Natura reverte prejuízo em lucro de R$ 189 mi e mais 7 balanços; CSN retoma exportação de minério após acidente

Confira os destaques corporativos após o fechamento do pregão desta quarta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com 8 balanços sendo divulgados após o fechamento do pregão, o radar corporativo seguiu movimentado na noite desta quarta-feira. Além das empresas que reportaram os balanços do 1° trimestre, destaque ainda para a Petrobras, que anunciou a data para divulgação dos seus números e a notícia da CSN, que retomou as exportações de minério de ferro, mas utilizando o Porto do Sudeste, enquanto tenta reparar estragos causados por acidente em equipamento em seu porto próprio, segundo uma fonte disse à Reuters. 

Veja abaixo o que foi destaque:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que divulgará o seu resultado do 1º trimestre de 2017 no dia 11 de maio, uma quinta-feira, após o fechamento do mercado, segundo comunicado da estatal divulgado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários ) nesta quarta-feira (26). Com isso, a companhia informa que estará em período de silêncio de 27 de abril a 11 de maio, durante o qual a empresa estará impossibilitada de comentar ou prestar esclarecimentos relacionados aos seus resultados financeiros e perspectivas. 

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Natura (NATU3)
A fabricante de cosméticos Natura divulgou lucro líquido consolidado de R$ 189 milhões para o 1° trimestre de 2017, influenciado por efeitos tributários não recorrentes e queda nas despesas financeiras, revertendo prejuízo de R$ 69 milhões um ano antes. Os primeiros três meses do ano também foram marcados por alta de 2,3% na receita líquida consolidada, para R$ 1,7 bilhão, com a receita nas operações no Brasil subindo 3,3% e a das operações internacionais avançando 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No caso do lucro líquido, o resultado deveu-se a efeitos não recorrentes de R$ 160,8 milhões, além de menores despesas financeiras líquidas, excluindo os efeitos não recorrentes, que recuaram para R$ 101,4 milhões no primeiro trimestre ante R$ 217,8 milhões um ano antes.

De acordo com a companhia, os resultados foram impactados por efeitos não recorrentes no Brasil, notadamente a reversão de provisão de PIS e Cofins a pagar (inclusão de ICMS na base do PIS e da Cofins) e a constituição de provisões para novas obrigações tributárias.

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O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado subiu 68% na mesma base de comparação, para R$ 364,6 milhões. Excluindo efeitos não recorrentes, porém, teria sido de R$ 209,8 milhões, 3,3% menor do que no primeiro trimestre de 2016, predominantemente pelos impactos tributários e maior investimento em marketing no Brasil.

Para o analista do Santander Brasil João Mamede, a Natura divulgou números fracos, com performance operacional no Brasil ainda sob pressão. “A dinâmica segue difícil apesar da pequena melhora no Brasil”, disse em nota a clientes.

Estácio (ESTC3)
A Estácio registrou queda de 5,2% no lucro líquido do primeiro trimestre, em relação a igual período de 2016, totalizando R$ 121,8 milhões. A queda foi atribuída aos impactos financeiros. A despesa financeira da companhia subiu 160% no período, para R$ 31 milhões. 

A receita líquida somou R$ 819 milhões no trimestre, crescimento de 3,3%, apesar de a companhia ter registrado uma queda de 5,3% na sua base de alunos, causada principalmente pelas restrições do Fies (programa de financiamento estudantil do governo) e por uma política de captação voltada a atrair uma base de alunos mais saudável, segundo informações da empresa. 

Localiza (RENT3)
A Localiza registrou lucro líquido de R$ 120,3 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 16,8% na comparação com o mesmo período de 2016, em um resultado recorde. O Ebitda da empresa avançou 14,9% no período, somando R$ 297 milhões, enquanto a receita líquida total alcançou R$ 1,34 bilhão, alta de 27,9%. 

Duratex (DTEX3)
A Duratex reduziu o seu prejuízo líquido em 74,6% no primeiro trimestre de 2017 na comparação anual, para R$ 7,514 milhões. A receita líquida avançou 5,6% no período, para R$ 952 milhões. Já o Ebitda da companhia aumentou em 31,6%, para R$ 192,87 milhões. 

