Novo nome da Raia Drogasil, investigação da Estácio e projeções da Petrobras agitam a noite

Confira as principais notícias corporativas da noite desta quarta-feira (12)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Enquanto o mercado acompanhava a decisão do Copom de cortar a Selic em 100 pontos-base, o noticiário corporativo continuou agitado, com destaque para novidades envolvendo a Petrobras, investigação da Estácio sobre atuação de CEO contra fusão com a Kroton e ainda a mudança de nome da Raia Drogasil. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras prevê a geração de R$ 31 bilhões em receitas para a União com a produção da área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, entre 2020 e 2025, caso consiga iniciar a operação comercial da área na data planejada, segundo apresentação da companhia.

Para cumprir o prazo, a petroleira conta com a permissão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para ser liberada das regras de conteúdo local previstas em contrato. Segundo a companhia, eventuais atrasos na produção podem gerar uma redução das receitas à União de R$ 6 bilhões por ano.

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Representantes da Petrobras, operadora da área, e suas sócias no consórcio –Shell, Total, CNPC e CNOOC– têm defendido que as atuais exigências de conteúdo local de Libra, considerado o prospecto mais promissor do Brasil, levam a prazos e preços excessivos.

O consórcio já deu entrada na ANP no pedido do chamado “waiver”, para ter a exigência de conteúdo local da plataforma flexibilizada e aguarda uma decisão da autarquia. Uma audiência pública sobre o tema está marcada para a próxima terça-feira. A Petrobras tem sustentado ainda que uma negativa da agência reguladora poderia colocar em risco o projeto.

Isso porque, segundo a empresa, caso não seja liberada de cumprir as cláusulas de conteúdo local na implantação da primeira plataforma comercial de Libra, e o projeto ainda assim seja implantado, a multa contratual poderia atingir 630 milhões de dólares.

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O Projeto de Desenvolvimento da Produção de Libra 1 prevê investimentos de cerca de US$ 5,5 bilhões, sendo US$ 2 bilhões para perfuração, avaliação e completação de poços, US$ 1,5 bilhões com sistema de coleta de produção e US$ 2 bilhões com a plataforma.

Estácio (ESTC3)
A Estácio Participações afirmou nesta quarta-feira que uma investigação interna apontou que não há evidências de que o presidente da companhia tenha trabalhado para tentar inviabilizar a fusão com a rival Kroton.

A investigação foi aberta para apurar denúncias de que o executivo teria discutido com advogados alternativas para inviabilizar a combinação de negócios entre Kroton e Estácio.

“A investigação conduzida pela companhia não encontrou qualquer evidência (…) de que o diretor-presidente tenha tomado qualquer medida que pudesse, sob qualquer forma, impedir, retardar ou dificultar o processo de combinação de negócios entre a Kroton e a Estácio”, diz trecho do comunicado.

No mês passado, o conselho da Estácio afastou o presidente da empresa, Pedro Thompson, dos assuntos relacionados ao processo de fusão com a Kroton no Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), após denúncia anônima de que o executivo teria articulando contra a transação.

Raia Drogasil (RADL3)
A Raia Drogasil, informou a mudança da sua Marca Corporativa para RD – Gente, Saúde e Bem-estar. Em comunicado, a empresa informou, porém, que tanto a razão social (Raia Drogasil S.A.), como o ticker (RADL3) permanecerão inalterados.

“Hoje, 5 anos após a fusão da Droga Raia e da Drogasil, somos uma empresa completamente distinta, com níveis de escala, eficiência e rentabilidade únicos no setor e com gestão, processos e sistemas totalmente unificados”, disse a companhia em comunicado.

Sobre a nova marca, a empresa diz que “ela reflete integralmente a nossa Identidade, focada em Gente, Saúde e Bem-estar, e o nosso Propósito de ‘Cuidar de Perto da Saúde e Bem-estar das Pessoas em Todos os Momentos da Vida'”.

(Com Reuters)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.