Vale e mais 5 recomendações; precificação do IPO do Carrefour e outras 9 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (18)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para a precificação dos ativos do Carrefour. Além disso, no radar de recomendações, a Vale foi iniciada com recomendação outperform pelo Safra. Confira estes e outros destaques no radar:

IPOS

Segundo comunicado divulgado no site do Valor, a estreia das ações da fabricante e distribuidora de medicamentos de alta complexidade Biotoscana foi adiada de 20 para dia 25, enquanto a precificação foi para o dia 21. O adiamento ocorre por exigência da CVM, que pediu esclarecimento sobre contabilização da combinação de negócios envolvendo a compra da controlada LKM. A companhia decidiu reapresentar as demonstrações contábeis consolidadas referentes ao exercício social de 2016; as demonstrações financeiras de 2015 e as informações financeiras do primeiro trimestre de 2017. As atualizações afetaram itens do balanço patrimonial como ativos intangíveis, ativos mantidos para venda e total de ativos.

Já ação do Carrefour em oferta pública primária e secundária terá preço definido nesta terça, segundo informações fornecidas pela companhia na França.  Papéis devem estrear no Novo Mercado em 20 de julho. 

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras anunciou mais um reajuste de preços, com corte de 0,7% no preço do diesel e de 0,6% da gasolina. Os novos preços passam a valer a partir do dia 19 de julho. A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Vale (VALE3;VALE5)

A Vale teve a cobertura iniciada com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) pelo Safra. O analista Yuri Pereira prevê que a Vale irá ser negociada a R$ 41,50 dentro
de um ano, implicando uma valorização de 40% em relação ao
último fechamento. 

Já segundo documentos judiciais obtidos pela Bloomberg, o juiz federal Jacques de Queiroz Ferreira negou um pedido de promotores para que empresas e pessoas que enfrentam acusações criminais relacionadas ao rompimento de barragem da Samarco (joint venture entre a BHP Billiton e a Vale) paguem garantias financeiras enquanto o caso está sendo julgado. Assim, a joint venture Samarco Mineração e seus proprietários não terão de pagar uma garantia de R$ 20 bilhões enquanto o caso está sendo julgado e os danos finais estão sendo calculados, mostram os documentos.  

O juiz também decidiu que os indivíduos não são obrigados a pagar quaisquer garantias financeiras ou serem sujeitos a restrições de viagem, como a apreensão do passaporte.

Marcopolo (POMO4)

Também no radar de recomendações, a Marcopolo teve a recomendação elevada para compra pelo BTG Pactual, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 2,80 para R$ 4,00. 

“Esperamos que a companhia se beneficie da melhora das vendas de ônibus rodoviários (portfólio melhor), esforço para melhorar eficiência e volumes externos/operacional mais forte. Projetamos melhora de resultado nos próximos trimestres”, afirmam os analistas, destacando ver o mercado muito pessimista com relação ao papel. 

Construtoras

O BTG revisou o setor de construção civil, destacando seguir visão cautelosa no segmento de média e alta renda, e mostrando maior otimismo com setor de baixa renda, devido à disponibilidade de crédito e demanda alta. No geral, os analistas cortaram previsão de lucros para todas as empresas. De acordo com o banco, MRV (MRVE3) e EzTec (EZTC3) devem ser as únicas a obter lucro em 2017, com ROEs de 11% e 3%, respectivamente. Já em 2018, apenas MRV, Direcional (DIRR3), Cyrela (CYRE3) e EzTec devem reportar lucros.

Os analistas reiteraram compra em MRV (top pick do setor) e em Direcional (valuation) – ambas com forte poder de ganhos e sólida geração de caixa. Por outro lado, a EzTec teve a recomendação reduzida para neutra por conta de vendas mais fracas (ROE esperado de 3% em 2017 e 7% em 2018). Já a Cyrela é a única recomendação de compra no segmento de média e alta renda. 

J&F

De acordo com a coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo,  a renegociação da dívida da JBS (JBSS3) com bancos envolveu cerca de R$ 17 bilhões. As instituições financeiras, que incluem Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC, Citi e outras estrangeiras, aceitaram rolar tal montante por 24 meses. Em troca, exigiram que 80% do que o grupo J&F obter com a venda de ativos sejam usados para abater a dívida que as empresas da holding possuem com os bancos. O empurrão para que as instituições financeiras aceitassem rolar a dívida no curto prazo foi a venda da Alpargatas, outra empresa do grupo J&F, por R$ 3,5 bilhões.

