Uma boa notícia para Smiles e uma dor de cabeça para Forjas Taurus: veja os 6 destaques do “after market”

Confira os principais destaques corporativos após o fechamento do pregão desta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com as atenções voltadas para o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o noticiário corporativo perdeu força após o fechamento da bolsa nesta terça-feira (6). Com isso, os destaques ficaram com o anúncio da Smiles, que será incorporada pela Webjet, e mais 5 notícias. 

Veja abaixo os destaques do “after market” desta terça-feira:

Vale (VALE3; VALE5)
O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu uma decisão judicial que obrigava o município de Santa Bárbara (MG) a se posicionar sobre a atuação da mineradora Samarco, joint venture da Vale com a anglo-australiana BHP Billiton, na região, o que seria um passo importante para a empresa dar entrada no processo de licenciamento e reiniciar suas atividades de mineração. 

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Para reiniciar a produção, interrompida desde o colapso de uma de suas barragens de rejeitos de mineração em Mariana, em novembro de 2015, a Samarco precisa voltar a captar água no município. 

A mineradora precisa apenas de uma declaração de conformidade de Santa Bárbara para dar entrada em processo de licenciamento operacional corretivo das estruturas existentes no complexo de Germano, junto ao órgão ambiental estadual (Semad).

Um dos cinco municípios diretamente afetados pelas atividades da Samarco, Santa Bárbara foi o único que não entregou a declaração de conformidade à mineradora.

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O rompimento da barragem deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo. O evento foi considerado como o maior desastre ambiental do país.

Smiles (SMLE3)
A operadora de programas de fidelidade Smiles informou nesta terça-feira que seu conselho de administração aprovou plano de reorganização societária, por meio da qual a companhia, controlada pela Gol, será incorporada pela Webjet. Em fato relevante, a Smiles informou que a operação permitirá aproveitar prejuízos fiscais acumulados pelo grupo Gol, que comprou a Webjet anos atrás.

Veja mais: a ação da Smiles foi uma das recomendações do “Comprar ou Vender” desta terça-feira

A operação, que será submetida a votação de acionistas da Smiles em 30 de junho e depende de aprovação dos minoritários, prevê a emissão pela Webjet de 123,9 milhões de ações e a troca delas por ações da Smiles, na proporção de uma para uma.

Aviação
Sem acordo, a votação do projeto de lei das aéreas, que permite o controle acionário das companhias aéreas brasileiras pelo capital estrangeiro, foi adiada para a próxima quarta-feira (7), segundo a Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados. Em meio à notícia, as ações das companhias do setor mergulharam na reta final do pregão desta terça-feira: as ações da Azul (AZUL4) chegaram a cair 3,5% na última hora, indo a R$ 23,01, mas fecharam em leve queda de 0,55%, a R$ 23,47; já a Gol (GOLL4) recuou 1,5% no mesmo período, mas ainda assim conseguiu se manter em terreno positivo. Os papéis GOLL4 encerraram a sessão em alta de 4,39%, a R$ 7,85, marcando a primeira alta após quatro pregões seguidos de perdas.

Usiminas (USIM5)
A Usiminas informou hoje que sua controlada Mineração Usiminas (Musa) e a Porto Sudeste do Brasil firmaram instrumento de transação por meio do qual acordaram as condições para pôr fim a litígio, objeto de arbitragem instaurada perante o Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. 

O acordo prevê, entre outras disposições, que a Porto Sudeste fará um pagamento à Musa após a homologação do acordo pelo Tribunal Arbitral, no valor equivalente em reais a
US$ 62,5 milhões. 

Além disso, as empresas fecharam nesta terça-feira um novo contrato que prevê que a Musa terá o direito, mas não a obrigação, de movimentar pelos próximos anos um volume total de até 17,5 milhões de toneladas de minério de ferro pelo Terminal Portuário da Porto Sudeste, localizado no município de Itaguaí (RJ). 

Braskem (BRKM5)
A Braskem anunciou na noite desta terça-feira que a Justiça Federal de Curitiba homologou o acordo de leniência firmado entre a petroquímica e o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão é a etapa que faltava para a homologação definitiva do acordo global firmado pela Braskem com autoridades dos Estados Unidos, Suíça e Brasil, no qual a companhia se comprometeu a pagar cerca de 960 milhões de dólares, disse a empresa.

Forjas Taurus (FJTA4)
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo confirmou que está finalizando um edital de licitação internacional para a compra de 5 mil pistolas para a Polícia Militar paulista. Atualmente, a corporação está buscando uma empresa para divulgação do pregão no exterior. O edital busca fornecedores no Brasil e no exterior.

De acordo com a SSP, o Exército autorizou que o edital também seja aberto a empresas internacionais. “A medida foi tomada após impedimento da empresa Taurus de fornecer armamento no período de dois anos, após falhas apresentadas em material comprado pela PM e confirmadas por laudos periciais”, disse a secretaria em nota.

A SSP destacou que os fabricantes terão que atender todas as especificações previstas no edital, entre elas o fornecimento dos 5 mil armamentos (pistolas semiautomáticas de calibre .40) em até 180 dias. Até o momento, 11 empresas manifestaram interesse em participar do pregão.

Em nota, a Taurus disse que as alegações a respeito de supostos problemas em suas armas não se sustentam. “Isto é confirmado tanto por laudos periciais como pela verificação pelo Exército Brasileiro do processo produtivo da Taurus. Ainda assim, essas alegações são retomadas periodicamente como parte de uma campanha negativa contra a companhia, motivada por interesses comerciais e financeiros”.

A empresa disse ainda que tem uma longa relação com a PM paulista e sempre procurou atender as necessidades da instituição da melhor forma possível. “É incorreto supor que a licitação da PMSP se deve a problemas nas armas da Taurus. A decisão se deve provavelmente a necessidades específicas que a PMSP considera que serão melhor atendidas dessa forma”.

(Com Agência Estado)