Vale lucra 25% mais e Bradesco tem lucro de R$ 4,65 bi; mais 9 balanços e outras notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (27)

Lara Rizério

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo tem como grande destaque nesta quinta-feira (27) a intensificação da temporada de balanços, com destaque para Vale e Bradesco. Além das empresas que reportaram os balanços do 1° trimestre, destaque ainda para a Petrobras, que anunciou a data para divulgação dos seus números e a notícia da CSN, que retomou as exportações de minério de ferro, mas utilizando o Porto do Sudeste, enquanto tenta reparar estragos causados por acidente em equipamento em seu porto próprio, segundo uma fonte disse à Reuters. O Estadão, por sua vez, informa que  a Caixa avalia comprar fatia do BTG no Banco Pan. Confira os destaques:

Veja abaixo o que foi destaque:

Vale (VALE3;VALE5)
A Vale divulgou resultado do primeiro trimestre de 2017, registrando alta do lucro líquido de 25% na comparação com os primeiros três meses do ano passado, passando de R$ 6,311 bilhões para R$ 7,981 bilhões, com a ajuda de uma maior produção de minério de ferro, informou a companhia nesta quinta-feira. Em dólares, o lucro foi de US$ 2,49 bilhões ante lucro de US$ 1,78 bilhão em 2016, levemente abaixo das projeções compiladas pelo InfoMoney, de US$ 2,63 bilhões (veja mais clicando aqui).  

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu para R$ 13,523 bilhões, alta de 82,5% em relação aos R$ 7,41 bilhões registrados um ano antes. Em dólares, o Ebitda ajustado foi de US$ 4,31 bilhões, levemente acima das projeções compiladas pelo InfoMoney. A  margem Ebitda ajustada foi de 50,6%, alta de 14,3 pontos percentuais ante os 36,3% registrados na comparação anual.

A receita líquida somou  R$ 26,742 bilhões no período, 30% superior aos R$ 20,574 bilhões registrados no mesmo período de 2016, mas 12,8% frente o quarto trimestre de 2016. Em dólares, a receita líquida subiu 59,2%, a US$ 8,52 bilhões, em linha com as estimativas compiladas pelo InfoMoney, mas abaixo das estimativas compiladas pela Bloomberg, de US$ 9,06 bilhões. Segundo a Vale, a receita foi “impactada negativamente pelo menor volume sazonal de vendas de Ferrosos (US$ 1,271 bilhão) e por paradas para manutenções programadas e interrupções operacionais no segmento de Metais Básicos (US$ 203
milhões)”. 

Já a dívida líquida foi para US$ 22,8 bilhões, ante US$ 27,7 bilhões nos três primeiros meses do ano anterior. Confira mais clicando aqui. De acordo com o Itaú BBA, os resultados foram em linha, em meio à sazonalidade mais fraca, mas com melhora dos preços. 

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O Bradesco BBI apontou que o resultado foi em linha com as estimativas, com os embarques de minério de ferro mais baixos do que o esperado em meio à formação de estoques para blending, “provavelmente uma estratégia comercial relacionada aos prêmios
de minério de ferro”.  Volumes de minério de ferro/ferrosos sazonalmente mais
baixos na base trimestres, mas maiores na base anual em meio ao crescimento de nova produção. Já o Custo caixa FOB de US$ 14,7 a tonelada foi menor do que o esperado,
mas ainda pressionado. As taxas de frete subiram 8% na base trimestral, acima da estimativa, devido a maiores taxas de frete local e preços de combustível de navegação. O banco não vê resultados como principal driver e mantém recomendação neutra. 

Bradesco (BBDC4)

O Bradesco teve lucro líquido ajustado de 4,648 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 13 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, ajudado pelo aumento das receitas com prestação de serviços e pela redução de despesas com provisões de inadimplência.

O segundo maior banco privado do país apurou retorno sobre patrimônio líquido médio ajustado (ROE) de 18,3 por cento no trimestre, ante 17,5 por cento um ano antes. A carteira de crédito expandida do Bradesco atingiu 502,7 bilhões no fim de março, alta de 8,5 por cento em 12 meses. De acordo com o BTG Pactual, o resultado foi melhor do que o esperado, destacando que o lucro por ação foi 5% maior que o consenso e, ainda mais importante, que as métricas qualitativas aumentaram consideravelmente. “Apesar da margem financeira menor, o desempenho melhor das despesas e a qualidade dos ativos nos leva a acreditar que há um risco de alta para o guidance do banco”.

Klabin (KLBN11)

O lucro líquido do Klabin caiu 44%, para R$ 602 milhões no primeiro trimestre de 2017, enquanto a receita líquida somou R$ 1,87 bilhão, em linha com a estimativa de analistas compilada pela Bloomberg de R$ 1,9 bilhão. 

“Para a Klabin, neste primeiro trimestre de 2017 vale ressaltar o aumento de 13% no volume de vendas de produtos de conversão, reflexo não só das duas recentes aquisições no mercado de papelão ondulado, mas também pelo bom desempenho da Klabin neste segmento e pelo consistente aumento de vendas de sacos industriais ao mercado externo”, diz a companhia no comunicado.

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que divulgará o seu resultado do 1º trimestre de 2017 no dia 11 de maio, uma quinta-feira, após o fechamento do mercado, segundo comunicado da estatal divulgado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários ). Com isso, a companhia informa que estará em período de silêncio de 27 de abril a 11 de maio, durante o qual a empresa estará impossibilitada de comentar ou prestar esclarecimentos relacionados aos seus resultados financeiros e perspectivas.  

A companhia ainda fará Assembleia Geral Ordinária nesta quinta-feira, 15h00, no Rio de Janeiro. Já Assembleia Geral Extraordinária realizada na quarta-feira aprovou celebrar acordo com a Baixada Santista Energia, subsidiária da Petrobras, disse a EMAE em fato
relevante. O acordo envolve revisão do modelo de negócio de arrendamento da UTE Piratininga e a indenização de R$ 180 milhões deve ser paga em 6 parcelas semestrais corrigidas pelo IGP-M. O acordo prevê ainda contrato de locação do terreno da Usina
Fernando Gasparian para a Petrobras por 14 anos por R$ 1,5 milhão por semestre, corrigido pelo IPCA.

Por fim, a Presidência aprovou a resolução do CNPE que recomenda à ANP analisar a prorrogação da Fase de Exploração dos Contratos de Blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural da 12ª Rodada. A resolução prevê que as companhias . interessadas em continuar os trabalhos exploratórios assumidos, mesmo que estejam atrasados em relação ao cronograma inicial, devem ter permissão para tal.

Natura (NATU3)
A fabricante de cosméticos Natura divulgou lucro líquido consolidado de R$ 189 milhões para o 1° trimestre de 2017, influenciado por efeitos tributários não recorrentes e queda nas despesas financeiras, revertendo prejuízo de R$ 69 milhões um ano antes. Os primeiros três meses do ano também foram marcados por alta de 2,3% na receita líquida consolidada, para R$ 1,7 bilhão, com a receita nas operações no Brasil subindo 3,3% e a das operações internacionais avançando 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No caso do lucro líquido, o resultado deveu-se a efeitos não recorrentes de R$ 160,8 milhões, além de menores despesas financeiras líquidas, excluindo os efeitos não recorrentes, que recuaram para R$ 101,4 milhões no primeiro trimestre ante R$ 217,8 milhões um ano antes.

De acordo com a companhia, os resultados foram impactados por efeitos não recorrentes no Brasil, notadamente a reversão de provisão de PIS e Cofins a pagar (inclusão de ICMS na base do PIS e da Cofins) e a constituição de provisões para novas obrigações tributárias.

O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado subiu 68% na mesma base de comparação, para R$ 364,6 milhões. Excluindo efeitos não recorrentes, porém, teria sido de R$ 209,8 milhões, 3,3% menor do que no primeiro trimestre de 2016, predominantemente pelos impactos tributários e maior investimento em marketing no Brasil.

Para o analista do Santander Brasil João Mamede, a Natura divulgou números fracos, com performance operacional no Brasil ainda sob pressão. “A dinâmica segue difícil apesar da pequena melhora no Brasil”, disse em nota a clientes. 

O resultado também veio abaixo do esperado pelo BTG, depois de excluídos alguns one-offs. O volume caiu 12% no Brasil e número de consultoras caiu 1%, refletindo 8% de crescimento de produtividade das consultoras no período. “O resultado do Brasil segue fraco, o que levou a participação de mercado a cair 60 pontos-base na comparação anual, para 10.8%”, apontam os analistas, que seguem com recomendação neutra para a ação. 

Estácio (ESTC3)
A Estácio registrou queda de 5,2% no lucro líquido do primeiro trimestre, em relação a igual período de 2016, totalizando R$ 121,8 milhões. A queda foi atribuída aos impactos financeiros. A despesa financeira da companhia subiu 160% no período, para R$ 31 milhões. 

A receita líquida somou R$ 819 milhões no trimestre, crescimento de 3,3%, apesar de a companhia ter registrado uma queda de 5,3% na sua base de alunos, causada principalmente pelas restrições do Fies (programa de financiamento estudantil do governo) e por uma política de captação voltada a atrair uma base de alunos mais saudável, segundo informações da empresa. 

O Bradesco BBI aponta que os resultados foram “consistentes com nova estratégia da companhia adotada no segundo semestre de focar na lucratividade”. Já o Safra destaca que os resultados foram “positivos em geral”, “impulsionados principalmente por iniciativas de
redução de custos tomadas no final do ano (ou seja, maior utilização de ferramentas online), levando a margem bruta a crescer 3,8 pp para 51,2%, apesar do FIES (menor participação e maiores descontos)”.

Localiza (RENT3)
A Localiza registrou lucro líquido de R$ 120,3 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 16,8% na comparação com o mesmo período de 2016, em um resultado recorde. O Ebitda da empresa avançou 14,9% no período, somando R$ 297 milhões, enquanto a receita líquida total alcançou R$ 1,34 bilhão, alta de 27,9%. 

O Bradesco BBI ressalta que os números globais da empresa vieram em linha com as estimativas do banco, mas consideravelmente acima do consenso; desempenho da empresa em aluguel de carros foi o destaque.

Duratex (DTEX3)
A Duratex reduziu o seu prejuízo líquido em 74,6% no primeiro trimestre de 2017 na comparação anual, para R$ 7,514 milhões. A receita líquida avançou 5,6% no período, para R$ 952 milhões. Já o Ebitda da companhia aumentou em 31,6%, para R$ 192,87 milhões. 

De acordo com o Santander, os resultados foram “ligeiramente inferiores às expectativas do banco e do consenso”; “acreditamos, no entanto, que um dado fraco do primeiro trimestre já era esperado pelo mercado”; “reação do preço da ação dependerá em grande parte da resposta aos aumentos de preços recentemente aplicados (alta de 8% a alta de 15% nos painéis de madeira e alta de 6% na Deca), que ainda não foram visíveis nos resultados do
primeiro trimestre”.

 

Multiplan (MULT3)
A empresa de shoppings Multiplan registrou lucro líquido de R$ 54,3 milhões nos primeiros três meses do ano, queda de 22,5% na comparação anual, enquanto a receita líquida se manteve estável, em R$ 278,7 milhões. 

As vendas nas mesmas lojas, que considera apenas as unidades abertas há mais de um ano, apresentaram crescimento de 3,2% no período, acima do 1,6% de aumento registrado em 2016. Já a margem Ebitda da empresa caiu de 71,3% um ano antes para 67,2% no 1° trimestre deste ano. 

O Safra ressalta que os resultados “mistos/neutros”, “chateando um pouco, mas mostrando melhorias nos indicadores operacionais”; “resultados ligeiramente mais fracos tendem a se recuperar dada a melhora dos indicadores”.

Via Varejo (VVAR11)
A Via Varejo anunciou que fechou o primeiro trimestre com lucro atribuído aos sócios de R$ 97 milhões, contra 9 milhões registrados no mesmo período de 2016. A receita líquida da companhia atingiu R$ 5,99 bilhões no período, em linha com as estimativas de R$ 6 bilhões. 

Já o Ebitda ficou em R$ 308 milhões no período, frente ao Ebitda negativo de R$ 55 milhões registrados no primeiro trimestre de 2016. A margem Ebitda da varejista saltou de -0,9% um ano antes para 5,1% nos três primeiros meses de 2017. 

Restoque (LLIS3)
A Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc, Dudalina, Bo.Bô, John John e Rosa Chá, conseguiu reduzir em 57% o prejuízo líquido do primeiro trimestre, na comparação anual, indo para R$ 10,2 milhões. Na mesma base de comparação, a receita da empresa cresceu 19,5%, passando de R$ 248,6 milhões para R$ 297,2 milhões.

O Ebitda somou R$ 64,2 milhões no trimestre, alta de 67,4%, com margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) de 21,6%, superior a registrada no mesmo período do ano passado, quando foi 15,4%.

