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SÃO PAULO – A divulgação do áudio da conversa do presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista trouxe uma percepção de menor fragilidade do peemedebista em meio às acusações de suposto envolvimento na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro. Com isso, o Ibovespa, nesta sexta-feira (19) opera em correção de parte do dia de pânico da véspera. Às 12h33 (horário de Brasília), o índice operava em alta de 2,84%, a 63.345 pontos.
No mesmo horário, os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 caíam 37 pontos-base, a 9,70%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuavam 19 pontos-base, a 11,19%, após ambos os contratos operarem no limite máximo estabelecido pela B3 durante todo o pregão da véspera. Já os contratos de dólar futuro com vencimento em junho caíam 2,53%, sinalizando cotação de R$ 3,294. O dólar comercial caía 3,08% ante o real, a R$ 3,2846.
Confira os destaques deste pregão:
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Destaques da Bolsa
Nas maiores altas desse dia de leve recuperação, duas estatais que foram fortemente penalizadas ontem:a Cemig, que chegou a cair 42% na quinta-feira e fechou em baixa de 20,43%, lidera os ganhos do índice. Já os papéis do Banco do Brasil, que foi o mais penalizado entre os 4 grandes bancos da bolsa, sobem 5% hoje. As demais instituições sobem nesta sessão também. Já as ações da Petrobras sobem cerca de 4% nesta sessão. Ontem, os papéis ONs da estatal caíram 10,68%, enquanto os PNs afundaram 15,05%. Contribuem para o sentimento positivo de hoje também a alta dos preços do petróleo no mercado internacional. As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são: As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são: O dia depois do caos
Após a hecatombe nos mercados em meio à eclosão da crise política com a delação da JBS – com o Ibovespa desabando 8,8% ontem com mercado preocupado com a governabilidade após crise do áudio e o dólar disparando 7,5% – o mercado brasileiro começa a sinalizar um respiro. Na noite da última quinta-feira, foram divulgados os áudios da conversa de Temer com Joesley Batista que, na avaliação do governo, foram inconsistentes sobre a acusação de que o presidente deu aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Ontem, Temer negou que renunciaria e afirmou ao G1 que a montanha pariu um rato;” o que ele [Joesley] disse e que eu concordei é que ele estava se dando bem com Eduardo Cunha, por isso falei mantenha isso”. Não houve divulgação de transcrição oficial do diálogo liberado pelo STF e novos trechos ainda podem vir a público, diz a Folha de S. Paulo. Segundo Coluna do Estadão, interlocutores de Temer acharam áudios inconsistentes; ordem é passar imagem de serenidade e Temer avalia pronunciamento nesta linha hoje. Os efeitos da denúncia
As denúncias feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, contra o presidente Michel Temer desencadearam a apresentação de oito pedidos de impeachment para afastar o peemedebista da presidência da República. A delação premiada de Batista foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer. O PPS divulgou nota ontem em que informa ter deixado a base aliada do presidente Michel Temer. Em nota, o partido diz que, diante da delação premiada “de sócios da JBS envolvendo o presidente Michel Temer e da gravidade da denúncia”, decidiu deixar o governo federal. Outro partido, o recém-criado Podemos (antigo PTN) divulgou nota dizendo que deixa a base aliada de Temer. Com 13 deputados, o Podemos integrava o bloco parlamentar do PP e do PTdoB, também da base aliada. Vale destacar ainda que, segundo o Estadão, a delação da JBS não implica apenas o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves. Nesta sexta-feira, vão ser divulgadas delações que ” atingem mortalmente, pela ordem, os ex-presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) e o ex-chanceler e ex-presidenciável José Serra (PSDB)”. Bolsas mundiais
As bolsas pelo mundo registram um dia de leves ganhos nesta sessão, com destaque para as empresas do setor automobilístico. O S&P futuro e ações europeias sobem em dia de alívio, embora os mercados sigam monitorando riscos gerados pela crise política nos EUA. Na Ásia, os mercados acionários da China tiveram pouca variação nesta sexta-feira mas encerraram a semana em alta, com o índice de Xangai interrompendo sequência de cinco semanas consecutivas de quedas durante da tranquilização com declarações sobre regulamentações e com a injeção pelo banco central compensando as preocupações com o crescimento econômico. Já no mercado de commodities, o petróleo tem 3ª alta seguida com Opep podendo apoiar extensão de cortes; metais avançam em Londres. (Com Reuters, Bloomberg, Agência Brasil e Agência Estado)
C?d.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
CMIG4
CEMIG PN ED
7,43
+5,99
-1,00
15,62M
BBAS3
BRASIL ON
28,52
+5,32
+1,82
73,94M
ECOR3
ECORODOVIAS ON
9,71
+5,31
+20,42
6,77M
GOAU4
GERDAU MET PN
4,13
+5,09
-13,96
13,49M
ESTC3
ESTACIO PARTON
16,80
+5,00
+8,18
3,79M
C?d.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
SUZB5
SUZANO PAPELPNA
13,43
-3,59
-2,89
5,49M
FIBR3
FIBRIA ON ED
31,34
-2,82
+0,69
7,96M
TIMP3
TIM PART S/AON
9,50
-1,66
+22,05
2,80M
BRFS3
BRF SA ON
40,31
-1,54
-16,46
13,44M
JBSS3
JBS ON
8,46
-1,40
-25,55
24,44M
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)