Gafisa afunda 27% em 9 pregões e renova mínima histórica; duas ações disparam mais de 6% após balanços

Confira os principais destaques de ações da bolsa nesta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O otimismo predominou no mercado doméstico nesta terça-feira (9), com investidores de olho na votação dos destaques da reforma da Previdência e no fim do sell-off das commodities. Em meio ao bom humor, o Ibovespa fechou em alta de 1,15%, a 66.278 pontos, com apenas 3 das 58 ações que compõem o benchmark encerrando no campo negativo. Foram elas: Multiplan, Lojas Americanas e Equatorial – mas nenhuma com recuo superior a 1%. 

Do lado positivo, os papéis da Copel lideraram os ganhos do Ibovespa, com alta de 6,5% após a Aneel ter aprovado indenização de R$ 667,6 milhões à empresa por renovação de contratos de transmissão. Na sequência, apareceram as ações da Ecorodovias, que subiram 6,2% impulsionadas pelo balanço do 1° trimestre. Fora do Ibovespa, outra ação que reportou resultado chamou atenção hoje: a Marcopolo, com valorização de 8,95%. Segundo analista do Itaú BBA, apesar de fraco, o resultado da empresa foi melhor do que o esperado.  

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Além delas, destaque para as ações da Gafisa (GFSA3, R$ 14,80, -4,52%), que registraram sua oitava queda em nove pregões, acumulando no período desvalorização de 27%, renovando sua mínima histórica nesta terça-feira. O movimento acontece na esteira da cisão com a Tenda, em 28 de abril, quando as ações da GFSA3 passaram a ser negociadas “ex-restituição de capital”. A listagem de sua controlada ocorreu dia 4 de maio. 

Confira abaixo os principais destaques de ações da bolsa nesta terça-feira:

Vale (VALE3, R$ 26,50, +1,81%;VALE5, R$ 25,30, +2,26%)
As ações da Vale reagiram ao dia de alta do minério de ferro no mercado à vista, com a commodity negociada no Porto de Qingdao, na China, fechando em alta de 1%, a US$ 60,75 a tonelada, além de duas notícias para a mineradora. 

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Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a mineradora deve ter saída de outros executivos após Murilo Ferreira. Roger Downey e Humberto Freitas também estão saindo da companhia. Ainda no noticiário da companhia, ela vendeu fatia na Pangea Emirates Limited à Mitsui & Co.

Acompanharam o movimento positivo as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 18,76, +1,96%) – holding que detém participação na Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 9,57, +4,13%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 4,36, +3,81%), Usiminas (USIM5, R$ 4,19, +2,20%) e CSN (CSNA3, R$ 7,40, +3,35%). 

No radar, segundo a Coluna do Broad, entre os maiores credores da Aço Cearense, que entrou com seu pedido de recuperação judicial na semana passada, está a siderúrgica Usiminas, com um crédito a receber de R$ 57,26 milhões. Com esse montante, a Usiminas é o oitavo maior credor da empresa. A dívida da Aço Cearense é da ordem de R$ 2 bilhões.

Petrobras (PETR3, R$ 14,88, +1,09%;PETR4, R$ 14,14, +0,43%)
As ações da Petrobras divergiram o dia negativo para o petróleo e subiram nesta sessão. Lá fora, os contratos do petróleo WTI caíram 1,2%, a US$ 45,88 o barril, em meio às preocupações sobre aumento da oferta da commodity nos Estados Unidos. 

No radar da companhia, uma fonte disse à Reuters nesta tarde que a Petrobras não está negociando a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Mais cedo, a Bloomberg publicou que a petroleira estatal tem buscado compradores para a refinaria no Texas, que estaria agora avaliada em US$ 200 milhões, muito abaixo do US$ 1,2 bilhão pagos pela companhia pelo empreendimento em uma transação em duas etapas concluída em 2012. 

“Não estamos fechando a venda de Pasadena, não”, disse a fonte na Petrobras, que falou sob a condição de anonimato. “Fique tranquilo que não vamos vender, muito menos por 200 milhões de dólares. Tenho certeza que não vamos vender”, disse a fonte.

A reportagem da Bloomberg, que cita fontes com conhecimento do assunto, afirma que Pasadena perdeu valor devido a uma série de passivos ambientais, com a refinaria no alvo de grupos de defesa ambiental, que a acusam de exceder padrões dos EUA para emissões.

