BB salta 3,5% com visão positiva de analistas; Cielo avança 3% com HSBC e Renova avança 30% em 3 pregões

Confira os destaques da Bovespa na sessão desta sexta-feira (3)

Lara Rizério

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Cielo (CIEL3, R$ 28,07, +2,63%) 

As ações da Cielo registram alta após a companhia ter a recomendação elevada de neutra para compra pelo HSBC, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 32,00 para R$ 33,00. 

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 34,44, +3,52%)

As ações do Banco do Brasil são destaque de alta em um dia de ganhos para os papéis do setor financeiro, com a visão positiva dos analistas de mercado após reunião da estatal com o sell side. Após a reunião, o Itaú BBA elevou o preço-justo das ações de R$ 31,50 para R$ 36,50, em meio ao menor custo de capital,  e reiterou a recomendação outperform apesar do potencial de valorização baixo. 

O BTG Pactual também destacou visão positiva, apontando: “os 6 pilares dessa gestão são: rentabilidade, capital, qualidade do ativo, serviço ao cliente e plataforma digital. Claramente o bom trabalho que está sendo feito tem apoio do governo o que sem dúvida é notícia positiva. Acreditamos que da forma como o banco vem sendo conduzido, há chance de vermos o intervalo de ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) fechando com os bancos privados. Quando se falou em despesas, claramente estão desconfortáveis com o guidance vigente (aumento de 3%) e ele confirmou que está sendo revisto”, afirmam os analistas. Também há um discurso de potencial muito grande para aumentar vendas no digital, beneficiando BB Seguridade (BBSE3, R$ 29,16, +0,76%), que também sobe nesta sessão.  Os analistas do BTG seguem com recomendação neutra para os ativos BBAS3, mas têm viés positivo para o papel. 

Além do BB, as ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 39,91, +0,94%) e Bradesco (BBDC4, R$ 33,17, +0,52%) registram ganhos. 

Petrobras (PETR3, R$ 15,92, +0,42%;PETR4, R$ 15,18, +0,46%)

As ações da Petrobras apontam para um movimento de recuperação após a queda de mais de 2% da véspera, acompanhando a leve recuperação dos preços do petróleo. Nesta manhã, o brent registra ganhos de 0,11%, enquanto o WTI opera perto da estabilidade, após uma manhã de alta mais expressiva com estoques americanos contrabalancendo a Opep. 

Vale (VALE3, R$ 32,00, +1,72%;VALE5, R$ 30,97, +2,11%)

Após a queda de quase 5% na véspera, os papéis da Vale também apontam para uma recuperação na abertura da Bovespa, com ganhos superiores a 1%. Isso apesar da queda dos preços do minério nesta sessão, com Qingdao em baixa de 1,13%, a US$ 91,32 a tonelada métrica, em meio a receios sobre nível de estoques na China. As ações da holding da mineradora, a Bradespar (BRAP4, R$ 22,94, +0,92%), registram alta de cerca de 1%. 

Segundo informações da Reuters, o  salto dos preços do minério de ferro pode levar os produtores chineses a reabrir minas fechadas há anos durante um período de baixa do setor, restringindo potencialmente o mercado do maior importador de minério de ferro do mundo para fornecedores marginais estrangeiros. 

Um renascimento poderia ajudar as siderúrgicas chinesas a cortar os custos de importação de matérias-primas, aumentando as margens em meio ao aumento dos preços do aço. Se for produzido mais minério domesticamente, as usinas poderiam utilizar isso como moeda de barganha para conseguir contratos de importação em melhores condições de fornecedores como a Vale, Rio Tinto e BHP Billiton, dizem operadores.

Renova (RNEW11, R$ 6,43, +6,99%)

As ações da Renova seguem disparada após saltarem 21% na véspera, acumulando ganhos de cerca de 30% em 2 pregões. Os fortes ganhos ocorrem após a notícia da Reuters de que o fundo canadense Brookfield Asset Management está próximo de um acordo para comprar uma fatia de 30% na empresa de energias renováveis, que incluiria injeção de R$ 800 milhões na companhia.

CSU Cardsystem (CARD3, R$ 12,74, +6,43%)

Outra ação que segue disparada é a CSU Cardsystem, que já saltam 160% no ano. O balanço da companhia será divulgado no próximo dia 9 de março, depois do fechamento do pregão. 

Em 21 de fevereiro, quando as ações já registravam fortes ganhos, a companhia informou à CVM desconhecer o motivo para alta tão expressiva. “Todavia, com o intuito de auxiliarmos, informamos que a Sul América, acionista que detinha 17,2% de participação sobre o capital social da CSU em março de 2016, alienou sua participação acionária para menos de 5% de participação, conforme último ‘comunicado ao mercado’ enviado à CVM em 14 de fevereiro de 2017.

A relevante redução de participação da Sul América sobre o Capital Social da CSU ampliou consideravelmente a liquidez das ações de emissão da Companhia em Bolsa de Valores. Não é do conhecimento da companhia qualquer outro fato que possa ter gerado a oscilação no número de negociações”, apontou na época. Atualmente, a companhia está em período de silêncio. 

PDG Realty (PDGR3, R$ 2,74, +8,73%)

As ações da PDG sobem forte, atingindo uma variação máxima de 11,11% na sessão, após a a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital de São Paulo deferir o pedido de recuperação judicial das 512 sociedades que integram o grupo.

A justiça também nomeou a PricewaterhouseCoopers para atuar como administradora do processo de recuperação judicial da companhia, segundo o comunicado, e suspendeu todas as ações e execuções em curso contra a PDG por 180 dias. Por fim, a justiça também definiu um prazo de 60 dias úteis para apresentação do plano de recuperação judicial da PDG. A companhia protocolou na justiça seu pedido de recuperação judicial na semana passada. A dívida líquida e os custos a incorrer somavam R$ 6 bilhões ao final do terceiro trimestre de 2016. 

Cemig (CMIG4, R$ 10,90, +2,06%)

A estatal mineira de energia Cemig foi designada pelo Ministério de Minas e Energia para operar a hidrelétrica Volta Grande até que seja realizada uma licitação para a definição de um novo responsável pela usina, segundo portaria no Diário Oficial da União desta sexta-feira. O ministério definiu que a elétrica receberá um valor de 30,355 milhões de reais anuais a título de reembolso pelo custo de gestão dos ativos (GAG) enquanto operar a usina.

O contrato de concessão da hidrelétrica Volta Grande, empreendimento de 380 megawatts que começou a operar em 1974, vence em 2017, e o governo federal já anunciou que pretende relicitar a usina para arrecadar recursos com a cobrança de um bônus de outorga junto ao vencedor do leilão. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o governo espera obter cerca de 11 bilhões de reais com a licitação de Volta Grande e outras duas usinas da Cemig em 2017.

A Cemig, por outro lado, tem tentado negociar com o governo uma saída para continuar com Volta Grande e as outras usinas cujos contratos de concessão venceram, como as de São Simão, Miranda e Jaguara.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.