Tecnisa reverte lucro em prejuízo no 1º tri; aquisição e mais 4 resultados agitam a noite

Confira os principais destaques do noticiário corporativo da noite desta quarta-feira (10)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Com destaque para a reta final da temporada de resultados do primeiro trimestre, o noticiário da noite desta quarta-feira (10) tem ainda a informação de uma possível oferta de ações da Magazine Luiza e de uma aquisição da Aliansce. Confira os destaques:

Ultrapar (UGPA3)
A Ultrapar teve quedas na receita e no lucro do primeiro trimestre, diante de menores vendas de combustíveis na rede de postos Ipiranga, seu principal braço de negócios. O grupo, cujas atividades incluem também produtos químicos, armazenagem de granéis líquidos e uma rede de farmácias, afirmou nesta quarta-feira que seu lucro líquido no período somou R$ 370,3 milhões, queda de 5% ante mesma etapa de 2016.

O recuo refletiu principalmente o declínio das vendas de combustíveis da Ipiranga, que responde por 85% da receita líquida total, que caiu 4% contra o primeiro trimestre do ano passado, a R$ 18,7 bilhões. “Neste início de ano, a atividade econômica continuou apresentando desempenho negativo em relação ao ano anterior”, afirmou a companhia em seu relatório.

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O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 8 por cento ano a ano, para R$ 973 milhões. A Oxiteno, unidade de produtos químicos, também teve queda de 9 por cento na receita líquida, a R$ 912 milhões.

Os fracos desempenhos de Ipiranga e Oxiteno foram parcialmente compensados por aumento nas vendas das demais subsidiárias, como a Ultragaz, cuja receita líquida subiu 10 por cento no comparativo anual, para R$ 1,35 bilhão.

Já a receita da Ultracargo, de armazenagem de granéis líquidos, somou R$ 101 milhões, aumento de 24% ano a ano. E a rede de drogarias Extrafarma viu seu faturamento bruto evoluir 28%, para R$ 476 milhões. A Ultrapar afirmou ter investido R$ 485 milhões entre janeiro e março, 63% a mais que um ano antes, mas queda de 34% na medição sequencial.

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Cosan (CSAN3)
O grupo Cosan teve lucro líquido de R$ 205 milhões no primeiro trimestre, queda de 17% sobre o mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta quarta-feira.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de cerca de R$ 974 milhões, queda de aproximadamente 36% sobre os três primeiros meses de 2016.

Magazine Luiza (MGLU3)
A rede de varejo Magazine Luiza contratou assessores para avaliar uma oferta pública de ações da companhia, informou o grupo em comunicado ao mercado.

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A empresa divulgou o comentário em resposta à reportagem da Coluna Broadcast, publicada mais cedo, que afirma que a empresa prepara oferta de ações de 1 bilhão de reais. “Não há, nesta data, qualquer definição quanto à realização da oferta, bem como quanto à sua estrutura e volume”, afirmou o Magazine Luiza.

Oi (OIBR4)
Oi teve prejuízo líquido de R$ 200 milhões no primeiro trimestre, queda de 89% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 1,8 bilhão. A redução do prejuízo líquido se deve à uma diminuição da despesa financeira da companhia, que é o quanto ela gasta com juros.

O resultado financeiro da Oi fechou o trimestre no vermelho em R$ 115 milhões, 94% de redução em relação ao resultado do primeiro trimestre de 2016. A variação do dólar também justificou um custo menor para manter a dívida em moeda estrangeira neste trimestre. A receita líquida, por sua vez, caiu 8,8% no trimestre, para R$ 6,16 bilhões.

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T4F (SHOW3)
A Time for Fun registrou lucro líquido de R$ 5,9 milhões no primeiro trimestre de 2017, uma queda de 44,5% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita da companhia recuou 58,8%, impactada, principalmente, pelo desempenho nas atrações com música ao vivo, cujas vendas passaram de R$ 257 milhões para R$ 75,7 milhões, queda de 68%.

O número de ingressos vendidos diminuiu 62% no período. O pior resultado é atribuído a um primeiro trimestre de 2016 atípico em termos de shows outdoor, que concentrou 21 eventos dos 35 realizados durante todo ano.

A receita com eventos de família e teatro aumentaram 63% no trimestre, enquanto os ganhos na área esportiva tiveram alta de 77%. As operações com bilheteria somaram R$ 32,8 milhões (queda de 12%) e com patrocínio, R$ 22,4 milhões (recuo de 37%).

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Tecnisa (TCSA3)
A Tecnisa reverteu o lucro líquido de R$ 3,55 milhões do primeiro trimestre do ano passado e registrou prejuízo de R$ 64,39 milhões no início de 2017. A queda é reflexo de uma menor composição da receita, de menos diluição sobre a receita de despesas gerais e administrativas e de gastos com vendas, e da piora na equivalência patrimonial do Jardim das Perdizes.

Este último piorou com a necessidade de mais provisões para distratos no Jardim das Perdizes e com a revenda das unidades distratadas com margens menores do que as das rescisões do trimestre. A receita líquida da companhia teve queda de 36,3%, para R$ 100,35 milhões.

Aliansce (ALSC3)
A Aliansce informou a compra de 100% das cotas do CTBH Fundo de Investimento Imobiliário – FII, único proprietário do empreendimento imobiliário corporativo denominado Boulevard Corporate Tower (BCT), por R$ 275,3 milhões.

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O montante será corrigido pela variação do CDI mais 2% ao ano, de 24 de fevereiro de 2017 até o efetivo fechamento da operação, que depende do cumprimento de determinadas condições suspensivas, incluindo a aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.