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SÃO PAULO – O Ibovespa seguiu o movimento da véspera, com nova alta expressiva nesta terça-feira (25), puxado principalmente pelas ações do setor de commodities, com Vale, siderúrgicas e Petrobras registrando fortes ganhos ganhos na esteira das altas do minério de ferro e do petróleo, que teve seu melhor dia do ano ao subir mais de 3%.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com ganhos de 0,87%, aos 65.667 pontos, com volume financeiro de R$ 7,371 bilhões. Destaque para as ações da Vale, que subiram mais de 4%, seguindo a alta de 3,33% do contrato do minério futuro na bolsa de Dalian e os ganhos de 2,39% do minério spot no porto de Qingdao, a US$ 69,48.
Já a Petrobras avançou mais de 2% em meio aos fortes ganhos – superiores a 3% – do WTI e do brent, em meio à sinalização da Opep de que pode punir os integrantes da organização que não cumprirem o acordo de limitação das quantidades na venda do combustível. Nesta terça, o petróleo registrou seu melhor pregão do ano.
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O mercado também segue na expectativa pelos encontros de política monetária, que serão concluídos na próxima quarta-feira: Fomc (Federal Open Market Committee) e Copom (Comitê de Política Monetária) darão suas decisões sobre juros amanhã. Enquanto não se espera mudanças de diretrizes da autoridade monetária americana, a expectativa é de que o Copom corte os juros em 100 pontos-base, para 9,25%.
Por outro lado, o mercado fica de olho nas notícias sobre mudança da meta fiscal do governo para 2017, atualmente em um déficit de R$ 139 bilhões, reportadas pelo jornal O Globo nesta manhã. A discussão, contudo, não contaria com apoio do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, para quem um aumento do rombo nas contas públicas seria um golpe na credibilidade de política econômica. Além disso, de acordo com o jornal, a própria permanência do ministro no cargo poderia ficar condicionada à preservação da meta.
Já de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, a eventual mudança da meta ainda é carta fora do baralho para o alto escalão do ministério da Fazenda e o Palácio do Planalto, que preferem aumentar ou criar um novo imposto a reajustar a meta (para saber mais, clique aqui).
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A preocupação com a meta entra no radar do mercado, o que leva à alta do dólar e dos contratos mais longos de juros futuros. O dólar com vencimento em agosto tiveram ganhos de 0,67%, a R$ 3,171, enquanto o dólar comercial avançou 0,63%, para R$ 3,1674 na venda. Já o contrato de juros futuros com vencimento em janeiro de 2021 teve alta de 5 pontos-base, a 9,50%, enquanto o com vencimento em janeiro de 2018 fechou estável em 8,52%. Contudo, o mercado vê com ceticismo uma eventual saída de Meirelles, já que ele é um dos pilares do atual governo.
Cabe destacar ainda o noticiário da véspera, em meio aos possíveis avanços de um programa de demissão voluntária de servidores públicos, antecipado ontem pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. As expectativas são de que a medida reduza no longo prazo as despesas com folha de pagamentos, o que tende a contribuir na saúde das contas públicas, na avaliação do governo.
Enquanto isso, o mercado não repercutiu fortemente a notícia de suspensão da alta do imposto sobre combustível pela Justiça do Distrito Federal (veja mais clicando aqui), decisão esta que poderia aprofundar o rombo fiscal. Segundo afirmou à Bloomberg Luiz Eduardo Portella, sócio-gestor da Modal Asset, a notícia gerou pouca reação já que não deve perdurar, com a expectativa de instâncias superiores revertendo a decisão. A Advocacia Geral da União já afirmou que vai recorrer da medida que barrou a alta do PIS/COFINS.
