Ibovespa Futuro acentua alta pós-Fomc e dólar cai 2% com “surpresa” positiva da Moody’s

Índice futuro fechou com ganhos de mais de 2%, mantendo o bom humor dos investidores com a decisão do Fed de elevar os juros nos EUA

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Ibovespa futuro acentuou os ganhos registrados mais cedo com a decisão do Federal Reserve de elevar os juros nos Estados Unidos, puxado pela surpresa da Moody’s ao elevar a perspectiva de rating do Brasil de negativa para estável. O índice futuro com vencimento em abril, INDJ17, ganhou 240 pontos desde o fechamento do mercado à vista e encerrou esta quarta-feira (15) com alta de 2,26%, aos 66.850 pontos.

Enquanto isso, o dólar futuro acentuou a forte queda de mais cedo, fechando com perdas de 2,04%, cotado a R$ 3,120.  A decisão do Fomc de elevar os juros em 25 pontos-base nos EUA não foi nenhuma surpresa, mas o tom adotado pelo Fed surpreendeu os investidores, levando a uma forte reação do mercado.

O mercado temia que a autoridade americana pudesse adotar um tom mais “hawkish”, indicando mais do que as três altas anteriormente previstas para este ano. Mas, pelo contrário, o Fed manteve suas projeções e a presidente Janet Yellen reforçou que, se a economia seguir neste ritmo, a alta de juros será gradual.

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No momento em que o mercado à vista fechava, a agência de classificação de risco Moody’s manteve o rating do Brasil em “Ba2”, elevando a perspectiva da nota de negativa para estável. A novidade ajudou a acentuar o bom humor do mercado neste fim de dia.

A decisão de alterar a perspectiva do rating do Brasil para estável foi determinada, além da perspectiva de melhora da economia, por outros dois fatores: sinais de que o funcionamento do arcabouço de políticas no Brasil está melhorando, o que dá suporte à implementação do ajuste fiscal; o terceiro fator é que risco de passivos de entidades relacionadas ao governo, como a Petrobras, foi significativamente reduzido.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.