Marca de luxo faz IPO e seu maior “inimigo” compra ações como forma de protesto

Canada Goose estreou hoje na Bolsa de Nova York com as ações disparando 25%, mas o que chamou atenção foi ter como acionista o grupo ativista Peta

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A marca de luxo Canada Goose estreou na Bolsa de Nova York nesta quinta-feira (16) arrecadando cerca de US$ 255 milhões em seu IPO, valor acima do esperado inicialmente. Precificada inicialmente em US$ 12,79 por ação, a companhia fechou seu primeiro pregão com ganhos de 25,82%m a US$ 16,08.

Mas não foi exatamente esta alta que chamou atenção dos investidores, mas sim um grupo de acionistas que comprou uma participação expressiva de US$ 4 mil em ações da empresa: o grupo de defesa dos direitos dos animais People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), que pode ser considerado o maior “inimigo” da companhia.

Com essa investida, a Peta espera se juntar às reuniões da administração e, a partir daí, fazer pressão para que a marca canadense acabe com a produção de artigos feitos com pele e pena de animais. Hoje, a companhia é conhecida pelos seus casacos que usam pele de coiote e penas de ganso, que são autorizadas pelas leis locais.

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Nesta manhã, durante a abertura do pregão, manifestantes do Peta protestaram na porta das bolsas de valores de Nova York e Toronto, usando máscaras de coiotes e segurando cartazes onde se lia “Negociação de vidas é ruim para os negócios” e “Oferta pública indecente”.

Esta não é a primeira vez que o grupo ativista compra participações para tentar influenciar as decisões dentro das empresas, algo que ocorre desde 1987. O grupo possui ações de outros fabricantes de luxo como Lululemon e Prada, que usam pele animal exótica, além do grupo Louis Vuitton, na luta contra o uso de pele de crocodilo nos produtos.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.