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Destaques da Bolsa
Do lado acionário, os destaques ficam para as ações de commodities, com a alta de 3,33% do contrato do minério futuro na bolsa de Dalian e alta de 2,39% do minério spot no porto de Qingdao, a US$ 69,48. Com isso, Vale e siderúrgicas registraram ganhos. Também com alta, mas bem menos expressiva, ficou a Gerdau, após a notícia do jornal O Estado de S. Paulo de que o MPF (Ministério Público Federal) prepara denúncia contra a companhia no âmbito da Operação Zelotes. No radar da Vale, destaque para a notícia de que a bancada mineira no Congresso pressiona o Governo Federal para elevar para 3% a alíquota de royalties cobrada sobre a exploração mineral. O tema foi discutido em reunião na noite desta segunda-feira no Palácio do Planalto. Nesta terça-feira, o presidente Michel Temer anuncia o novo marco regulatório do setor de mineração, que deve trazer definição sobre os royalties, o principal ponto do projeto, destaca o Estadão. Atenção ainda para a Fibria, que passou de ganhos para perdas nesta tarde. A companhia registrou um prejuízo de R$ 259 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 745 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita líquida foi de R$ 2,775 bilhões, alta de 16% na base anual, superando a maior estimativa de analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 2,72 bilhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,07 bilhão, alta de 16% na base anual, enquanto a margem Ebitda foi de 45%, alta de 2 pontos percentuais na mesma base de comparação. Entre as maiores quedas, destaque para a Hypermarcas, que teve a recomendação cortada de outperform para neutra pelo Bradesco BBI, com o preço-alvo passando de R$ 34,00 para R$ 33,00. Vale apontar ainda que a companhia divulga seu resultado do segundo trimestre no próximo dia 28 de julho. As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Noticiário político
Mesmo em meio ao recesso parlamentar, o noticiário político é movimentado. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o procurador-geral Rodrigo Janot avalia apresentar apenas mais uma denúncia contra o presidente Michel Temer, e não mais duas, como chegou a ser cogitado no mês passado. O Ministério Público tem o objetivo de reforçar a narrativa da acusação contra Temer, explorando duas vertentes: uma na qual aponta o envolvimento dele com o grupo político do PMDB da Câmara, suspeito de praticar desvios na Petrobras e na Caixa; e outra que trata de eventual ligação de Temer com a suposta tentativa de Joesley Batista de barrar os acordos de delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do corretor Lúcio Funaro. Enquanto isso, governo e oposição traçam estratégias para votar a primeira denúncia, no próximo dia 2 de agosto. Destaque ainda para o encontro entre o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, realizado na noite de ontem. Segundo o Estadão, a cúpula do DEM informou ao tucano que o partido espera contar com pelo menos 50 deputados federais na janela de transferência partidária prevista para ocorrer no início de 2018. Ao menos 12 deles viriam do PSB, partido do vice-governador Márcio França, um dos principais aliados de Alckmin. Um dos presentes falou ao jornal que a reunião, que durou cerca de uma hora e meia, foi uma “deferência” ao governador, visto como um aliado “histórico” da sigla, e também serviu como uma sinalização de que o DEM pode apoiar a candidatura de Alckmin em 2018. Agenda econômica
A terça marca o primeiro dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) no Brasil e do Fomc (Federal Open Market Committee) nos EUA. Em destaque, está ainda o noticiário econômico do governo brasileiro. Em busca do ajuste fiscal, o governo prepara PDV (Programa de Demissão Voluntária) que deve gerar economia de R$ 1 bilhão ao ano após alta de imposto para cumprir meta fiscal. Mesmo assim, a revisão da meta de 2017 começou a ser discutida dado risco de paralisia da máquina, segundo O Globo (veja mais acima). Atenção ainda para as falas de Henrique Meirelles: o ministro afirmou ontem que um novo aumento de imposto é uma discussão “que não se coloca no momento”. Ele ressaltou, no entanto, que “tudo é possível, se necessário”. As declarações foram dadas após participação do ministro em evento da XP Investimentos. Sobre a possibilidade de rever a alta nas alíquotas dos combustíveis, Meirelles disse que isso vai depender dos impactos da medida. “Evidentemente que esse é um processo dinâmico, tudo está sujeito a uma reavaliação, que depende da avaliação dos fatos e de determinados impactos econômicos”, afirmou o ministro. (Com Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
VALE3
VALE ON
30,61
+5,08
+31,63
353,26M
BRAP4
BRADESPAR PN
22,35
+4,98
+54,22
47,85M
VALE5
VALE PNA
28,66
+4,68
+35,60
784,93M
CSNA3
SID NACIONALON
7,82
+2,89
-27,93
52,80M
PETR4
PETROBRAS PN
13,22
+2,64
-11,10
388,91M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
QUAL3
QUALICORP ON
30,74
-3,33
+63,24
64,29M
NATU3
NATURA ON
22,59
-3,05
-1,37
99,08M
CYRE3
CYRELA REALTON
12,07
-2,43
+18,37
20,00M
FIBR3
FIBRIA ON
33,16
-2,21
+6,53
56,59M
RADL3
RAIADROGASILON
69,35
-2,12
+13,87
65,03M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
VALE5
VALE PNA
28,66
+4,68
784,93M
445,28M
36.144
BBDC4
BRADESCO PN
30,01
+1,63
494,68M
267,62M
31.362
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN
37,09
+0,24
407,95M
325,38M
30.140
PETR4
PETROBRAS PN
13,22
+2,64
388,91M
429,22M
22.880
VALE3
VALE ON
30,61
+5,08
353,26M
148,01M
20.231
ABEV3
AMBEV S/A ON
18,88
+0,32
258,21M
167,90M
14.552
BVMF3
BMFBOVESPA ON
20,85
-0,71
222,75M
128,55M
17.045
BBAS3
BRASIL ON
29,56
+1,65
143,00M
176,45M
11.220
HYPE3
HYPERMARCAS ON
27,95
-1,41
123,30M
44,35M
12.417
PCAR4
P.ACUCAR-CBDPN
70,00
+1,67
104,62M
47,77M
5.449
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA