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SÃO PAULO – A volta do feriado é bastante movimentada no mercado corporativo, com destaque para a fala de Pedro Parente, a dança da cadeira em 3 empresas e o resultado de Embraer, Porto Seguro e Hypermarcas. Confira os destaques desta terça-feira, volta do feriado:
Petrobras (PETR3; PETR4)
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse na segunda-feira (1) que a empresa vai anunciar “muito em breve” um novo programa de venda de ativos. Segundo ele, a estatal tem lista com cerca de 40 ativos, avaliados em cerca de US$ 40 bilhões, para poder atingir a meta de US$ 21 bilhões em desinvestimentos e parcerias em 2017 e 2018. “Muito breve, mas é muito em breve mesmo, a empresa vai relançar o programa a todo vapor”, disse o CEO da estatal em entrevista concedida à Bloomberg nesta segunda-feira (1), em Houston. De acordo com o executivo, os ativos serão postos à venda aos poucos, dependendo da maturidade do processo, mas que os primeiros já começarão a ser anunciados em semanas. Segundo ele, os ativos são mais ou menos os mesmos, mas agora também entrará a área de refino. A previsão de desinvestimento em refino estava prevista no plano de negócios, mas ainda não havia avançado na prática. “Refino é importante para a Petrobras. Mas acreditamos que não é bom para a empresa nem para o país concentrar 100% do refino na mão de uma única empresa”, disse. Segundo ele, a Petrobras pode ficar de fora de novas refinarias que venham a ser construídas no Brasil. Parente comentou ainda que a Petrobras mantém os planos de buscar um parceiro para a BR Distribuidora, mas não descarta também a possibilidade de fazer um IPO (Initial Public Offering) da empresa. No caso de parceria, ele assumiria o controle de 51% do capital da BR Distribuidora e a Petrobras teria maioria do capital total. “Isso é o que está posto. A Petrobras sempre pode rever (o modelo), mas não está sendo revisto no momento”, comentou. Segundo ele, a distribuidora só volta a ser negociada depois de resolvida a liminar de juiz de primeira instância que suspendeu a negociação. A Braskem também faz parte da lista dos ativos para venda, mas o executivo disse que antes de voltar ao mercado o ativo precisa de uma solução para o entrave relacionado ao acordo de acionistas. Hypermarcas (HYPE3) Ao longo de 2016 e no início de 2017, a companhia anunciou a venda de seu negócio de cosméticos para a Coty, por R$ 3,8 bilhões; da divisão de preservativos para a Reckitt Benckiser, por R$ 675 milhões; e de sua área de produtos descartáveis ao Ontex Group, por R$ 1 bilhão. Já a receita líquida subiu em 12,2% no período, para R$ 927,9 milhões, acima das estimativas de R$ 911,3 milhões compiladas pela Bloomberg. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas foi de R$ 349,4 milhões, crescimento de 38% na comparação anual, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) passou de 37,5% um ano antes para 37,7%. De acordo com o Bradesco BBI, o resultado foi “robusto”; “no entanto, o bom desempenho no primeiro trimestre não significa necessariamente que a empresa consiga superar seu próprio guidance”. Embraer (EMBR3)
A fabricante brasileira de aeronaves Embraer teve lucro líquido de 134,9 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 65% ante os 385,7 milhões de reais apurados no mesmo período de 2016. A empresa apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 299,8 milhões de reais entre janeiro e março de 2017, ante 612,2 milhões de reais um ano atrás. Segundo o BTG Pactual, o resultado foi fraco, com números reportados abaixo das estimativas já conservadoras do banco, principalmente culpa do opex mais pesado. A receita líquida reportada foi de US$ 1.02 bilhão (3% acima), enquanto o EBIT ajustado foi de US$31 milhões (45% abaixo do esperado pelo BTG), enquanto a margem EBIT ajustada de 3% foi abaixo do esperado. “Embora tenha sido um trimestre fraco (o que é sazonalmente comum), o guidance para 2017 foi reiterado (em linha com o esperado), o que naturalmente é uma notícia positiva”, avaliam os analistas. Porto Seguro (PSSA3)
