Fim da ação contra venda da BR Distribuidora, financiamento da Fibria e resultados agitam a noite

Confira as principais notícias do radar corporativo da noite desta segunda-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo da noite desta segunda-feira (8) é bastante agitado, com destaque para o fim da ação que suspendia a venda da BR Distribuidora pela Petrobras, além do resultados de Marcopolo e Ecorodovias. Chama atenção ainda a bonificação da Localiza e financiamento da Fibria. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Justiça Federal de Sergipe atendeu a pedido da Petrobras e extinguiu, sem julgamento de mérito, uma ação popular que buscava suspender o processo de venda da subsidiária de combustíveis da petroleira, BR Distribuidora, informou a companhia em comunicado ao mercado nesta segunda-feira.

O pedido de extinção da ação, segundo a Petrobras, foi feito com base na decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que autorizou a continuidade do programa desinvestimentos da companhia, determinando que seja aplicada uma sistemática revisada aos projetos de desinvestimentos.

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Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 123 mil, o que representa uma queda de 98% em relação ao mesmo período de 2016. Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela constituição de provisões decorrentes de reestruturação interna da empresa.

Já a receita líquida, na mesma base de comparação, cresceu 29,5%, passando de R$ 428,3 milhões para R$ 554,6 milhões, em reflexo do maior faturamento nas exportações e o crescimento de volumes na operação localizada no México. A receita no Brasil caiu 22,5%, para R$ 149,8 milhões, o faturamento com exportação subiu 107%, para R$ 203,8 milhões, e a receita no exterior cresceu 46,3%, para R$ 201 milhões.

Ecorodovias (ECOR3)
Reajuste nas tarifas de pedágios ajudou a EcoRodovias a ter um salto de 43% no lucro líquido do primeiro trimestre, uma vez que o tráfego nas rodovias administradas pela companhia ficou quase estável na comparação anual. A operadora de concessões de infraestrutura informou que seu lucro comparável de janeiro a março somou R$ 98 milhões, alta de 42,7% sobre um ano antes.

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Já o resultado medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) proforma avançou de 10,7% ano a ano, a R$ 442,7 milhões. A margem Ebitda ficou estável em 66,8%. O volume de tráfego consolidado das rodovias sob concessão da EcoRodovias no período foi 0,6% maior do que em igual período do ano passado.

Mas a receita líquida da empresa na base proforma subiu 10,7%, a R$ 662,7 milhões, impulsionada pelo aumento de 9% da tarifa média consolidada por veículo, “devido principalmente à aplicação dos reajustes tarifários nas concessões rodoviárias”, explicou a EcoRodovias no balanço. O custo caixa consolidado, excluindo os itens não recorrentes, totalizou R$ 174,9 milhões, redução de 1,8%.

Fibria (FIBR3)
A Fibria e o BNDEs firmaram em 02 de maio de 2017 um contrato de financiamento mediante abertura de limite de crédito rotativo no valor total de R$ 1,3 bilhão, informou a companhia de papel e celulose nesta segunda. A empresa informou que os recursos podem ser usados para oito fins diferentes:

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I) implantação, ampliação e modernização de ativos fixos; II) aquisição de máquinas e equipamentos novos; III) estudos e projetos de engenharia relacionados à implantação e ampliação de ativos fixos; IV) implantação de projetos de Qualidade e Produtividade, Pesquisa e Desenvolvimento, Capacitação Técnica e Gerencial, Atualização Tecnológica e Tecnologia da Informação; V) capital de giro associado exclusivamente a investimentos para implantação ou ampliação de ativos fixos; VI) projetos e programas de investimentos sociais; VII) investimentos ambientais; e VIII) investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Localiza (RENT3)
A Localiza comunicou a aprovação da bonificação de ações, a razão de 5%, que corresponderá à emissão de 10.589.670 novas ações ordinárias, sendo 1 nova ação ordinária para cada 20 ações ordinárias possuídas pelo acionista, com custo unitário atribuído de R$ 49,42.

A bonificação ocorrerá para os acionistas que tinham papéis da companhia no dia 2 de maio deste ano, com os papéis ficando ex-bonificação a partir do dia 3. A companhia ressaltou ainda que “as ações mantidas em tesouraria, bem como os programas de opção de compra de ações serão ajustados na mesma proporção”.

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Comgás (CGAS5)
A Comgás registrou lucro líquido de R$ 103,6 milhões no primeiro trimestre de 2017, uma queda de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido normalizado, que, segundo a própria Comgás, inclui as variações da conta corrente regulatória e reflete de forma mais adequada o resultado econômico da companhia, somou R$ 143,9 milhões, alta de 54,3%.

Já a receita líquida caiu 21,5%, para R$ 1,146 bilhão, na mesma base de comparação, ao passo que o Ebitda somou R$ 313,4 milhões, queda de 39,8%. O consumo de gás no trimestre, por outro lado, registrou alta de 3,5%, para 1.008 milhões de metros cúbicos.

Sabesp (SBSP3)
A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating em escala nacional da Sabesp “AA-(bra)” para “AA(bra)”. A nota em escala global foi mantida em “BB”, com perspectiva estável.

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Segundo a agência, a elevação reflete a visão de que a Sabesp fortaleceu seu perfil de crédito dentro do nível “BB”, com base na expectativa de que a companhia vai manter forte fluxo de caixa operacional, estrutura de capital conservadora, posição de liquidez robusta e perfil de vencimento de dívidas administrável ao longo dos próximos quatro anos.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.