Além disso, nesta manhã, a Petrobras disse que não há nenhuma deliberação de sua diretoria executiva ou Conselho de Administração sobre o modelo de venda da unidade de combustíveis, a BR Distribuidora. 

O comentário da petroleira foi divulgado após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira dizer que a Petrobras voltou a cogitar a hipótese de uma abertura de capital da BR Distribuidora como forma de levantar recursos sem vender o controle da companhia a um sócio.

A reportagem, que não cita fontes, disse que a proposta foi apresentada por diretores da Petrobras como uma alternativa.

Bancos

As ações dos bancos tiveram alta hoje, com o Banco do Brasil (BBAS3, R$ 32,40, +0,37%) subindo após queda de mais de 2% ontem, em meio ao início das operações de vendas das ações da instituição pelo Fundo Soberano no prazo de até 24 meses. Ontem, uma notícia da Bloomberg apontava que a ideia do governo é vender sempre pequenos montantes das ações do banco para não impactar no prazo. Em comunicado enviado ao mercado na última sexta-feira, o Tesouro Nacional comentava que as vendas serão feitas “à medida que as condições de mercado permitirem, sempre com o objetivo de maximizar a receita oriunda da venda dos ativos do fundo”. 

Os demais grandes bancos da bolsa também tiveram alta hoje: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 38,89, +0,26%), Bradesco (BBDC3, R$ 29,74, +0,41%; BBDC4, R$ 30,98, +0,88%) e Santander (SANB11, R$ 27,57, +0,44%).

Copel (CPLE6, R$ 27,16, +6,51%)
As ações da Copel dispararam nesta sessão e lideraram os ganhos do Ibovespa, após notícia de que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou, em reunião de diretoria na terça-feira, os valores a que a elétrica terá direito pela renovação antecipada de contratos de concessão de linhas de transmissão no final de 2012. Vale menção que essa é a primeira alta da ação após quatro sessões seguidas de perdas, quando acumularam desvalorização de 9%. Ontem, as ações da companhia caíram 3,95%. 

A diretoria homologou um valor de R$ 667,6 milhões para fins de indenização à Copel, referentes a ativos da companhia que ainda não tinham os investimentos totalmente amortizados quando da renovação dos contratos. Na prática, no entanto, a indenização será maior, dado que os R$ 667,6 milhões foram contabilizados em valores de dezembro de 2012, ainda sujeitos à atualização.

As elevadas indenizações, que ultrapassam os 60 bilhões de reais se somados os valores devidos a todas elétricas e atualizações, fizeram a indústria entrar na Justiça contra a cobrança desses custos nas tarifas, prevista para ao longo dos próximos oito anos. Com isso, uma parte dos pagamentos está suspensa enquanto governo e consumidores discutem o assunto judicialmente.

BR Malls (BRML3, R$ 12,90, +3,78%)
O conselho de administração da administradora de shopping centers BR Malls aprovou nesta terça-feira oferta pública de distribuição primária com esforços restritos de colocação, com potencial de captar até R$ 1,95 bilhão. Serão ofertadas 136.765.889 ações, que podem ser acrescidas de lote suplementar de até 15 por cento, ou seja, 20.514.883 ações, informou a empresa em comunicado. Considerando o preço de fechamento de R$ 12,43 por ação de segunda-feira, a operação deve permitir à BR Malls captar entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,95 bilhão.

Além disso, a administradora de shopping centers BR Malls informou que registrou lucro líquido de R$ 71,567 milhões no primeiro trimestre, 45,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 221,127 milhões, queda de 9,4% na mesma comparação.

Já o lucro líquido ajustado por variação cambial em bônus perpétuos, swap a mercado e imposto não caixa foi de R$ 76,349 milhões de janeiro a março, 174,1% maior ante um ano atrás. O Ebitda ajustado somou R$ 222,8 milhões, queda de 9,5% ano a ano.

Minerva (BEEF3, R$ 10,50, -0,66%)

A Minerva Foods reportou lucro líquido de R$ 2,5 milhões no primeiro trimestre de 2017, queda de 94,60% ante o mesmo período do ano passado, de R$ 46,3 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 197,6 milhões entre janeiro e março, um recuo de 21,5% ante igual trimestre do ano passado (R$ 251,6 milhões). A margem Ebitda passou de 10,8% para 9,2%, na mesma base de comparação.

