia aqui: Com apenas 5 linhas, Caixa faz queridinha das seguradoras desabar 20% – mas nada está definido 

Frigoríficos

As ações da JBS (JBSS3, R$ 8,71, +3,69%) sobem forte nesta sessão à espera do balanço do 2° trimestre da empresa, que será divulgado após o fechamento do mercado. 

As expectativas positivas do mercado são embaladas por bons dados do 2° trimestre  da BRF (BRFS3, R$ 41,00, -0,12%), que reportou resultado na semana passada. Analistas do BTG Pactual informaram que os sinais de recuperação dos resultados do 2° trimestre da empresa são “encorajadores”. 

A empresa mostrou margens Ebitda mais elevadas na Ásia, Europa e disse que condições estão melhorando gradualmente no Oriente Médio. A empresa se beneficiará de custos menores, preços de frango mais elevados e recuo dos estoques em mercados importantes, disseram os analistas do BTG. 

 Além disso, no radar da JBS, o Valor informa que a controladora da empresa – a J&F – negocia vender a Eldorado para a indonésia APP. As conversas para a venda do controle da Eldorado para a Asia Pulp & Paper estariam muito avançadas, segundo disse uma fonte ao jornal. 

A APP fez proposta superior a R$ 15 bilhões, o que inclui R$ 7,5 bilhões em dívidas da Eldorado – a J&F e APP podem fechar um acordo ainda esta semana, se conversas evoluírem bem. Além da APP, a indonésia April e chinesa China Paper Corporation também fizeram ofertas pela Eldorado. A April ofereceu quase R$ 16 bi, mas APP demonstrou interesse mais firme, destaca a publicação. 

PDG Realty (PDGR3, R$ 2,12, +0,95%)

A PDG Realty informou que Pedro Carvalho da Fonseca assumiu a presidência do conselho interinamente, após a renúncia ao cargo de Rafael Grisolia. 

Oi (OIBR4, R$ 3,28, +2,50%)

Segundo o Valor Econômico, em ofício encaminhado na semana passada ao conselho de administração da Oi, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu prazo de 15 dias – contados a partir da notificação, na última quarta-feira – para a companhia apresentar nova versão do seu plano de recuperação judicial. No documento, a agência reguladora acena com uma possível solução para a questão das dívidas da operadora com a Anatel.

Hypermarcas (HYPE3, R$ 29,21, -1,08%)

Segundo informações de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a delação do doleiro Lúcio Funaro está avançando e tem todas as possibilidades de fechar e ser homologada antes de Rodrigo Janot deixar a PGR, em setembro. De acordo com o colunista, ele está detalhando suas relações e transações com Nelson Mello, ex-diretor da Hypermarcas, e com os donos da Carioca Engenharia.