Petrobras dispara 5% e só 6 das 58 ações do Ibovespa caem; petroleira salta até 28% após venda de US$ 379 mi

Confira os principais destaques de ações da bolsa nesta quarta-feira

Paula Barra

Petróleo (Fonte: Bloomberg)

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SÃO PAULO – O Ibovespa disparou enquanto o dólar afundou nesta tarde após a informação de que o juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso envolvendo o tríplex no Guarujá. 

Com isso, o índice, que já subiu desde cedo após por conta da aprovação mais elástica do que o esperado da reforma trabalhista no plenário do Senado, fechou em alta de 1,57%, a 64.835 pontos, enquanto o dólar comercial encerrou em queda de 1,40%, a R$ 3,2075 na venda. 

As estatais, que normalmente mostram forte oscilação com o noticiário político, ganharam força nesta tarde. Figuraram como a maior alta do índice as ações da Petrobras, com alta de 4,95%, a R$ 12,94, fechando praticamente na máxima do dia (+5,35%, a R$ 12,99), enquanto os preços do petróleo mostraram alta bem mais tímida hoje.

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Do lado oposto, apenas 6 das 58 ações do índice fecharam no negativo – praticamente todas penalizadas pelo câmbio. Foram elas: Embraer, Fibria, Klabin, Suzano, TIM  e VALE ON.

Veja mais: Um banco com potencial de ganhos de mais de 100% e o “grande encontro” do mercado com a Cielo no 4° trimestre (link)

Fora do Ibovespa, outra petroleira chamou atenção hoje, a Queiroz Galvão, que atingiu na máxima do dia valorização de 27,67%, a R$ 7,66, após anunciar a venda de fatia em bloco na Bacia de Santos para Statoil, por US$ 379 milhões. 

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Confira abaixo os principais destaques de ações desta quarta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 13,58, +3,90%;PETR4, R$ 12,94, +4,95%)

As ações da Petrobras dispararam nesta sessão com a notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão. Com a arrancada, os papéis fecharam como a maior alta do Ibovespa, praticamente na máxima do dia e marcando seu terceiro pregão seguido de ganhos. 

Embora tenham ganhado força nesta tarde, vale menção que as ações já mostravam alta nesta manhã puxadas pelos preços do petróleo. Os contratos futuros do WTI encerraram a sessão em alta de 0,71%, a US$ 45,36 o barril. O movimento veio sustentado pelos dados oficiais do Departamento de Energia americano, que mostraram que os estoques de petróleo caíram no país em 7,6 milhões de barris na semana encerrada em 7 de julho, contra expectativa da Bloomberg de recuo de 2,45 milhões de barris. Ontem, o API (American Petroleum Institute) mostrou que os estoques da commodity nos EUA caíram em 8,1 milhões de barris na semana, dados que foram melhores do que as estimativas. 

Além disso, o noticiário da Petrobras é bastante movimentado hoje. A estatal informou que seu Conselho de Administração aprovou o IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) da BR Distribuidora, que será conduzida por meio de oferta pública secundária de ações, de acordo com fato relevante. A unidade da estatal pretende ser listada no segmento Novo Mercado da B3, disse a empresa.

Além disso, o colegiado da CVM acatou recurso apresentado pela Petrobras e reverteu uma decisão da área técnica da autarquia que questionava a prática de contabilidade de hedge pela empresa. A determinação do colegiado da CVM desobriga a estatal de refazer e republicar as demonstrações financeiras de 2013, 2014, 2015 e 2016 por suposta utilização indevida da prática de contabilidade de hedge.

A companhia ainda anunciou novo reajuste dos preços de combustíveis, o sétimo desde que passou a adotar a política de reajustes diários, no dia 30 de junho. A estatal anunciou o corte do preço da gasolina em 0,1% e elevação do preço do diesel em 1,1% a partir de 13 de julho. A empresa argumenta que, com a possibilidade de reajustar diariamente os preços, tem mais ferramentas para competir com as empresas importadoras, que estão ganhando espaço no mercado brasileiro.

Por fim, o Valor Econômico informa que a Petrobras quer discutir novas operações de crédito com BNDES. 

Vale (VALE3, R$ 29,82, -0,73%; VALE5, R$ 27,86, -0,57%)
As ações da Vale pouco reagiram a euforia do mercado nesta tarde. Os papéis da mineradora fecharam entre leves perdas e ganhos, quebrando uma sequência de quatro altas, puxados pelos preços à vista do minério de ferro. Os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 21,63, +0,56%) – holding que detém participação na Vale – terminaram o pregão no campo positivo. 