A receita líquida da empresa totalizou R$ 2,141 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com queda de 8,4% em relação ao mesmo intervalo de 2016, quando a companhia havia reportado receita de R$ 2,337 bilhões.

De janeiro a março deste ano, a receita bruta obtida pela Minerva no mercado interno totalizou R$ 2,302 bilhões, valor que representa queda de 7% ante o resultado de R$ 2,475 bilhões registrado no primeiro trimestre de 2016. Segundo o diretor Financeiro da empresa, Edison Ticle, a depreciação do dólar ante o real, na comparação com o trimestre anterior, influenciou o resultado (R$ 3,9 para R$ 3,15). Além disso, o preço médio dos produtos comercializados pelo Minerva no exterior e no mercado interno recuaram cerca de 10%. “Pode ser considerado um bom resultado dado o que aconteceu. Conseguimos manter a rentabilidade e lucratividade da companhia em um bom patamar”, afirmou. No exterior, a receita recuou 18,2%, para R$ 1,393 bilhão, de R$ 1,703 bilhão em igual período do ano passado.

Conforme destaca o Bradesco BBI, “como esperado, as vendas foram afetadas pela valorização do real e pelos efeitos do escândalo de carne, que levou à suspensão das exportações brasileiras de carne para as principais regiões importadoras”.

Marcopolo (POMO4, R$ 2,80, +8,95%)
As ações da Marcopolo dispararam apesar de balanço fraco no 1° trimestre. Embora sem brilho, analistas do Itaú BBA ressaltaram que o resultado veio melhor do que o esperado no 1° trimestre. Segundo eles, as operações internacionais mostraram forte resiliência apesar de uma relação cambial desfavorável. A recomendação market perform (desempenho em linha com a média) para a ação foi mantida, com preço-alvo de R$ 3,30.

A “magia” da baixa expectativa: como um resultado tão fraco leva uma ação a subir até 9% na bolsa?

O Credit Suisse comentou que os números foram marginalmente positivos. Os dados de lucro e margem Ebitda (0.1%) vieram abaixo do consenso, mas ao ajustar o Ebitda aos itens não-recorrentes, a margem ajustada seria de 5.1%, que é significativamente acima do consenso (2.8%). Do lado negativo, os analistas destacam o mercado doméstico ainda fraco e a contribuição negativa da consolidação da Neobus.

 Por sua vez, o Bradesco BBI disse que os resultados vieram fracos e abaixo das estimativas, com menos receita provenientes do mercado doméstico. Os analistas citam também que a empresa não mostrou melhora no caso da Neobus. Enquanto isso, o Safra disse que os dados fracos foram impulsionados pela baixa diluição de custos fixos e pelo impacto negativo da redução da capacidade. Os analistas do banco mantiveram recomendação underperform (desempenho abaixo da média) para a ação, com preço-alvo em R$ 3,10.

No primeiro trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 123 mil, queda de 98% em relação ao mesmo período de 2016. Segundo a empresa, o resultado foi impactado pela constituição de provisões decorrentes de reestruturação interna da empresa. Já a receita líquida, na mesma base de comparação, cresceu 29,5%, passando de R$ 428,3 milhões para R$ 554,6 milhões, em reflexo do maior faturamento nas exportações e o crescimento de volumes na operação localizada no México. A receita no Brasil caiu 22,5%, para R$ 149,8 milhões, o faturamento com exportação subiu 107%, para R$ 203,8 milhões, e a receita no exterior cresceu 46,3%, para R$ 201 milhões.

Ecorodovias (ECOR3, R$ 9,94, +6,20%)
As ações da Ecorodovias figuraram como a segunda maior alta do Ibovespa nesta sessão, após divulgação do balanço do 1° trimestre. Os papéis do seu par na bolsa – a CCR (CCRO3, R$ 18,00, +2,86%) – subiram na esteira do otimismo do mercado.

