Magazine Luiza compra startup e Braskem vende empresa; CVC tem março histórico, Petrobras e mais 8 notícias

Confira no que se atentar nesta terça-feira no noticiário corporativo

Lara Rizério

(Divulgação)

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SÃO PAULO – A conclusão da venda da quantiQ para GTM pela Braskem, a aquisição de startup pela Magazine Luiza, notícias sobre a Petrobras e um março histórico para a CVC são destaques. Confira no que se atentar nesta terça-feira no noticiário corporativo:

Petrobras (PETR3;PETR4)

De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois do jornal O Globo,  a norueguesa Statoil, que já detém fatia de 66% em Carcará do campo na Bacia de Santos, comprada da Petrobras em 2016, quer elevar a participação. 

O colunista também informa que, desde 16 de março, a plataforma P-66 está parada à espera de licença de operação do Ibama no campo de Lula, o maior do país, no pré-sal da Bacia de Santos. O prejuízo gira em torno de US$ 1,5 milhão por dia.

Vale (VALE3; VALE5)
A mineradora Vale informou que uma carga de 260 mil toneladas de finos de minério de ferro, que estava em um cargueiro que afundou na costa do Uruguai, na sexta-feira (31), pertencia à companhia.

A empresa informou ainda que a carga estava sendo direcionada para um pátio de estocagem/blendagem na China. A Vale disse ainda em nota à Reuters que o produto tem cobertura de seguro.

Questionada sobre se haveria necessidade de declaração de força maior, a Vale informou que o produto ainda não havia sido comercializado, ou seja, ainda pertencia à mineradora brasileira.

Magazine Luiza (MGLU3)
A Magazine Luiza comunicou a aquisição da startup de e-commerce Integra, de Itajubá (MG), especializada na integração e gestão do relacionamento entre lojistas e marketplaces. Segundo a companhia, com isso, lojistas que desejarem participar do marketplace do Magazine Luiza não precisarão recorrer à intermediação de plataformas de terceiros.

A Integra Commerce é utilizada hoje por mais de 200 lojistas, incluindo MadeiraMadeira, Época Cosméticos, Casa América, Whirlpool e DBestShop. A varejista explicou em nota que, além de reduzir os custos gerais da plataforma, os parceiros terão à disposição funcionalidades como a gestão de preço, estoques e frete, como tracking de produtos.

“Com a Integra, cortamos caminho no desenvolvimento da melhor e mais barata plataforma do mercado”, disse Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. “Com nosso marketplace, queremos ampliar exponencialmente a oferta de produtos a nossos milhões de clientes e dar condições para que nossos parceiros – os sellers – cresçam de forma sustentável”.

Apesar de ser uma transação pequena, o BTG Pactual aponta que é um passo para acelerar o projeto de marketplace no Magazine Luiza. 

Oi (OIBR4)

Segundo o Estadão, discutida entre integrantes da cúpula do governo desde meados do ano passado, a medida provisória com regras para intervenção nas concessões – uma resposta direta à difícil situação financeira da operadora Oi, que está em recuperação judicial, com uma dívida que soma R$ 65 bilhões – deverá ser publicada amanhã.

O texto estudado pelo governo visa alterar a legislação de recuperação judicial, autorizando intervenção em casos de concessão, autorização e permissão. Atualmente, a Lei de Recuperação Judicial só permite intervenção nos serviços prestados em regime público (concessão). O problema, no entanto, é que a Oi não atua somente em concessão (telefonia fixa), mas também com autorizações (TV por assinatura, internet e telefonia celular, por exemplo).

Ainda no noticiário sobre a companhia, o Valor informa que a empresa BDO Consultoria comunicou ontem ao juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa que aceita o posto de administrador judicial da operadora em substituição à PricewaterhouseCoopers (PwC), segundo informou uma fonte a par da situação.

Usiminas (USIM5)
A Usiminas anunciou internamente a troca do comando de sua área de recursos humanos, indicando Luís Márcio Araújo Ramos para ocupar o posto de Claudio Luna Scalise, informou uma fonte com conhecimento do assunto.

Ramos vai ocupar a diretoria de RH e acumular a diretoria executiva da Fundação São Francisco Xavier, braço social da própria Usiminas nas áreas de saúde e educação. Procurada pela Reuters, a Usiminas não pôde comentar o assunto de imediato.