Segundo o BTG, o resultado foi forte com vendas crescendo 19.5% na base anual ajudado por um crescimento das vendas nas mesmas lojas de 17.8% e expansão de 17.5% no canal multimarcas. John John foi o grande destaque (alta de 18%) seguido de Le Lis Blanc (alta de 20%) e Dudalina (alta de 37%) e Bo.Bô (alta de 8%). Além disso, fecharam 20 lojas que não estavam performando bem e anunciaram que não tem planos para aumentar a área de vendas no curto e médio prazo. Outros canais (outlets e e-commerce) levaram a uma expansão recorde de 44% na receita líquida, enquanto a melhora de margem foi de novo um destaque positivo (margem bruta chegou a 56.6% e margem ebitda em 21.6%), enquanto a despesa financeira segue pressionando o lucro líquido. “Não há dúvida que o resultado foi forte, mas alavancagem segue alta”, apontam os analistas do banco.

Odontoprev (ODPV3)
A Odontoprev reportou lucro líquido de R$ 69 milhões no primeiro trimestre, praticamente estável quando comparado ao mesmo período de 2016 – com leve variação positiva de 0,3%. A receita líquida da empresa somou R$ 351,5 milhões, crescimento de 6,6% na mesma base de comparação. O Ebitda chegou a R$ 95,6 milhões, queda de 2,9%, enquanto o Ebitda ajustado – que desconta provisões e inclui o Ebitda pro-forma da Brasildental – foi de R$ 90,3 milhões, alta de 2,9% em base anual. 

O Santander espera “alguma reação positiva” nas próximas sessões; resultados foram “ligeiramente superiores às nossas estimativas”; “no entanto, mantemos nossa
postura cautelosa em relação à empresa, devido à baixa visibilidade das perspectivas de crescimento de médio prazo para o segmento individual”.

BTG Pactual (BBTG11) e Banco Pan (BPAN3)

Segundo a Coluna do Estadão, os executivos da Caixa avaliam comprar a fatia do BTG Pactual no banco Panamericano caso a instituição não seja fortemente atingida pela Operação Conclave. A ação foi deflagrada na semana passada e investiga supostas irregularidades na compra pelo banco público de 40,35% da instituição que pertencia ao grupo Silvio Santos. Após a transação, descobriu-se um rombo de cerca de R$ 4 bilhões, cuja real situação financeira havia sido maquiada. Fontes do mercado ouvidas pelo jornal dizem que a compra de mais ações pela Caixa seria feita com ajuda do BNDES. A assessoria da Caixa informa que “não vai se pronunciar” sobre o assunto envolvendo o Panamericano. O BNDES não se manifestou ontem.

Cielo (CIEL3)

 A empresa de meios eletrônicos de pagamento Cielo informou nesta quinta-feira que obteve autorização do Banco Central para passar a observar regras aplicáveis aos bancos, podendo operar como instituição de pagamento credenciadora.

Com isso, a Cielo passará a estar sujeita à regulação específica e supervisão do Banco Central, informou a companhia por meio de fato relevante.

Usiminas (USIM5)
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) disse, em ofício divulgado ao mercado pela Usiminas, que não vê elementos para concluir que procedimento da Usiminas para substituir conselheiros tenha tido objetivo de prejudicar a acionista CSN. 

Nos casos de vacância de membros titulares do conselho de administração eleitos pelo processo de voto múltiplo, por outra razão que não a destituição pela assembleia geral, não há necessidade de se realizar nova eleição de todos os membros do conselho de administração eleitos pelo voto múltiplo, no caso de haver membro suplente eleito pelo acionista que elegeu o conselheiro titular, diz CVM no
ofício. 

CSN (CSNA3)
A CSN retomou as exportações de minério de ferro, mas está utilizando o Porto do Sudeste, controlado pelo grupo Mubadala, enquanto tenta reparar estragos causados por acidente em equipamento em seu porto próprio há quase duas semanas, disse uma fonte próxima da companhia à Reuters nesta quarta-feira.

“Está se usando o Porto do Sudeste para embarcar”, disse a fonte sem precisar quando as exportações foram retomadas. “Isso tem um custo, mas está blindado pelo seguro. Ele cobre e compensa. Está completamente blindado contra perda de produção e lucro cessante. O minério não vai deixar de ser embarcado”, acrescentou.

A fonte estimou que os embarques de minério pelo porto próprio da CSN em Itaguaí (RJ) poderá ocorrer a partir de maio. “É mais provável que seja no mês que vem.” Representantes da CSN não puderam comentar o assunto de imediato.