Reajuste nas tarifas de pedágios ajudou a EcoRodovias a ter um salto de 43% no lucro líquido do primeiro trimestre, uma vez que o tráfego nas rodovias administradas pela companhia ficou quase estável na comparação anual. A operadora de concessões de infraestrutura informou que seu lucro comparável de janeiro a março somou R$ 98 milhões, alta de 42,7% sobre um ano antes.

Já o resultado medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) proforma avançou de 10,7% ano a ano, a R$ 442,7 milhões. A margem Ebitda ficou estável em 66,8%. O volume de tráfego consolidado das rodovias sob concessão da EcoRodovias no período foi 0,6% maior do que em igual período do ano passado.

Mas a receita líquida da empresa na base proforma subiu 10,7%, a R$ 662,7 milhões, impulsionada pelo aumento de 9% da tarifa média consolidada por veículo, “devido principalmente à aplicação dos reajustes tarifários nas concessões rodoviárias”, explicou a EcoRodovias no balanço. O custo caixa consolidado, excluindo os itens não recorrentes, totalizou R$ 174,9 milhões, redução de 1,8%.

O Bradesco BBI aponta que houve uma “sólida combinação de bons números de tráfego e disciplina de custos”, enquanto o Itaú BBA espera reação positiva a resultados “sólidos e em linha”. O Safra: aponta que os números foram positivos, “impulsionados pela recuperação melhor do que a esperada do tráfego e pela estrutura de custos mais eficiente”.

Comgás (CGAS5, R$ 48,10, -1,74%)

A Comgás registrou lucro líquido de R$ 103,6 milhões no primeiro trimestre de 2017, uma queda de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido normalizado, que, segundo a própria Comgás, inclui as variações da conta corrente regulatória e reflete de forma mais adequada o resultado econômico da companhia, somou R$ 143,9 milhões, alta de 54,3%.

Já a receita líquida caiu 21,5%, para R$ 1,146 bilhão, na mesma base de comparação, ao passo que o Ebitda somou R$ 313,4 milhões, queda de 39,8%. O consumo de gás no trimestre, por outro lado, registrou alta de 3,5%, para 1.008 milhões de metros cúbicos.

Guararapes (GUAR3, R$ 96,50, +0,73%)

A Guararapes adiou a divulgação de dados do primeiro trimestre de 8 de maio para
15 de maio, após o fechamento do mercado; a teleconferência foi adiada de 9 de maio para 16 de maio, às 11h.

Kroton (KROT3, R$ 15,49, +1,57%)

De acordo com a coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, os concorrentes estão de olho em ativos da Kroton. O grupo deverá ter de se desfazer de faculdades e cursos de ensino à distância em troca de aprovação de fusão com Estácio; ideia é vender ‘pacote’ de ativos. 

Segundo a coluna Broadcast apurou, pelo menos seis empresas já teriam procurado a Kroton para obter detalhes sobre o andamento das negociações com o órgão de defesa da concorrência. Todas essas companhias querem saber exatamente quais são as instituições que as empresas estão dispostas a vender para solucionar os problemas de concentração no mercado de ensino superior identificados pela Superintendência-Geral do Cade, que deu parecer contra a fusão.

Papel e celulose
As ações do setor de papel e celulose – Fibria (FIBR3, R$ 29,70, +1,86%), Suzano (SUZB5, R$ 13,40, +1,75%) e Klabin (KLBN11, R$ 16,20, +0,06%) – subiram nesta sessão, impulsionadas pelos dados semanais da consultoria Foex, que mostraram forte aumento nos preços da celulose tanto na China (+2,75%, para US$ 627,8 a tonelada) quanto na Europa (+1,51%, a US$ 773,4 a tonelada). Essa foi a 17ª semana consecutiva que ambas as regiões apresentam altas nos preços. Segundo o Credit Suisse, essa tendência deve dar espaço para as empresas apresentarem novos aumentos de preços. No setor, os analistas do banco reforçaram preferência pela Suzano. 

