HSBC eleva Cielo para compra e Citi corta recomendação de Ambev; mais 11 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta sexta-feira (3)

Lara Rizério

Prédio da Cielo

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é movimentado nesta sexta-feira, com destaque para o deferimento do pedido de recuperação judicial pela PDG. No radar de recomendação, a Cielo foi elevada pelo HSBC e a Ambev teve as revisões estimadas para baixo pelo BTG após o balanço. Confira mais destaques desta sexta-feira (3):

PDG Realty (PDGR3)

A incorporadora PDG Realty informou nesta quinta-feira que a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital de São Paulo deferiu o pedido de recuperação judicial das 512 sociedades que integram o grupo.

A justiça também nomeou a PricewaterhouseCoopers para atuar como administradora do processo de recuperação judicial da companhia, segundo o comunicado, e suspendeu todas as ações e execuções em curso contra a PDG por 180 dias.

Por fim, a justiça também definiu um prazo de 60 dias úteis para apresentação do plano de recuperação judicial da PDG.

A companhia protocolou na justiça seu pedido de recuperação judicial na semana passada. A dívida líquida e os custos a incorrer somavam 6 bilhões de reais ao final do terceiro trimestre de 2016.

 Cielo (CIEL3)

O HSBC elevou a recomendação para as ações da Cielo de manutenção para compra, elevando o preço-alvo de R$ 32,00 para R$ 33,00.

Ambev (ABEV3)

Após o decepcionante balanço apresentado na manhã de quinta, o BTG Pactual revisou para baixo as estimativas para a Ambev, mantendo recomendação neutra para os ativos com preço-alvo de R$ 17,50. Os analistas do banco revisaram as estimativas para o receita, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e lucro em 6%, 11% e 12% respectivamente, de modo a refletir o impacto do câmbio, o novo guidance de custos sobre os produtos vendidos, além de assumir menores preços para a cerveja. E as notícias negativas não param por aí: o Citi cortou a recomendação para as ações da companhia de compra para neutra. 

Oi (OIBR4)

A operadora de telecomunicações Oi informou na quinta-feira ter recebido correspondência da Orascom informando que estendeu até 31 de março o prazo para um plano alternativo de reorganização que ajudaria a acelerar sua saída da recuperação judicial.

Fibria (FIBR3)

A produtora de celulose Fibria informou nesta sexta-feira que fechou um contrato com a sul-coreana Pan Ocean para afretamento de cinco navios, no valor de 636 milhões de dólares.

O montante, segundo a Fibria, será diluído ao longo do período da prestação de serviços. O contrato tem previsão para terminar em 2035 e pode ser prorrogado por mais cinco ou dez anos, a critério da Fibria.

Frigoríficos
Os ddos da SECEX de Fev confirmam uma tendência positiva no ciclo de frango explicado por i) mais uma redução na produção de pinto de corte e ii) aumento sequencial no preço de exportação, aponta o BTG Pactual. Os volumes aumentaram 10.3% na comparação anual refletindo queda no preço doméstico o que possivelmente levou os produtores a direcionar o volume para exportação. Já a exportação de milho continua caindo, sinalizando mais oferta no mercado doméstico e com isso menores preços: os spreads aumentaram 5% na base mensal, o que se traduz em margens maiores (mesmo que ainda num patamar baixo). Do lado de bovinos, os dados ainda apontam para um estágio negativo do ciclo, mas os analistas seguem otimistas que estamos com a virada do ciclo baseado no aumento da disponibilidade de gado no mercado doméstico.

“Nesse início de ano, já estamos vendo uma redução no preço, possivelmente em resposta a uma maior disponibilidade de gado e racionalidade da indústria. Reiteramos nossa visão positiva no setor acreditando que 2017 será um bom ano”, afirma o BTG, mantendo Minerva (BEEF3) como top pick.

Rumo (RUMO3)

Os dados da Secex apontaram para mais uma queda de exportação de grãos com volumes caindo 43% na base anual para  4.7 milhões a tonelada, afetado pelo milho que caiu 90%, destaca o BTG. “Enquanto os volumes de exportação de grãos caíram, notamos que os volumes de soja surpreenderam positivamente (especialmente em fevereiro). Lembramos que, apesar de uma perspectiva positiva para 2017 (a Agroconsult está prevendo uma produção recorde de soja e milho neste ano), o resultado do primeiro trimestre Rumo (sazonalmente um trimestre mais fraco) tem base de comparação difícil. Apesar da forte performance no acumulado do ano de alta de 33%, reiteramos compra, em cima de potencial aprovação da renovação da Malha Paulista e novo financiamento do BNDES, além de valuation atrativo”, afirmam os analistas do banco. 