Hoje, o minério de ferro spot (à vista) negociado no porto de Qingdao, na China, caiu 2,06%, a US$ 64,05 por tonelada, enquanto os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian registraram leve alta de 0,20%, a 489 iuanes. 

Usiminas (USIM5, R$ 5,07, +1,40%)

A Usiminas confirmou nesta manhã que elevou em 10,7% o preço para os produtos laminados a quente de sua rede de distribuição. Segundo comunicado da empresa ao mercado, o reajuste entrará em vigor nos próximos dias. Mais cedo, o jornal O Estado de S. Paulo informava que a companhia faria o reajuste após melhora no mercado externo, sem dizer como obteve a informação. 

Acompanharam o movimento positivo as demais siderúrgicas listadas na B3: CSN (CSNA3, R$ 7,92, +2,33%), Gerdau (GGBR4, R$ 11,02, +0,64%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,47, +3,60%). Ontem, as ações da CSN dispararam 6,46%, encerrando a sessão como a maior alta do Ibovespa. 

Segundo analistas do Bradesco BBI, o reajuste da Usiminas vem em linha com suas perspectivas de que o baixo nível de prêmio dos preços domésticos poderia criar espaço para a implementação de altas de preços do aço no mercado brasileiro. “O preço de HRC (laminados a quente, na sigla em inglês) na China subiram em US$ 60 a tonelada (+14%) desde o começo de junho, comprimindo os prêmios domésticos para terreno negativo (-%). Com isso, acreditamos que a Usiminas deve ser bem sucedida na implementação do reajuste de preços”, comentaram. 

BRF (BRFS3, R$ 38,22, +2,25%)
A previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a safra 2016/17 do Brasil foi novamente revisada para cima, com produção de milho em cerca de 96 milhões de toneladas e soja em aproximadamente 114 milhões de toneladas, o que deve se traduz em maior disponibilidade de grãos e menores custos de insumos para a produção de aves, comentam os analistas do Santander.

Eles lembram que os preços do milho brasileiro caíram 50% em relação ao seu pico em junho de 2016 (ou 30% no acumulado do ano) e agora estão com desconto de 21% frente aos preços internacionais, o que, em última instância, ajudará a restaurar a rentabilidade e a competitividade da indústria.

Com isso, eles ressaltam que o cenário é positivo para a BRF, em meio à expectativa de alívio nos preços dos grãos, o que deve ajudar a margem para a produção de aves e sustentar a tendência de recuperação da margem no 2° semestre deste ano. Eles reiteraram preferência para a BRF no setor e, embora antecipem um 2° trimestre sem inspiração (impactado pelos efeitos das investigações da Operação “Carne Fraca”), acreditam que a ação deve se recuperar lentamente à medida que o lado operacional ganhe força.

Embraer (EMBR3, R$ 15,55, -2,32%) 
As ações da Embraer figuraram como a maior queda do Ibovespa, pressionadas pelo câmbio, que intensificou perdas após a notícia sobre o ex-presidente Lula. Apesar da queda hoje, o noticiário da semana é positivo para a ação, que subiu nos últimos dois pregões (+3,00%). Ontem, a companhia informou que entregou 59 aviões entre abril e junho, sendo 35 jatos comerciais e 24 executivos –  um resultado que superou as expectativas dos analistas de BTG Pactual e Morgan Stanley, em especial da porção comercial.

Para o segundo trimestre, o BTG esperava a entrega de 27 jatos comerciais pela empresa, enquanto o time do Morgan Stanley foi ainda mais surpreendido, pois aguardava por 24 aviões comerciais. Contudo, os dois bancos de investimento foram certeiros em relação as entregas de jatos executivos, pois ambos esperavam por 24 aeronaves.

Por conta do forte resultado das entregas comerciais e na expectativa por um bom resultado do segmento de Defesa & Segurança, focado em aviões de caça, os analistas do BTG estão otimistas para o resultado consolidado do segundo trimestre e projetam crescimento de 20% da receita líquida frente ao mesmo período do ano passado, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) atingindo US$ 134 milhões, ou seja, alta de 84% em relação ao segundo trimestre de 2016.

QGEP (QGEP3, R$ 6,86, +14,33%)

As ações da Queiroz Galvão dispararam até 27,67%, a R$ 7,66, nesta sessão após anunciar a venda de sua participação de 10% no bloco BM-S-8, na Bacia de Santos, para Statoil, por US$ 379 milhões. O volume financeiro movimentado com o papel atingiu R$ 47,6 milhões hoje, contra média diária de R$ 2,12 milhões nos últimos 21 pregões. 