JBS (JBSS3)

Em julgamento na quarta-feira, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram responsabilidade de ex-diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre eles o ex-presidente da instituição, Luciano Coutinho, em suposto favorecimento da JBS S/A, dona das marcas Friboi e Seara, na compra do frigorífico americano Swift Foods, em 2007. Conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, auditoria da corte mostrou que os executivos participaram de irregularidades na aprovação de um aporte de US$ 750 milhões (R$ 2,3 bilhões, em valores atuais) para a aquisição da empresa estrangeira.

O investimento foi uma das operações do BNDESPar – braço do BNDES para a compra de participação em empresas -, feitas a título de capitalizar a JBS, dando apoio ao seu crescimento e internacionalização. Com o investimento, o banco público passou a ser sócio do grupo brasileiro. A estratégia foi amplamente adotada nos governos Lula e Dilma, com vistas à criação de “campeões nacionais” em alguns setores da economia.

A auditoria constatou que o BNDESPar pagou ágio de R$ 0,50 para cada uma das cerca de 139 milhões de ações, o que resultou em prejuízo de R$ 69,7 milhões ao País. De acordo com o documento, não cabia o pagamento do prêmio, pois não havia “quaisquer razões de cunho mercadológico” que justificassem “oferecer valor maior que o preço justo” para a transação. Durante a sessão, por unanimidade, os ministros determinaram a abertura de uma tomada de contas especial para aprofundar a investigação sobre essas perdas e cobrar eventual ressarcimento. Nesse processo, os ex-diretores e também servidores que participaram do negócio serão chamados a explicar essa e diversas outras irregularidades. Se, após apresentarem as defesas, o tribunal mantiver o entendimento de que houve favorecimento e prejuízo, os envolvidos podem ser condenados à devolução dos valores e ao pagamento de multas.

Para viabilizar a aquisição da Swift, o grupo brasileiro solicitou em maio de 2007 apoio de cerca de US$ 600 milhões do BNDESPar, mediante subscrição de ações. Em junho, após uma análise feita pelo banco, o valor do aporte a ser feito aumentou para US$ 750 milhões. Com a incorporação da gigante americana, a JBS se tornou à época a terceira maior empresa de carne bovina do mundo. A auditoria do TCU diz que os atos dos então dirigentes do BNDES atentaram contra regras do próprio banco e os princípios constitucionais da moralidade, da impessoalidade e da eficiência, além do deveres de diligência a serem observados em negócios públicos. Também sustenta que não foram avaliados adequadamente os riscos da operação, uma vez que a Swift estava em sérias dificuldades financeiras, e que não ficaram evidenciados os “benefícios econômico-sociais” para o Brasil.

O relatório diz que Coutinho e os demais diretores aprovaram o aporte por unanimidade, “sem justificativa plausível” para aumentar o valor inicial solicitado pela empresa. Além disso, sustenta que os executivos acataram, “sem embasamento em documentação apropriada e em avaliações econômico-financeiras”, estimativas de custos acessórios da operação que montavam a 10% do valor do aumento de capital proposto pela empresa brasileira. O resultado, segundo a auditoria, foi a realização de investimento “em valor não comprovadamente necessário para a operação, beneficiando a JBS, que passou a dispor de, pelo menos, US$ 235 milhões em caixa para utilizar como bem lhe conviesse”. Coutinho sustenta que o negócio seguiu parâmetros legais e de mercado. O BNDES ainda não se pronunciou.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp informou aos seus acionistas que, em 26 de abril de 2017, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP) publicou Comunicado em que altera o cronograma da etapa inicial da Revisão Tarifária da companhia, com o anúncio da revisão tarifária preliminar sendo adiada para 15 de maio.  A Tarifa Média Máxima Preliminar (“P0 Preliminar”) será divulgada até 30 de junho de 2017 e foi mantida a divulgação da Tarifa Média Máxima Final (“P0 Final”) até 10 de abril de 2018.  A nova tarifa deve ser implantada a partir de 30 de junho, um atraso de quatro dias versus a previsão inicial.

TIM Participações (TIMP3)

O Conselho de Administração da TIM aprovou e elegeu Mario Cesar Araujo para presidente do conselho da companhia. 

Magazine Luiza (MGLU3

O Magazine Luiza aprovou a emissão de R$ 200 milhões em notas promissórias.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado) 

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.