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SÃO PAULO – O governo do presidente Donald Trump lançou nesta quarta-feira (26) um grande corte de impostos que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, considerou como “o maior da história dos Estados Unidos”. Ele e o assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, detalharam o plano nesta tarde em reunião com repórteres na Casa Branca.
A reforma tributária propõe profundas reduções nos impostos corporativos e grandes mudanças no sistema de impostos para pessoas físicas para tentar revigorar a agenda econômica e legislativa do governo.
O projeto baseia, em grande parte nas propostas de reduções de impostos que Trump fez durante sua campanha presidencial em 2016, mas inclui também mudanças cruciais, como a revogação de uma disposição no código tributário que permite aos indivíduos deduzir os impostos estaduais e locais de acordo com suas declarações de renda – uma provisão que atingiria os altos salários em estados de elevada tributação, incluindo Nova York e Nova Jersey. As únicas deduções discriminadas que estão preservadas no plano são as taxas de hipotecas para casas e contribuições para caridades.
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O plano prevê o corte da taxa de impostos individuais de 39,6% para 35%, mas acima da taxa de 33% proposta em campanha. Também seria extinto um imposto de 3,8% sobre o rendimento líquido de investimento, que se aplica a indivíduos que ganham mais de US$ 200 mil por ano e eliminam o imposto de propriedade, que se aplica apenas para imóveis acima de US$ 5,49 milhões para uma pessoa e US$ 10,98 milhões para casais.
No caso das empresas, a proposta inclui um corte de impostos de 35% para 15%. A taxa irá se aplicar tanto às corporações quanto a pequenos negócios. Além disso, as companhias americanas passariam a dever pouco ou nenhum imposto sobre os lucros futuros obtidos no exterior.
O plano pretende ainda revogar a taxa mínima de imposto e o chamado “imposto da morte” (que incide sobre a transferência do patrimônio de pessoas mortas).
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Segundo Cohn, o governo planeja derrubar o “imposto da morte”, mas comentou que isso não será fácil e que será atacado por pessoas de ambos os lados do espectro político.
Cohn comentou ainda que, em 2017, o País ainda estava preso a um imposto corporativo de 1988, e que essa era uma das razões dos EUA serem menos desenvolvidos do outros países quando se trata de impostos corporativos.