Ainda no radar, a Fibria e o BNDES firmaram em 02 de maio de 2017 um contrato de financiamento mediante abertura de limite de crédito rotativo no valor total de R$ 1,3 bilhão, informou a companhia de papel e celulose nesta segunda. A empresa informou que os recursos podem ser usados para oito fins diferentes:

I) implantação, ampliação e modernização de ativos fixos; II) aquisição de máquinas e equipamentos novos; III) estudos e projetos de engenharia relacionados à implantação e ampliação de ativos fixos; IV) implantação de projetos de Qualidade e Produtividade, Pesquisa e Desenvolvimento, Capacitação Técnica e Gerencial, Atualização Tecnológica e Tecnologia da Informação; V) capital de giro associado exclusivamente a investimentos para implantação ou ampliação de ativos fixos; VI) projetos e programas de investimentos sociais; VII) investimentos ambientais; e VIII) investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

CPFL Energia (CPFE3, R$ 25,99,  +0,04%)

De acordo com a coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, a CPFL Energia analisa uma captação externa que pode acontecer já nos próximos meses. A companhia, recém adquirida pela chinesa State Grid, avalia suas opções de refinanciamento para se adiantar às necessidades de amortizações no ano que vem e em 2019, quando vencerão compromissos que somam mais de R$ 10 bilhões. Outra empresa do setor de energia, a Cemig GT, encerrou o roadshow para sua estreia no mercado de dívida estrangeiro na última sexta-feira. A JSL também deve captar no exterior, informa a coluna. 

Localiza (RENT3, R$ 46,60, +0,26%) 
A Localiza comunicou a aprovação da bonificação de ações, a razão de 5%, que corresponderá à emissão de 10.589.670 novas ações ordinárias, sendo 1 nova ação ordinária para cada 20 ações ordinárias possuídas pelo acionista, com custo unitário atribuído de R$ 49,42.

A bonificação ocorrerá para os acionistas que tinham papéis da companhia no dia 2 de maio deste ano, com os papéis ficando ex-bonificação a partir do dia 3. A companhia ressaltou ainda que “as ações mantidas em tesouraria, bem como os programas de opção de compra de ações serão ajustados na mesma proporção”.

T4F (SHOW3, R$ 7,07, +5,84%)

A T4F aprovou a recompra de até 2 milhões de ações ordinárias por um período de 18 meses. 

Sabesp (SBSP3, R$ 30,50, +3,18%)
A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating em escala nacional da Sabesp “AA-(bra)” para “AA(bra)”. A nota em escala global foi mantida em “BB”, com perspectiva estável.

Segundo a agência, a elevação reflete a visão de que a Sabesp fortaleceu seu perfil de crédito dentro do nível “BB”, com base na expectativa de que a companhia vai manter forte fluxo de caixa operacional, estrutura de capital conservadora, posição de liquidez robusta e perfil de vencimento de dívidas administrável ao longo dos próximos quatro anos.

Construtoras

O Ministério das Cidades informou que realocará R$ 2,54 bilhões na linha Pró-Cotista FGTS, uma das mais vantajosas do mercado. Segundo o órgão, o ato será publicado nesta terça-feira, 9, no Diário Oficial da União (DOU). Com a injeção de recursos, a linha terá neste ano um total de R$ 7,54 bilhões para serem emprestados.

A linha Pró-Cotista só pode ser acessada por trabalhadores com pelo menos três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles precisam estar trabalhando ou ter saldo na conta do FGTS de pelo menos 10% do valor do imóvel. A linha financia a compra de imóveis de até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e de até R$ 800 mil nos outros Estados. É a linha de empréstimo habitacional mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida. A taxa de juro para não correntistas do banco é de 8,61% ao ano. Já no financiamento com recursos da poupança, a taxa é de 10,49% ao ano.

O novo aporte do FGTS foi pedido pelo agente operador do fundo, a Caixa Econômica Federal. Dos R$ 5 bilhões que estavam previstos, R$ 4,2 bilhões já tinham sido desembolsados. O restante, segundo a Caixa, só era suficiente para atender as propostas de financiamento que já tinham sido recebidas pelo banco. Por isso, a Caixa tinha suspendido novas contratações.

A proposta da Caixa é que o dinheiro do FGTS seja redistribuído em outras linhas que usam recursos do fundo, como a carta de crédito individual, carta de crédito associativo e o programa Minha Casa Minha Vida.

Os imóveis novos têm prioridade na utilização dos recursos. Obrigatoriamente, 60% devem ser destinados para este fim. O ministério afirma que, de acordo com metodologia elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, estima a geração ou manutenção de cerca de 165 mil postos de trabalho com a nova injeção de recursos na linha.