Neste sentido, a coluna de Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, informou que “consta que parte do grupo que comprou a Alpargatas” (ou seja, Itaúsa, Cambuhy Investimentos e Brasil Warrant), estaria de olho na Seara, que também pertence a J&F. 

Por fim, segundo o Valor, a francesa Lactalis e mexicana Lala estão entre as principais interessadas em adquirir a Vigor; valor deve ser inferior aos R$ 6 bilhões oferecidos pela PepsiCo no primeiro trimestre, segundo o jornal, que cita fontes do mercado. Ambas apresentaram propostas na última semana pela empresa de lácteos da J&F.

BR Properties (BRPR3)

A BR Properties assinou a compra do Edifício Imbuia por R$ 49,4 milhões. Assim, com a concretização da operação de compra do imóvel, o portfólio da empresa passa a ter 684.317 metros quadrado.

Braskem (BRKM5)

 A Moody’s colocou a nota de crédito da Braskem em revisão para possível corte. A revisão para corte “reflete o fato da Braskem não ter publicado balanço financeiro auditado de 2016 e nossa preocupação sobre potenciais pressões de liquidez que podem surgir como consequência”. Por outro lado, a agência comentou que “reconhece que a companhia está trabalhando com auditores para divulgar as informações o mais breve possível”.

CSN (CSNA3)

A Moody’s reduziu a nota da siderúrgica CSN para Caa2 ao citar o atraso da companhia na publicação dos números auditados de 2016, além de destacar a posição difícil de liquidez enfrentada pela companhia. 

Cesp (CESP6)

O manual para procedimentos de due diligence para interessados na estatal paulista Cesp foi divulgado na última segunda-feira. Os interessados deverão desembolsar R$ 25.000,00 para ter acesso ao ambiente virtual de data room, que também inclui o direito de visitas técnicas e encontros com a companhia, segundo o manual. 

Eletrobras (ELET6)

Ainda sobre o setor elétrico, o jornal O Globo informa que a Eletrobras pode privatizar até 14 usinas hidrelétrica antigas pertencentes às subsidiárias Chesf, Furnas e Eletronorte, se a reforma nas leis do setor elétrico avançar da forma como o Ministério de Minas e Energia propôs no início de julho. Esse movimento deve afetar as contas de luz de todos os brasileiros, mas tem potencial de reforçar o caixa da estatal e as contas do governo. Para diluir os aumentos e preparar o sistema elétrico para uma nova forma de comercializar a energia produzida pelas usinas, o governo avalia colocar todo esse volume à venda de maneira escalonada.

Entre as principais hidrelétricas que podem entrar na lista para concessão ao setor privado estão o Complexo de Paulo Afonso (na Bahia) e Xingó (entre Alagoas e Sergipe), operadas pela Chesf; e usinas de Furnas, como Marimbondo e a Hidrelétrica de Furnas (ambas em Minas Gerais).

Renova (RNEW11)

O Conselho da Renova aceitou oferta não vinculante feitas pela Brookfield para o aporte de capital e aquisição de seu controle societário por meio da compra da totalidade das ações de titularidade da Light Energia, segundo fato relevante no site da CVM.

O Conselho aprovou ainda direito de exclusividade à Brookfield Energia Renovável para a realização de due diligence e negociação dos documentos finais para um aporte primário. A exclusividade será concedida por um período de 60 dias, renovável por mais 30 dias, a critério exclusivo da Renova.

Em 17 de julho, Conselho da Renova aceita oferta não vinculante feitas pela Brookfield para o aporte de capital e aquisição de seu controle societário por meio da compra da totalidade das ações de titularidade da Light Energia, segundo fato relevante no site da CVM. O Conselho aprovou ainda direito de exclusividade à Brookfield Energia Renovável para a realização de due diligence e negociação dos documentos finais para um aporte primário. A exclusividade será concedida por um período de 60 dias, renovável por mais 30 dias, a critério exclusivo da Renova.

Triunfo (TPIS3)

O total de veículos equivalentes pagantes da Triunfo atingiu 87,914 milhões no primeiro semestre de 2017, uma queda de 2,3% na comparação anual. Já no segmento portuário, a movimentação de contêineres cresceu 2% de janeiro a junho em relação ao mesmo período de 2016, atingindo 431.151 TEUs. Na área aeroportuária, a empresa registrou uma expansão de 3,6% no total de passageiros no aeroporto de Viracopos para 4,703 milhões. 

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.