A Porto Seguro registrou lucro líquido de R$ 216 milhões no primeiro trimestre, queda de 10% na base anual, enquanto o ROAE foi de 13,8% no primeiro trimestre, queda de 3 pontos percentuais. O resultado financeiro total foi de R$ 306 milhões no primeiro trimestre, queda de 13% na base anual. CSN (CSNA3) Oi (OIBR4)
Segundo afirmou ao Valor Econômico Marco Schroeder, CEO da Oi, a medida provisória anunciada na semana passada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que vai permitir à Oi negociar cerca de R$ 15 bilhões em passivos com órgãos públicos terá um efeito positivo nas conversações da operadora com outros credores. Desenhada pelo governo para viabilizar a intervenção em empresas em dificuldades, a MP é vista pelo executivo como um avanço na solução do impasse administrativo e judicial gerado, principalmente, pela cobrança de multas administrativas aplicadas pela Anatel. Pão de Açúcar (PCAR4)
Também ao Valor, o presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, afirmou que o grupo fará ajustes nas redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra neste ano, que precisam recuperar ritmo de crescimento. Nas próximas semanas, o GPA deve aprovar um investimento para reformar as lojas dos supermercados Pão de Açúcar (são 185 hoje), considerado o negócio com a maior rentabilidade do grupo. “Nós priorizamos o hipermercado [Extra] nos últimos tempos. No plano aprovado para este ano fizemos um diagnóstico de Extra [supermercado] e Pão de Açúcar com medidas que devem ser tomadas nessas redes”, disse ele ao jornal. Cemig (CMIG4) Tenda
A construtora Tenda, o braço de baixa renda da Gafisa, informou que solicitará a migração da companhia para o Novo Mercado, segmento máximo de listagem da B3. Conforme já anunciado dia 24 de abril, as ações de emissão da companhia passarão a ser negociadas no segmento básico da bolsa a partir do dia 4 de maio. Ainda no radar da empresa, a companhia teve a sua cobertura iniciada pelo Bradesco BBI com recomendação outperform. Paranapanema (PMAM3) Dança das cadeiras
Pedro de Moraes Borba foi eleito o novo presidente da CCX, enquanto a OSX nomeou Bruna Born como nova presidente e diretora de RI. Já na Gafisa, o presidente Sandro Gamba será diretor financeiro interino, André Bergstein deixa a diretoria financeira e de RI. Hermes Pardini (PARD3)
A Hermes Pardini aprovou dividendo de R$ 1,21 por ação ordinária. Os dividendos de R$ 154,5 milhões serão pagos até 27 de junho. (Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)
Dando continuidade à temporada de balanços corporativos, a Hypermarcas, uma das maiores farmacêuticas brasileiras, registrou lucro líquido de R$ 183,5 milhões no 1° trimestre, queda de 81,8% na comparação com o mesmo período de 2016. O resultado foi influenciado pelo desempenho de operações classificadas como “descontinuadas” pela empresa. Considerando apenas as operações continuadas, o lucro líquido atingiu R$ 252,3 milhões de janeiro a março, com crescimento de 114% na mesma base de comparação.
Já o índice combinado de seguros foi de 99,1% (alta 0,2 p.p.). O resultado foi impactado pelo cenário recessivo e pela queda na taxa de juros. Contudo, já vemos sinais de recuperação na economia, com a inflação controlada e melhoria nos indicadores de confiança do País”, diz a companhia.
A CSN informou na quinta-feira que, em razão da greve geral que paralisou os meios de transporte e vias públicas, não conseguiu quórum legal mínima para instalação de Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária convocada para aquela data. Em decorrência desse motivo, a companhia disse que a assembleia será convocada novamente em até 15 dias.
A Cemig pediu à SEC (Securities and Exchange Commission) a extensão do prazo para entregar o 20-F até o dia 16 de maio, em função da não conclusão dos trabalhos de elaboração do formulário. Em comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Cemig disse ainda que manterá os seus acionistas e o mercado devidamente informados sobre atualizações relacionadas ao tema.
A Paranapanema comunicou que vai adiar o pagamento dos dividendos para até o dia 31 de dezembro de 2019, com atualização monetária pelo IGP-M, a partir de 24 de junho de 2016 até a efetiva quitação, com base no Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos acionistas da empresa em assembleia geral extraordinária realizada hoje.