5 empresas perderam R$ 110 bi em um dia na bolsa; Petrobras foi a maior vítima

Somente na quinta-feira, todas as empresas listadas na B3 perderam R$ 219 bi de valor, segundo a Economatica, indo a R$ 2,5 trilhões

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Um dia para o investidor esquecer: a delação do dono da JBS, Joesley Batista, que envolveu o presidente Michel Temer acionou o circuit breaker do Ibovespa pela primeira vez desde 2008 e o caos criado pela instabilidade política fez com que o índice fechasse com queda de 8,8%. Como consequência disso, tivemos uma expressiva perda de valor de mercado entre as empresas listadas na bolsa. 

Somente na quinta-feira (18), o valor de mercado das empresas da B3 recuou R$ 219 bilhões, indo de R$ 2,7 trilhões para R$ 2,5 trilhões, segundo dados da Economática. A Petrobras (PETR4) foi a maior vítima do dia: com perda de R$ 27,4 bilhões em relação a quarta-feira (17), a estatal fechou a quinta valendo R$ 179 bilhões na bolsa. As ações preferenciais da empresa recuaram 15,1%, cotadas a R$ 13,25, enquanto as ordinárias (PETR3) caíram 11,2%, a R$ 14,30.

Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) vieram logo atrás entre os perdedores. O Itaú foi o que mais sofreu no processo: perda de R$ 26,9 bilhões, saindo de R$ 244,3 bilhões na quarta-feira para R$ 217,4 bilhões. Na esteira, as ações do maior banco do Brasil fecharam com queda de 11,8%, aos R$ 34,77.  

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Já o Bradesco perdeu R$ 24,4 bilhões, indo para R$ 162,5 bilhões de valor de mercado. O BB, por sua vez, ficou R$ 18,7 bilhões menos valioso, indo de R$ 94,1 bilhões para R$ 75,4 bilhões.

A Ambev (ABEV3) foi a quinta empresa da bolsa que mais perdeu valor de mercado nesta quinta, com impacto negativo de R$ 13,2 bilhões, saindo de R$ 308,4 bilhões para R$ 295,2 bilhões – ela segue como a empresa mais valiosa da B3. As ações da distribuidora de bebidas caíram 6,2%, fechando a R$ 18,43.

Somando estas 5 empresas (Petrobras, Itaú, Bradesco, BB e Ambev), a perda de valor de mercado foi de R$ 110,6 bilhões, praticamente a metade da desvalorização de todas as ações da B3.

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Mas nem tudo foi prejuízo
Enquanto boa parte das empresas sofreram com a queda do mercado, as exportadoras foram beneficiadas pelo clima de maior aversão ao risco em decorrência do dólar, que disparou 8,6% e encerrou o dia em R$ 3,40.

Entre as empresa do setor de papel & celulose, o valor de mercado de Fibria (FIBR3) cresceu R$ 1,8 bilhão, saltando de R$ 16 bilhões para R$ 17,8 bilhões, enquanto de Suzano (SUZB5) aumentou R$ 1,4 bilhão – R$ 13,8 bilhões para R$ 15,2 bilhões. O destaque serve também para as ações – FIBR3 subiu 10,1% e SUZB5 encerrou o dia com alta de 8,7%.

Apesar da sua correlação positiva com o Ibovespa, Vale (VALE5) descolou das principais blue chips e seu valor de mercado teve um ligeiro incremento de R$ 267 milhões, passando de R$ 135,5 bilhões para R$ 135,8 bilhões. Em bolsa, VALE5 fechou em leve baixa de 0,08%, enquanto as ações ordinárias subiram 0,11%.