B3 amplia limite de queda do Ibovespa Futuro para 15% e dólar para alta de até 9%

Os contratos futuros de DIs a partir de 3 anos têm limite de alta ampliado para 180 pontos

Paula Barra

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SÃO PAULO – A B3 anunciou na manhã desta quinta-feira (18) que vai refazer o limite de queda do Ibovespa Futuro para queda de 15% e alta do dólar para até 9%. Os contratos futuros de DIs a partir de 3 anos têm limite de alta ampliado para 180 pontos.  

Com isso, os contratos futuros do Ibovespa com vencimento em junho de 2017 – sob o ticker INDM17 – registravam queda de 15,02%, a 57.780 pontos, segundo cotação das 10h49 (horário de Brasília). Já o dólar futuro negociado sob o código DOLM17 registrava alta de 8,61%, a R$ 3,417 pontos.

Na noite passada, o jornal O Globo noticiou que Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, gravou Temer concordando com pagamentos para manter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso.

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Assim que a notícia chegou ao Congresso, a oposição não perdeu tempo para pedir o impeachment de Temer, enquanto líderes governistas, pegos de surpresa, pediam cautela com a informação, evitando fazer defesas mais taxativas.

Especialistas afirmaram que o governo foi fortemente abalado e, assim, as reformas consideradas essenciais, sobretudo a da Previdência, para recuperar a economia serão afetadas.

O Banco Central manteve a oferta de até 8 mil swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de moedas– para rolagem do vencimento de junho, mas anunciou leilão adicional.

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A autoridade também fará oferta de até 40 mil contratos com vencimentos em 1/8/2017, 2/10/2017 e 2/1/2018.

Em novembro do ano passado, o Banco Central também havia feito oferta adicional de swap para tentar conter a volatilidade do mercado após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

Mais cedo, o Tesouro Nacional e o BC publicaram notas afirmando que estão atentos ao mercado e que atuarão para manter sua plena funcionalidade.

O Tesouro suspendeu o leilão de venda de LTN e LFT programado para esta sessão.

Até então, os mercados financeiros estavam vivendo uma espécies de lua-de-mel com o governo Temer, apostando que ele conseguiria angariar votos suficientes para aprovar as reformas no Congresso Nacional. O dólar, nesta semana, chegou a fechar abaixo do patamar de 3,10 reais.

Além disso, a economia vinha dando alguns sinais de recuperação, depois de dois anos seguidos de forte recessão. A inflação também vinha perdendo fôlego e possibilitando que o BC fizesse reduções importantes na taxa básica de juros, o que tem potencial para estimular o consumo.

 (Com Reuters)