Anúncio sobre impostos, Previdência e “delação do fim do mundo” agitam a próxima semana

Mercado fica de olho no cenário político, enquanto entre os indicadores o destaque fica para os dados do PIB e inflação nos EUA

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A última semana de março promete ser bastante agitada no mercado, com uma agenda de indicadores recheada de novidades, mas também com eventos políticos que prometem deixar os investidores apreensivos, principalmente com as possíveis novidades envolvendo a delação dos ex-executivos da Odebrecht.

Entre os destaques, estão o anúncio do corte de gastos do governo e um possível aumento de impostos, após o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falar nesta semana sobre um “rombo” de R$ 58,2 bilhões. Além disso, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) deve tomar uma decisão sobre os 320 pedidos da Procuradoria-Geral baseados nas delações da Odebrecht.

O diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, lembra ainda que é preciso ficar atento às articulações de novos protestos contra as reformas Trabalhista e da Previdência. “Não há reformas sem protestos. Se o movimento for relativamente fraco e não influenciar as votações, então isto é apenas parte do jogo”, alerta, destacando porém, que se as manifestações ganharem força poderão levar a atrasos ou mudanças nas propostas.

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Entre os indicadores, destaque no exterior para o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, na quinta-feira (30) às 9h30 (horário de Brasília), e para os dados de inflação medido pelo PCE, na sexta-feira, no mesmo horário. Ambos são bastante acompanhados pelo Federal Reserve e devem corroborar a intenção da autoridade de mais duas altas de juros este ano. Mesmo assim, qualquer resultado inesperado terá grande impacto no mercado. 

No Brasil, na quinta-feira atenção para o Relatório Trimestral de Inflação, que passa a ser divulgado às 8h. O documento traz as projeções do Banco Central e traça as expectativas econômicas diante do cenário atual. No dia seguinte, às 8h30, será apresentado o IBC-Br de janeiro, considerado a prévia do PIB brasileiro.

Segundo a equipe da Rosenberg Associados, com o documento, o Banco Central vai ter a oportunidade de dar mais clareza para uma aceleração do ritmo de corte da taxa básica de juros, enquanto o mercado passa a precificar um corte de 100 pontos-base. “A intensificação do ritmo seria a resposta da política monetária perante seis meses consecutivos de surpresa benigna com a inflação”, disseram.

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Por fim, ainda no fim de semana, ocorre uma importante reunião da OPEP e que medirá o humor para os países prorrogarem o acordo de corte na produção. com isso, o petróleo pode ter forte reação na segunda-feira. A decisão final será no final de maio e, segundo a Arábia Saudita, a prorrogação irá ocorrer se os estoques estiverem acima da média de 5 anos.

Para conferir a agenda completa da próxima semana, clique aqui

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.