Com Ambev e Vale, exercício de opções movimenta R$ 2,78 bilhões em abril

Deste montante, R$ 1,350 bilhão representaram opções de compra, enquanto os R$ 1,435 bilhão restantes foram de opções de venda

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O exercício de opções sobre ações movimentou nesta segunda-feira (17) R$ 2,786 bilhões na B3. Deste montante, R$ 1,350 bilhão representaram opções de compra, enquanto os R$ 1,435 bilhão restantes foram de opções de venda.

A Ambev (ABEV3) ficou com a primeira colocação, com o contrato de venda das ações a R$ 18,20 movimentando R$ 166,56 milhões. A Vale, por sua vez, ficou com duas colocações no ranking, a segunda e a quarta, que movimentaram R$ 148,75 milhões e R$ 137,46 milhões, respectivamente, sobre as opções de venda a R$ 29,86 e R$ 27,36.

Já a Petrobras apareceu na terceira colocação, com o contrato de compra das ações a R$ 14,00 movimentando R$ 148,40 milhões. O último ativo da lista foi o da própria B3 (BVMF3), que movimentou R$ 75,31 milhões com a opção de compra a R$ 18,32.

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Dados históricos dos vencimentos de opções:

Vencimento Opções de compra
(R$ milhões)
Opções de venda
(R$ milhões)
Total
(R$ milhões)
17/04/17 1.350 1.435 2.786
20/03/2017 1.777 1.323 3.100
20/02/2017 4.900 318,5 5.210
16/01/2017 2.773 223,7 2.990
19/12/2016 1.930 2.431 4.360
21/11/2016 3.280 971,1 3.280
17/10/2016 3.491 323,6 3.810
19/09/2016 1.728 545,9 2.270

15/08/2016

2.517 118,4 2.635,4
18/07/2016 2.433 166 2.599
20/06/2016 1.357 919 2.276
16/05/2016 1.219 859 2.078
18/04/2016 3.385 272 3.650
21/03/2016 3.315 481 3.790

Fonte: B3

O que é uma opção?

A opção é um derivativo negociado na Bolsa de Valores. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação; já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato. 

Existem dois tipos de opções: de compra (call) e de venda (put). Quando um investidor compra uma “call”, ele está adquirindo o direito de comprar uma determinada ação a um preço já estabelecido (que é preço de exercício, ou “strike”) até um dia de vencimento já firmado. Para o investidor que compra uma “put”, ele está adquirindo o direito de vender uma ação até um dia determinado a um valor já estabelecido.

Vencimento eleva volatilidade
A forte oscilação verificada em dias de vencimento de derivativos reflete a disputa entre “comprados” e “vendidos”. De modo geral, os “comprados” apostam na alta das ações, enquanto os “vendidos” visam o fraco desempenho dos papéis.
Neste cenário, os “comprados” tendem a adquirir grandes quantidades de ações, na tentativa de elevar seu preço, enquanto os “vendidos” promovem a venda dos papéis, com o intuito de derrubar as cotações.
Vale lembrar que esse movimento ganha força na medida em que as ações mais negociadas nos contratos de opções costumam carregar participação significativa no Ibovespa.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.