 “A Companhia está avaliando os possíveis usos dos recursos, que poderão combinar o pagamento de um dividendo especial para acionistas com investimentos no portfólio de exploração e produção da QGEP”, disse a companhia. 

A empresa norueguesa pagará 50% do valor total, US$ 189,5 milhões, no fechamento da transação após aprovação do negócio por reguladores, e o restante será pago em parceladas “relacionadas a eventos subsequentes, incluindo a celebração do Acordo de Individualização da Produção”, segundo o comunicado. A QGEP pagou US$ 175 milhões pela participação em meados de 2011.

Segundo o BTG Pactual, o anúncio da venda da fatia em Carcará é muito positivo para a companhia. “Cabe lembrar que os investidores não costumam atribuir muito valor ao campo de Carcará, e não havia sinalização da companhia em vender a fatia. Portanto, a notícia é muito positiva, destrava valor para a companhia e reduz os riscos do case”, ressaltam os analistas.

Eles também apontam que, após o negócio, a companhia estará com R$ 2,1 bilhões de caixa, sem nenhum grande projeto ou capex à frente. No comunicado, a QGEP afirmou que está avaliando os possíveis usos dos recursos, que poderão combinar o pagamento de um dividendo especial para acionistas com investimentos no portfólio de exploração e produção da empresa. 

“Considerando o período de tempo em que mantivemos esse ativo e a falta de visibilidade em relação à efetiva data do primeiro óleo, concluímos que a transação é consistente tanto com nossa política de gerenciamento de”, afirmou no comunicado o presidente da QGEP, Lincoln Guardado.

De acordo com o BTG, o negócio gera um montante líquido (pós-imposto e ganhos de capital) de R$ 970 milhões (ou R$ 3,60 por ação), versus o atual valor nos modelos do banco de R$ 0,30 para Carcará. “Em outras palavras, a geração de valor desse negócio sozinho representa dois terços do market cap – ou um impressionante dividend yield (dividendos/valor da ação) de 60%, se totalmente pago aos acionistas. A recomendação do BTG para os papéis QGEP3 é de compra, com preço-alvo atual de R$ 8,50 para doze meses – o banco afirmou que está revisando as estimativas. 

PDG Realty (PDGR3, R$ 2,19, +1,39%)
As ações da PDG Realty amenizaram os ganhos após subirem 9,26%, a R$ 2,36, na máxima do dia. Considerando a máxima de hoje, os papéis chegaram a acumular alta de 29% nos últimos dois pregões. O giro movimentado com os ativos atingiu nesta sessão R$ 23,4 milhões, contra média móvel de R$ 2,4 milhões nos últimos 21 pregões. 

Na segunda-feira, o Valor Econômico informou que essa semana seria decisiva para a recuperação judicial da empresa, que tem R$ 5,75 bilhões em compromissos pendentes de reestruturação. A companhia e os principais bancos credores entraram desde ontem em uma intensa negociação sobre o rumo desses débitos, indicava o jornal. 

JBS (JBSS3, R$ 6,60, +0,46%)

A JBS teve três plantas da Seara suspensas para exportação frango para a União Europeia. São elas: as unidades nos municípios de Nuporanga, Campo Mourão e Sidrolândia estão entre nove plantas que tiveram sua licença para exportar para a União Europeia suspensas pelo governo brasileiro, de acordo com um documento do ministério de Agricultura. Segundo o Valor, uma unidade da BRF também teve a operação suspensa. 

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,40, +1,08%)

A superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendou ao tribunal da autarquia a aprovação da aquisição das operações de varejo do Citibank pelo Itaú Unibanco mediante assinatura de um acordo em controle de concentrações. A recomendação consta em despacho publicado no Diário Oficial. 

Os remédios desenhados abordam cinco aspectos: comunicação e transparência, treinamentos, indicadores de qualidade, compliance e restrição à aquisição de instituições financeiras e administradoras de consórcios. Segundo a superintendência-geral do Cade, o acordo em controle de concentrações “é suficiente para eliminar eventuais preocupações concorrenciais” que decorram da operação. Ccontudo, a celebração deste acordo não exime as partes de cumprir qualquer decisão do Cade no futuro.

Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 66,67, +0,36%)

O Pão de Açúcar revelou sua prévia operacional, divulgando que as vendas líquidas totalizaram R$ 10,7 bilhões, alta de 9% no segundo trimestre de 2017 na base de comparação anual. A companhia destacou ainda  a aceleração do ritmo de crescimento do Extra Hiper, com expansão ‘mesmas lojas’ de 7,6% no segundo trimestre versus 5,4% no primeiro trimestre de 2017. 

