Os 5 itens do “check-list” de Barsi para montar uma carteira de ações

Em carta semanal distribuída pela Suno Research, o megainvestidor comentou o que considera essencial para montar sua carteira de ações de longo prazo

Paula Barra

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SÃO PAULO – O megainvestidor Luiz Barsi revelou na segunda-feira, em carta semanal distribuída pela consultoria Suno Research, quais são os 5 principais itens do seu “check-list” para montar uma carteira de ações.

São eles: 1) o risco de uma ação, medido pela avaliação do patrimônio líquido do papel; 2) o dividend yield (dividendos sobre o preço da ação); 3) o setor de atividade que a empresa está e o posicionamento dela dentro setor; 4) o histórico de resultados; e 5) a gestão.

Em relação à avaliação de risco, Barsi cita como exemplo uma ação que o patrimônio líquido corresponde a R$ 1,00 por ação e o investidor paga R$ 20,00, ou seja, ele está assumindo um risco 19 vezes maior do que aquele patrimônio representa. Agora, se ele comprar uma ação por R$ 0,50 e o valor patrimonial daquela ação for R$ 1,00, então o investidor não está assumindo risco nenhum. “Você está aproveitando uma oportunidade”, explica.

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Já no item 4, o megainvestidor usa como exemplo uma ação que tem em carteira para mostrar porque considera importante olhar o posicionamento de uma empresa dentro do seu setor de atuação.

“Temos inúmeras empresas no setor de celulose, por exemplo, então você tem que avaliar dentro desse setor quais são as empresas que tem uma estabilidade maior, em função da sua postura, da sua estratégia. A Fibria, por exemplo, trabalha só com celulose. A Suzano está se transformando e deixando de ser uma empresa verticalizada, de celulose e papel e aos poucos está deixando o papel. A Klabin [ação que tem em carteira] está investindo no papel, mas não o papel de escrever, é o papel de embalagem, e o que ela faz? Ela converte aquele papel em papelão e do papelão ela faz a caixa de papelão que serve de embalagem, e é algo que dificilmente será substituído”, comentou.

Por fim, o megainvestidor comentou que olha para o histórico de resultados das empresas e também das distribuições de dividendos e o comprometimento dos controladores da empresa, além da gestão. Sobre a questão do comprometimento, ele explica: “Se você tiver um controlador que tem só 4 ou 5% da empresa, ele não terá o mesmo empenho provavelmente que aquele controlador que tem 70% de uma empresa, por exemplo, que vai ter maior compromisso com a empresa, com a estrutura e um maior empenho em remunerar a si mesmo e aquelas ações”.