Scalise estava na Usiminas desde 2009, tendo assumido a diretoria de RH em 2014, ano em que o conselho de administração da companhia destituiu o ex-presidente executivo Julián Eguren e mais dois altos executivos indicados pelo grupo Ternium-Techint, iniciando uma das mais intensas disputas corporativas do país, protagonizada ainda pela sócia Nippon Steel.

A troca no comando do RH da empresa ocorreu pouco após a posse do novo presidente-executivo da Usiminas, Sergio Leite, eleito pelo conselho de administração da empresa em lugar do executivo Rômel Erwin de Souza.

Gol (GOLL4)
A Gol anunciou a amortização de US$ 55,9 milhões (R$ 177,2 milhões) do saldo das Notas Sênior com taxa de 7,5% e vencimento em 2017, que possuíam previsão de vencimento para 3 de abril, utilizando o caixa disponível da companhia.

Adicionalmente, no primeiro trimestre a Gol amortizou R$ 71,7 milhões da dívida relativa a arrendamentos financeiros de aeronaves, retornou permanentemente a lessores duas aeronaves em arrendamentos operacionais equivalentes a R$ 20,5 milhões em dívida capitalizada de leasing, e reduziu outras dívidas em R$ 19,0 milhões. Com isso, a companhia reduziu seu endividamento, em R$ 4,7 bilhões nos últimos 15 meses.

CCR (CCRO3)

A CCR se prepara para um ciclo de crescimento “qualificado”, informa o Valor Econômico. A principal – mas não única – medida da estratégia é uma nova organização interna, com a criação de quatro divisões: Rodovias 1, que engloba as concessões no Estado de São Paulo; Rodovias 2, responsável pelas concessões federais e as do Rio de Janeiro; Mobilidade Urbana; e Aeroportos. Hoje, são 25 ativos independentes imediatamente abaixo da holding.

Braskem (BRKM5)
A Braskem concluiu a venda de 100% das quotas representativas do capital social da quantiQ Distribuidora para a GTM do Brasil Comércio de Produtos Químicos, disse a companhia. A  Braskem recebeu pagamento de R$ 450 milhões da GTM nesta 2º-feira e receberá R$ 100 mi em até 12 meses, podendo sofrer ajustes. 

Anima (ANIM3)

A base total de alunos admitidos no processo seletivo da Anima para o primeiro semestre de 2017 em suas instituições somou 99 mil, 3,8% superior em relação ao mesmo período de 2016. Entre janeiro e junho de 2016, a base estava em 95,4 mil alunos. No segmento presencial, a base de alunos admitidos totalizou 88,4 mil no primeiro semestre deste ano, alta de 6,5%. Já no ensino à distância (EAD), a Anima admitiu 4,2 mil alunos, queda de 3,5% em relação ao mesmo semestre de 2016. Em relação ao ensino básico e técnico, a variação negativa foi de 61,4%, para 1 mil alunos.

Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo informou que exerceu a opção de compra da participação remanescente, equivalente a 25%, de sua controlada australiana Pologren Australia Holdings, detentora da totalidade do capital social da empresa Volgren Australia. A aquisição foi realizada pelo valor de 8,5 milhões de dólares australianos.

Em 2016, a Volgren vendeu 471 unidades e obteve receita líquida de R$ 367,3 milhões, um incremento de 10,1% e 11,8%, respectivamente, em relação ao ano anterior, informou a Marcopolo.

CVC (CVCB3)

A CVC teve no primeiro trimestre deste ano um volume de vendas medido em reservas confirmadas de R$ 2,3 bilhões, 12% superior na comparação a igual período de 2016. A companhia ainda teve em março o melhor desempenho de vendas da história da companhia, somando R$ 554 milhões e superando o recorde anterior de R$ 538 milhões, de outubro de 2016.

O Itaú BBA destacou em relatório que os números da companhia foram positivos, com a empresa conseguindo entregar aumento nas vendas  com a aceleração no segmento SSS (venda nas mesmas lojas) de 13,3% (ante 10,7% no quarto trimestre de 2016). 

Cremer (CREM3)
O Conselho da Cremer aprovou a emissão de R$ 80 milhões em debêntures. A emissão ocorrerá em 11 de abril para investidores qualificados, com juros de DI + 2,5% ao ano e prazo de 36 meses. Segundo a companhia, os recursos serão destinados à compra de bens relacionados ao agronegócio, adquiridos de produtores rurais ou cooperativas.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.