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A companhia chinesa Shanghai Electric deve apresentar até o dia 10 de março proposta para assumir um lote de concessões de linhas de transmissão de energia da Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, informaram fontes ao O Estado de S. Paulo. O negócio envolve a construção no Rio Grande do Sul de 2.169 kms de linhas e 21 subestações, sendo 8 novas e 13 ampliações de instalações existentes. No total, as obras exigirão investimentos de R$ 3,3 bilhões e, quando concluídas, terão receita anual de R$ 336 milhões

Gol (GOLL4)

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) decidiu que, se as companhias aéreas não reduzirem o preço das passagens em virtude da cobrança por bagagem despachada, a Câmara vai votar o projeto de lei que acaba com a mudança aprovada pela Anac em dezembro.

Paulo Kakinoff, presidente da Gol, afirmou em entrevista a “O Estado de S. Paulo” que não haverá redução do preço da passagem por parte da companhia. Maia espera um posicionamento público das companhias aéreas sobre a redução, que vinha sendo a razão por elas apontada para defender a cobrança. 

Dasa

A Dasa informa que não ocorrerá o aumento de capital que fora anunciado em 20 de janeiro, logo após a compra da rede de laboratórios Salomão e Zoppi. A operação seria de no mínimo R$ 20,836 milhões e no máximo R$ 21,25 milhões, com emissão de no mínimo 1.100.105 ações e no máximo 1.121.964, ao preço de R$ 18,94 para subscrição privada. Isso porque nesta quinta-feira, 2 de março, foi encerrado o período para o exercício do direito de preferência e nesse ínterim o acionista controlador, Edson Bueno, veio a falecer, no dia 14 de fevereiro. Os acionistas controladores, Cromossomo Participações II, Edson de Godoy Bueno e Dulce Pugliese de Godoy Bueno haviam se comprometido a fazer a subscrição do valor mínimo, o qual não foi atingido durante o período de exercício. A subscrição nesse intervalo foi de 438 ações, apenas, ou R$ 8.295,72. A companhia informa que os acionistas que tiverem exercido seu direito de preferência receberão de volta os valores em cinco dias úteis.

Eneva (ENEV3)

Em comunicado, a Eneva informou que segue comprometida em encontrar solução no Ceará. A “Eneva continua em tratativas com os órgãos competentes e segue comprometida em encontrar uma solução que seja benéfica para todos os envolvidos, sem prejudicar a segurança energética do Estado do Ceará e a saúde financeira dos empreendimentos”, segundo comunicado.

Desde outubro de 2016, a Eneva tenta recorrer de decisão do governo do Ceará sobre cobrança de encargo hídrico emergencial em razão da escassez hídrica local. A companhia diz que foi publicada alteração no Decreto Estadual, estabelecendo novas condições para a cobrança do encargo hídrico emergencial para o período de setembro de 2016 a agosto de 2017, adicionando à tarifa histórica vigente a cobrança extra equivalente a três vezes o valor mensal praticado, segundo o comunicado. A UTE Pecém II obteve resposta negativa da Aneel a pedido, apresentado em outubro de 2016, de readequação do equilíbrio econômico-financeiro do seu Custo Variável Unitário (CVU) em virtude da cobrança de tal encargo hídrico emergencial. A Eneva detém fatia de 50% na UTE Pecém II. 

Taesa (TAEE11)

A Taesa convocou AGE para 20 de março para deliberar sobre 4ª emissão de debêntures simples no valor de R$ 925 milhões, que pode chegar a até R$ 1,25 bilhões, considerando eventuais lotes suplementar e adicional, disse a companhia em comunicado enviado à CVM.

As debêntures em 2 séries, com remuneração a ser definida em bookbuilding . A 1ª série tem desconto mínimo de 0,20% ao ano sobre TIR de Tesouro IPCA+ com juros semestrais para 2024, e prazo de 7 anos. A 2ª série é até 110% do DI e prazo de 5 anos.

Telefônica Brasil (VIVT4)

A Telefônica informou que aprovou a entrega de até 1 milhão de ações PN, ou 0,059% do total, para cumprir decisões judiciais já proferidas ou que venham a ser proferidas – em processos judiciais relacionados aos chamados planos de expansão da telefonia.

(Com Bloomberg, Agência Estado e Reuters) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.