Multiplan (MULT3)
A empresa de shoppings Multiplan registrou lucro líquido de R$ 54,3 milhões nos primeiros três meses do ano, queda de 22,5% na comparação anual, enquanto a receita líquida se manteve estável, em R$ 278,7 milhões. 

As vendas nas mesmas lojas, que considera apenas as unidades abertas há mais de um ano, apresentaram crescimento de 3,2% no período, acima do 1,6% de aumento registrado em 2016. Já a margem Ebitda da empresa caiu de 71,3% um ano antes para 67,2% no 1° trimestre deste ano. 

Via Varejo (VVAR11)
A Via Varejo anunciou que fechou o primeiro trimestre com lucro atribuído aos sócios de R$ 97 milhões, contra 9 milhões registrados no mesmo período de 2016. A receita líquida da companhia atingiu R$ 5,99 bilhões no período, em linha com as estimativas de R$ 6 bilhões. 

Já o Ebitda ficou em R$ 308 milhões no período, frente ao Ebitda negativo de R$ 55 milhões registrados no primeiro trimestre de 2016. A margem Ebitda da varejista saltou de -0,9% um ano antes para 5,1% nos três primeiros meses de 2017. 

Restoque (LLIS3)
A Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc, Dudalina, Bo.Bô, John John e Rosa Chá, conseguiu reduzir em 57% o prejuízo líquido do primeiro trimestre, na comparação anual, indo para R$ 10,2 milhões. Na mesma base de comparação, a receita da empresa cresceu 19,5%, passando de R$ 248,6 milhões para R$ 297,2 milhões.

O Ebitda somou R$ 64,2 milhões no trimestre, alta de 67,4%, com margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) de 21,6%, superior a registrada no mesmo período do ano passado, quando foi 15,4%.

Odontoprev (ODPV3)
A Odontoprev reportou lucro líquido de R$ 69 milhões no primeiro trimestre, praticamente estável quando comparado ao mesmo período de 2016 – com leve variação positiva de 0,3%. A receita líquida da empresa somou R$ 351,5 milhões, crescimento de 6,6% na mesma base de comparação. O Ebitda chegou a R$ 95,6 milhões, queda de 2,9%, enquanto o Ebitda ajustado – que desconta provisões e inclui o Ebitda pro-forma da Brasildental – foi de R$ 90,3 milhões, alta de 2,9% em base anual. 

Usiminas (USIM5)
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) disse, em ofício divulgado ao mercado pela Usiminas, que não vê elementos para concluir que procedimento da Usiminas para substituir conselheiros tenha tido objetivo de prejudicar a acionista CSN. 

Nos casos de vacância de membros titulares do conselho de administração eleitos pelo processo de voto múltiplo, por outra razão que não a destituição pela assembleia geral, não há necessidade de se realizar nova eleição de todos os membros do conselho de administração eleitos pelo voto múltiplo, no caso de haver membro suplente eleito pelo acionista que elegeu o conselheiro titular, diz CVM no
ofício. 

CSN (CSNA3)
A CSN retomou as exportações de minério de ferro, mas está utilizando o Porto do Sudeste, controlado pelo grupo Mubadala, enquanto tenta reparar estragos causados por acidente em equipamento em seu porto próprio há quase duas semanas, disse uma fonte próxima da companhia à Reuters nesta quarta-feira.

“Está se usando o Porto do Sudeste para embarcar”, disse a fonte sem precisar quando as exportações foram retomadas. “Isso tem um custo, mas está blindado pelo seguro. Ele cobre e compensa. Está completamente blindado contra perda de produção e lucro cessante. O minério não vai deixar de ser embarcado”, acrescentou.

A fonte estimou que os embarques de minério pelo porto próprio da CSN em Itaguaí (RJ) poderá ocorrer a partir de maio. “É mais provável que seja no mês que vem.” Representantes da CSN não puderam comentar o assunto de imediato.