4 ações que foram alvo de análises nesta quinta – e reagiram a isso na bolsa

Com os mercados comportando-se de maneira menos volátil nesta semana, analistas voltaram a divulgar relatórios de análise de empresas individuais

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Depois da explosão de volatilidade vista na última semana, o mercado vai se encaixando aos poucos e alinhando suas expectativas. E com isso as recomendações apresentadas por analistas de investimentos, que estavam mais concentradas no “macro”, começam a voltar para as empresas individualmente. Nesta quinta-feira (25), 4 ações foram alvo de análise de grandes bancos, segundo informações do Terminal Bloomberg, e todas elas reagiram na bolsa de acordo com a “opinião” destes analistas.

Relatórios de recomendações de ações feitos por grandes bancos – principalmente os estrangeiros – costumam “fazer preço” na bolsa no dia em que são divulgados pela grande quantidade e relevância dos investidores que acompanham estas análises. Por isso, uma revisão positiva na avaliação de um grande banco para determinada empresa pode provocar um maior fluxo comprador de suas ações no mercado – da mesma forma que uma análise negativa pode impulsionar vendas dos papéis.

Confira abaixo as 4 ações alvo de recomendação e a reação delas na bolsa:

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Azul: recomendação de compra do Safra
O analista Luiz Peçanha Filho, do Banco Safra, iniciou cobertura da Azul (AZUL4) com recomendação “outperform” (expectativa de performance acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 30,00 para os próximos 12 meses, o que implica em um potencial de valorização de 25% frente ao fechamento de quarta-feira (24). 

Nesta quinta-feira, as ações da companhia aérea subiam 5,18%, a R$ 25,14 (cotação das 12h45, horário de Brasília). No mesmo horário, sua “concorrente” na bolsa, a Gol (GOLL4), subia apenas 1,15%, cotada a R$ 7,93 cada ação.

Even elevada, Eztec rebaixada
Já o analista Marcelo Motta, do JPMorgan, revisou duas ações do setor de construção: ela reduziu Eztec (EZTC3) de overweight (exposição acima da média no portfólio) para neutro (equivalente a manter), com preço-alvo de R$ 19,00, o que implica em um upside de 0,8% diante quarta-feira. Ao mesmo tempo, elevou Even (EVEN3) de neutro para overweight, com target de 12 meses de R$ 5,00 – upside de 27% diante de quarta-feira.

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A recomendação de Motta é de que os investidores “se escondam” nas construtoras voltadas para a baixa renda devido à sua resiliência e escalabilidade que permitiram que elas apresentassem retornos superiores. Para o analista, construtoras de segmento de renda média e alta no Brasil devem sofrer mais em um cenário político e econômico mais volátil, já que elas reduzem a velocidade de vendas e provavelmente adiarão as aquisições até que haja mais visibilidade no cenário macro. 

A análise ajuda no desempenho negativo da Eztec na bolsa nesta quinta: a ação apresentava queda de 5,25%, cotadas a R$ 17,84. No mesmo horário, as ações da Even recuavam de maneira mais contida (-1,77%, a R$ 3,88).

Vale mencionar que o JPMorgan reduziu a estimativa de lucro para o setor imobiliário em 2017 em 40%. O banco ainda reiterou a recomendação overweight para MRV, Tenda e Direcional, sendo MRV a “top pick” do setor. Já Gafisa, Cyrela, Rodobens seguem com recomendação “neutra”, enquanto Rossi e PDG são “underweight” (exposição abaixo da média do portfólio) na avaliação do JP.

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Tim elevada pelo JPMorgan
Por fim, André Baggio e Marcelo Santos, também do JPMorgan, elevou sua recomendação para TIM (TIMP3) de neutra para overweight, assim como elevou seu preço-alvo para empresa de R$ 10,50 para R$ 11,00, oferecendo um potencial de valorização de 15% diante o fechamento passado. Os papéis da empresa subiam 2,5% no começo da tarde, a R$ 9,83 – o Ibovespa, no mesmo horário, caía 0,46%.

Segundo informações da Bloomberg, a dupla de analistas aumentou preferência pelo setor de
telecomunicações em relação a setor de tecnologia, por enxergá-las como mais protegidas caso as expectativas de crescimento se deteriorarem, além de elas também serem menos sensíveis às taxas de juros do que o Ibovespa. Apesar de elevar a TIM, o banco mantém a preferência pelas ações da Telefônica Brasil (VIVT4) no setor.