Rodobens (RDNI3, R$ 5,68, -0,18%)

A Rodobens registrou vendas líquidas de R$ 57 milhões no segundo trimestre de 2017, montante três vezes maior que no segundo trimestre do ano passado, disse a companhia em comunicado de prévia operacional. Os distratos foram de R$ 50 milhões ante R$ 92 milhões no mesmo período do ano anterior, enquanto o VGV lançado no trimestre foi de R$ 82 milhões.

Tenda (TEND3, R$ 15,27, +0,79%)

A Tenda também apresentou prévia operacional, com as vendas brutas somando R$ 463 milhões, alta de 20,9% na base de comparação anual. Os lançamentos, por sua vez, subiram 7,6%, para R$ 446 milhões. 

Senior Solution (SNSL3, R$ 19,16, +2,73%)

A B3 deferiu o pedido da Senior Solution para migração ao Novo Mercado.

OGPar (OGXP3, R$ 4,04, +1,00%)

A operação que consiste na celebração de um acordo entre OGX e OGPar, de um lado, e determinados credores de outro, por meio do qual concordaram com a implementação de uma reestruturação operacional e financeira da OGX, foi aprovada sem restrições, segundo Diário Oficial e Cade.

A Operação envolverá constituição de uma sociedade de propósito específico por OSX-3, Participating DIP Holders e IF Lenders (“NewCo”), por meio da contribuição de todo ou parte dos passivos da OGX e da OGPar que eles detêm. O pagamento dos referidos passivos será realizado por meio de ações da OGX e de ações de emissão da Eneva, detidas pela OGX, e outros direitos.

Com a implementação total do acordo, a NewCo será dissolvida e os ativos serão distribuídos aos sócios de responsabilidade limitada pro rata a suas participações acionárias limitadas equivalentes na NewCo. Assim, OSX-3, IF Lenders, DIP Facility Holders, OGPar, PIMCO e outros acionistas irão deter ações da OGX diretamente.

Magnesita (MAGG3, R$ 36,51, +0,03%)

O Cade aprovou a aquisição de controle da Magnesita por RHI. A operação que trata da aquisição, pela RHI/RHI Holanda, do controle unitário e de até 100% das ações representativas do capital social da Magnesita foi aprovada sem restrições segundo despacho no Diário Oficial e site do Cade.

O Cade ressalta a importância do efetivo cumprimento das cláusulas estabelecidas entre as referidas instituições para a mitigação de aspectos importantes das preocupações concorrenciais no caso.

Prumo (PRML3, R$ 11,10, +0,09%)

Segundo a Coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, um grupo de acionistas minoritários da Prumo se prepara para enviar uma reclamação à CVM contra o processo de OPA (oferta pública de aquisição) capitaneada pela controladora da companhia, a norte-americana EIG.

Depois de meses de queda de braço, a EIG anunciou na segunda-feira que elevaria o preço da ação de R$ 10,53 para R$ 11,50, mas frisou que o aumento não seria obrigatório se um segundo laudo de avaliação da empresa for aprovado. 

Especial IM:

O InfoMoney realizou hoje mais uma edição do Especial Setores do 2° Semestre com análise dos bancos, Cielo e B3 – união entre BM&FBovespa e Cetip. Os convidados do programa foram os analistas Francisco Kops, da Garde Asset, e Paulo Ghedini, da Perfin Investimentos. 

Do lado dos bancos, Kops vê possibilidade de revisão para baixo no lucro das grandes instituições este ano. Das surpresas positivas, ele destacou o Bradesco, que trouxe um guidance mais conservador de despesas com provisões duvidosas este ano e pode ter espaço para baixo. Fora das quatro grandes instituições, ele vê com bons olhos o Banrisul, negociado abaixo do valor patrimonial e que tem espaço para subir mais de 100% com possível privatização. 

Já sobre Cielo, eles veem a ação com um pé atrás, citando a concorrência como o principal risco para o case neste momento. O “grande encontro” do mercado com a empresa virá no 4° trimestre virá no 4° trimestre, quando os riscos de competição ficarão mais claros, diz Ghedini. Já a antiga BM&FBovespa foi tida como a ação “para toda hora”, dado o perfil defensivo – grande diversificação de receitas – que foi fortalecido após fusão com a Cetip (veja aqui a íntegra da entrevista).