4 notícias sobre Petrobras; Bradesco BBI eleva preço-alvo de Magazine Luiza para R$ 395 e mais 10 empresas no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana, que marca o início da temporada de resultados, começa movimentada, com notícias sobre desinvestimentos da Petrobras, além de nova venda de ativos da JBS. A Cemig ainda deu novidades sobre a venda da Light, enquanto a BR Properties atualizou as informações sobre a alienação do prédio da Previ. No radar de recomendações, Braskem foi elevada e Transmissão Paulista foi rebaixada, enquanto o Bradesco BBI elevou o preço-alvo para as ações da Magazine Luiza. Confira os destaques desta segunda-feira:

Petrobras (PETR3;PETR4)

Segundo a Folha de S. Paulo, a Petrobras deve acelerar seu processo de parcerias e desinvestimentos e comunicar a venda de outros ativos nos próximos meses, principalmente a partir de setembro, após as férias no hemisfério norte. 

A companhia ainda anunciou um novo reajuste de preços nos combustíveis. Segundo a estatal, será feito um aumento do preço médio nas refinarias em 0,7% para a gasolina e em 0,8% para o diesel. Os novos preços entram em vigor a partir da meia-noite desta terça-feira (17). A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

A companhia divulgou ainda uma produção média de petróleo no Brasil em junho de 2,2 milhões de bopd (barris por dia), 0,6% superior na comparação com maio.  A produção total de petróleo e gás natural da companhia em junho somou 2,81 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), dos quais 2,7 milhões boed produzidos no Brasil. A produção de gás natural no Brasil, excluído volume liquefeito, somou 80,3 milhões de metros cúbicos/dia, alta de 1,8% frente a maio.

Já na sexta-feira, a  estatal informou que não há decisão sobre extensão da oferta da BR Distribuidora. Foram debatidos diversos cenários, mas não houve deliberação específica acerca da extensão da oferta, que dependerá de condições estratégicas e de mercado, diz a Petrobras, em comunicado de esclarecimento ao mercado. O regulamento de listagem do novo mercado, ao qual a BR pretende aderir, exige que o mínimo de ações em circulação seja de 25%. 

JBS (JBSS3)
A JBS informou que sua subsidiária indireta, a JBS Canadá, fechou um acordo para a venda de sua operação de confinamento e de uma fazenda adjacente, localizados em Brooks, no estado de Alberta, no Canadá, à MCF Holdings. O valor da transação foi de 50 milhões de dólares canadenses, cerca de US$ 40 milhões.

De acordo com fato relevante divulgado pela JBS, o acordo de venda prevê que a MCF continuará fornecendo gado para a unidade de produção de carne bovina da JBS Canadá, em Brooks. A conclusão da transação, acrescenta o comunicado, está condicionada à aprovação pelas autoridades competentes.

Além disso, o Conselho de Administração da companhia autorizou acordo para estabilização e renegociação de dívidas do grupo de alimentos e proteína animal com bancos credores. O acordo foi aprovado para ser realizado com os bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Santander Brasil, BNP Paribas Brasil, HSBC Brasil, Rabobank, Banco Mizuho do Brasil, Citibank, Industrial and Commercial Bank of China, Bank of China (NY), além do Deutsche Bank e com a Cargill.

Esse acordo prevê “a substituição das operações de dívida celebradas com os bancos ou prorrogação das parcelas de principal”, segundo ata da reunião realizada na sexta-feira passada. Já um acordo de “renegociação” foi aprovado com o Itaú Unibanco, afirmou a JBS no documento sem dar mais detalhes.

