- SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para três notícias sobre Petrobras e JBS, além de Banco do Brasil. Confira os destaques desta sexta-feira (26):
- Petrobras (PETR3; PETR4)
O Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da Petrobras decidiu nesta quinta-feira reduzir o preço médio da gasolina nas refinarias em 5,4 por cento e em 3,5 por cento os valores do diesel. “A decisão foi guiada predominantemente por um aumento significativo nas importações no último mês, o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno”, disse a Petrobras em nota.
Conforme princípio da política da empresa em vigor, a participação de mercado da companhia é um dos componentes de análise considerado pelo GEMP. A importação de gasolina por terceiros para o mercado interno aumentou de 240 mil metros cúbicos em fevereiro para 419 mil em abril, com previsão de manutenção em torno deste nível em maio.
No diesel, a importação saiu de 564 mil metros cúbicos em fevereiro para 811 mil em abril, e há previsão de mais de 1 milhão de metros cúbicos em maio, disse a estatal. “Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77 por cento.”
Neste cenário, os fatores relacionados ao preço dos derivados no mercado internacional e a oscilação da moeda nacional também foram avaliados pelo GEMP, disse a Petrobras, acrescentando que os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, conforme princípio da política da empresa.
Se o ajuste feito nesta quinta-feira for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o valor ao consumidor final, o diesel pode cair na bomba 2,2 por cento, ou cerca de 0,07 real por litro, em média, e a gasolina, 2,4 por cento, ou 0,09 real por litro, em média.
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Segundo o Goldman Sachs, o anúncio da Petrobras de redução dos preços é negativa dada a estimativa de uma potencial redução de US$ 450
milhões ao ano no Ebitda para cada US$ 1 por barril de prêmio menor
praticado ante os valores internacionais. ” Avaliamos que estratégia da Petrobras de recuperar fatia de mercado ao reduzir o prêmio em relação ao mercado internacional é negativo do ponto de vista econômico”. -
Vale destacar ainda que a fase Poço Seco, a 41ª da Operação Lava Jato, tem como alvo operações financeiras feitas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo no Benin, no oeste África. De acordo com as investigações, as operações financeiras tinham como objetivo de disponibilizar recursos para o pagamento de vantagens indevidas ao ex-gerente da área de negócios internacionais da empresa.
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Ainda sobre a Petrobras, termo aprovado pela diretoria prevê conjunto
de obrigações de integridade por parte da Carioca para retirada
do bloqueio cautelar vigente desde 29 de dezembro de 2014 e
retorno à participação em licitações da Petrobras, segundo
comunicado da estatal. A Carioca Engenharia tornou-se elegível para a assinatura do termo por ter firmado acordo de leniência com o Ministério
Público Federal. A companhia também adotou conjunto de medidas que foram verificadas pela Petrobras por meio de procedimento de due diligence de integridade. Atualmente 21 empresas estão com bloqueio cautelar: “a Petrobras segue acompanhando o andamento de
eventuais acordos de leniência e adoção de medidas de conformidade pelas demais empresas da lista do bloqueio cautelar”, diz a estatal. - JBS (JBSS3)
O noticiário para a JBS segue movimentado. A recomendação para as ações da companhia foi rebaixada de neutra para underweight pelo JPMorgan e preço-alvo reduzido de R$ 15 para R$ 5, o que implica potencial de baixa de 39% ante patamar de fechamento nesta quinta-feira, segundo relatório do analista do JPMorgan, Pedro Leduc.
- Os efeitos da turbulência na JBS têm como principal beneficiária a Minerva (BEEF3), de acordo com o analista. BRF (BRFS3) também sai ganhando, aponta ele, mas não o suficiente para alterar a recomendação neutra para a companhia. No setor, o JPMorgan prefere Minerva, com recomendação overweight.
- Outra notícia negativa para a JBS é de que o STF admite que pode rever termos da delação, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. A previsão não é de consenso entre os integrantes Corte, mas tem sido defendida por alguns magistrados e até mesmo pelo relator da Operação Lava Jato, ministro Edson Fachin, diz o jornal.
- Já o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou na última quinta-feira que o governo estuda meios para estimular que grupos pequenos e médios ocupem espaços no mercado de carnes e reduzam a concentração no setor. Maggi explicou que seu ministério já mapeia plantas industriais que estão fechadas para uma possível reativação. A informação vem depois da delação dos donos da JBS, a maior empresa de carnes do mundo, que provocou uma crise envolvendo o presidente Michel Temer.
- BRF (BRFS3)
A BRF informou que sua subsidiária TBQ Foods concluiu a aquisição de 79,48 por cento das ações emitidas pela Banvit, maior produtora de aves da Turquia, de acordo com comunicado divulgado na noite de quinta-feira.
Conforme o documento, a transação foi realizada em conjunto com fundo soberano do Qatar, que detém 40 por cento da TBQ. Ainda segundo a BRF, a subsidiária fará oferta para comprar o restante da Banvit.
- Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil, por meio de seu Conselho Diretor, definiu essa semana o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), relativos ao segundo trimestre de 2017, de R$ 0,0785 por ação, que correspondem a R$ 218,823 milhões. Os proventos serão pagos com base na posição acionária do dia 12 de junho, e as ações passarão a ser negociadas ex-juros a partir do dia 13 do próximo mês. O crédito será efetuado no dia 30 de junho.
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Eletrobras (ELET6)
Decisão da 5ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região pede que Eletronorte devolva aos cofres públicos R$ 60 milhões que iriam para a Bolívia, segundo documento da decisão divulgado pela assessoria de imprensa da Justiça Federal do Distrito Federal. A sentença foi dada na tarde desta quinta-feira pela juíza federal Diana Wanderlei, segundo a assessoria de imprensa. A sentença também declarou a nulidade da Portaria 308 do Ministério de Minas e Energia, que formalizou ações de cooperação do Brasil com a Bolívia.
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Engie (ENGI11)
A Controladora da Engie Brasil, a EBP, contratou o Itaú BBA para elaborar proposta de transferência de sua participação de 40% na ESBR para a companhia, segundo fato relevante. A ESBR detém 100% da Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela construção e manutenção da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, e de 100% na Geramamoré Participações. A proposta será levada ao conhecimento do conselho de administração da EBP em momento oportuno.
- Copasa (CSMG3)
A Copasa assinou rescisão do contrato de parceria público-privada administrativa, celebrada em 2 de outubro de 2015, para ampliação e operação parcial do sistema de esgotamento sanitário do município de Divinópolis, informou a empresa, em comunicado divulgado ao mercado nesta quinta-feira.
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Em reunião de 27 de abril, a estatal mineira autorizou instalação de processo administrativo licitatório para execução das obras de implantação e ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Divinópolis de até R$ 143 milhões com prazo de execução previsto até 18 meses.
- (Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)
JBS tem recomendação cortada pelo JPMorgan e preço-alvo cai para R$ 5; Petrobras e mais 5 notícias
Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (26)
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Montante é equivalente a R$ 0,25732541629 por ação ordinária e R$ 0,28305795791 por ação preferencial
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Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.