Petrobras corta preços e aprova acordo nos EUA; a convicção do BTG sobre a Vale e mais 6 notícias

Confira os principais destaques da noite desta sexta-feira (24)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O feriado de Carnaval, que levará a Bovespa a negociar novamente só na próxima quarta-feira, já começou para muitos. Contudo, após o fechamento do pregão desta sexta-feira (24), muitas companhias divulgaram comunicados, com destaque para a Petrobras, que fez dois importantes anúncios. A Vale também destacou como será a seleção de Murilo Ferreira após o anúncio de que ele deixará a companhia a partir de maio. Confira os destaques da noite desta sexta: 

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (24) que reduzirá o preço da gasolina em 5,4% em média e do diesel em 4,8% nas refinarias. A mudança valerá a partir de zero hora deste sábado. 

“A decisão é explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última revisão de preços, pela redução no valor dos fretes marítimos e ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.  O comunicado prossegue ressaltando que a empresa reafirma sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade. “Os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do plano de negócios 2017/2021”, afirma.

Segundo a petroleira, se o ajuste for repassado integralmente e não houver alteração nas demais parcelas ao consumidor final, o diesel pode cair 3%, ou R$ 0,09 por litro em média, e a gasolina 2,3%, ou R$ 0,09 o litro. 

Além disso, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a celebração de acordos para encerrar quatro ações individuais propostas perante a Corte Federal de Nova York, nos EUA, informou a companhia em um comunicado ao mercado. Com o anúncio, a Petrobras afirmou já ter alcançado acordo para 19 ações individuais, de um total de 27, que foram consolidadas com a class action.

 Vale (VALE3;VALE5)

O Conselho de Administração da Vale  afirmou nesta sexta-feira que a seleção do sucessor de Murilo Ferreira, que deixa a presidência da empresa em maio, ocorrerá em conformidade com as regras de governança atualmente vigentes e contará com apoio de uma empresa internacional de seleção de executivos.

Em um comunicado, o colegiado afirmou ainda que a nomeação do novo diretor-presidente ocorrerá em reunião do Conselho de Administração. A empresa não informou datas.

Dentre outras análises sobre a saída de Murilo Ferreira da Vale, o BTG Pactual destacou ter uma convicção: a de que o foco da mineradora não será alterado com saída do CEO. “O foco estratégico da Vale em desalavancagem e disciplina não será alterado em um futuro próximo, independentemente do novo nome e de seu histórico”, afirmaram os analistas do banco.

Eles destacaram preferir não especular sobre substituto de Murilo Ferreira e se há viés político em decisão, mas apontam que o executivo deixa a empresa após grandes realizações, como corte dramático de custos, entrega do projeto S11D, melhoras de governança e disciplina de capital. As mudanças administrativas são vistas como neutras para ações da empresa. O banco permanece neutro em relação a Vale, por não acreditar em sustentabilidade do preço do minério de ferro em níveis atuais.

Ultrapar (UGPA3)

A agência de classificação de risco Moody’s reafirmou o rating Ba1 da Ultrapar, com perspectiva negativa. Conforme aponta a agência, o rating da Ultrapar reflete o modelo sólido de negócios da companhia, o perfil de baixo risco, fluxo de caixa estável e a posição de liderança em diversos segmentos.

Por outro lado, os ratings são limitados, principalmente, pelo rating soberano dos títulos do governo do Brasil. A agressiva estratégia de aquisições da companhia e a dependência de um número reduzido de fornecedores-chave de matérias-primas também são considerações negativas para o rating.” Em menor extensão é visto como fator de negativo de crédito a exposição às especialidades químicas devido a sua volatilidade”, afirma a agência.

BTG Pactual (BBTG11)

A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o rating do BTG Pactual em escala nacional de “A-(bra)” para “A(bra)”, com perspectiva estável. A nota na escala global foi mantida em “BB-”, com perspectiva negativa.

Segundo a agência, a melhora na nota na escala nacional reflete o relativo ajuste na capacidade de crédito do BTG. A agência aponta que a administração do BTG demonstrou uma habilidade satisfatória em resolver as preocupações sobre a liquidez e construiu um grande colchão de liquidez, além de  reforçar a capitalização com um processo de desalavancagem bem sucedido. 

CVC (CVCB3)

A CVC aprovou a emissão de R$ 200 milhões em debêntures. A primeira emissão de debêntures da companhia será feita em série única. O banco liquidante será Itaú Unibanco e o vencimento se dará em 3 de março de 2019. A remuneração será 107,5% da variação dos DIs. 

AES Tietê (TIET11)

A AES Tietê atualizou suas projeções referentes a previsão de investimentos para o período de 2017 a 2021. Para o período, a companhia planeja investir aproximadamente R$ 400 milhões que serão direcionados, principalmente em seus programas de modernização e manutenção de suas plantas hidrelétricas, informou. 

PetroRio (PRIO3)

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a venda da Brasoil para a PetroRio. Assim, a companhia passará a ter uma participação de 10% no campo de gás natural de Manati, na Bacia Camamu-Almada e operar com 100% de participação o campo de Pirapema e o bloco FZA-¬M-¬254

(Com Reuters e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.