Recomendações

Cinco recomendações estão no radar dos mercados. A Transmissão Paulista (TRPL4) teve a sua recomendação reduzida de compra para neutra pelo Bradesco BBI, com o preço-alvo caindo de R$ 89 para R$ 82. Já a Braskem (BRKM5) foi elevada de equalweight para overweight pelo Morgan Stanley, com preço-alvo sendo elevado de R$ 40 para R$ 46. Já a Magazine Luiza (MGLU3) teve o preço-alvo elevado para R$ 395,00, com recomendação outperform.  Além disso, a Sabesp teve o preço-alvo elevado de R$ 24 para R$ 42, reforçando recomendação outperform. Por fim, a Marcopolo (POMO4) foi elevada de underperform para neutra pelo Safra, com preço-alvo de R$ 3,10.  

Oi (OIBR4)

Segundo o jornal Valor Econômico, na contagem regressiva para a sua assembleia de credores, prevista para setembro ou outubro, a Oi enfrenta reveses nas suas duas mais importantes mediações instauradas dentro do processo de recuperação judicial. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) – maior credor individual da operadora – quer pôr fim ao processo de mediação com a operadora estabelecido pela Justiça, conforme indica uma petição datada de 29 de junho. O reescalonamento da dívida de R$ 11 bilhões com a agência reguladora é considerado essencial para a sobrevivência da Oi. Outra frente de mediação – com credores que teriam até R$ 50 mil a receber – está paralisada.

Comgas (CGAS5)

A Shell e Cosan (CSAN3) negociam permuta de ações da Comgas, segundo o Valor Econômico. O valor da transação deve ficar abaixo do valor de mercado estimado em R$ 1 bilhão, segundo a reportagem, que cita pessoas não identificadas familiarizadas com as negociações. A Cosan pode receber mais de R$ 200 milhões da Shell e o acordo deve ser fechado em breve. A  Cosan disse ao Valor que não vai se manifestar sobre a negociação em curso com a Shell. 

BTG Pactual (BBTG11)

A EFG International e o BTG Pactual concordaram que o preço final da BSI será de 86,2 milhões de ações da EFG, 31 milhões de francos suíços em instrumentos EFG AT1 (ambos inalterados, emitidos na conclusão) e uma parcela em dinheiro de 486 milhões de francos suíços (CHF), afirma EFG em declaração por e-mail. O preço final será de 971 milhões de francos suíços. 

Cemig (CMIG4)
A Cemig informou que assembleias de acionistas da Rio Minas Energia (RME) e da Luce Empreendimentos (Lepsa) decidiram pelo início de um processo de venda do bloco de controle da Light. As duas empresas são veículos financeiros por meio dos quais a Cemig detém participação indireta na Light. Além da Cemig, são sócios da RME e da Lepsa o Banco do Brasil, o Santander e a BV Financeira, segundo informações do site da Light.

A Cemig anunciou no final de junho que seu Conselho de Administração aprovou o início de processo para a venda da totalidade da fatia da empresa na Light, como medida de um amplo programa de desinvestimentos da elétrica mineira que visa reduzir dívidas.

BR Properties (BRPR3)
A BR Properties concluiu a compra de dois edifícios que compõem o Condomínio Centenário Plaza, na cidade de São Paulo, por R$ 439,6 milhões. O empreendimento, conhecido como “Robocop”, era detido pelo fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ. A operação havia sido anunciada no final de maio deste ano, quando o preço anunciado foi de R$ 433,4 milhões.

OdontoPrev (ODPV3)

A Odontoprev tomou conhecimento de trânsito em julgado da decisão que lhe garante não recolhimento da contribuição previdenciária incidente sobre remunerações dos credenciados, prestadores de serviço e beneficiários, disse a empresa em comunicado ao mercado. O montante estimado atualizado bruto da ação é de R$ 303 milhões, disse a companhia.

Aéreas

Segundo o Valor, governo deve retomar agenda de medidas para setor aéreo, com pelo menos cinco iniciativas: teto para ICMS sobre querosene, fim do limite ao capital estrangeiro, acordo céus abertos com EUA, novas concessões de aeroportos e início de atividades da Asas, parceria da Infraero e Fraport.

 (Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.