Petrobras e Vale sobem; Banrisul dispara 13% com novo projeto para privatização e Via Varejo avança com venda próxima

Confira os destaques da Bovespa na sessão desta terça-feira (21)

Lara Rizério

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Vale (VALE3, R$ 36,90, +1,40%; VALE5, R$ 34,90, +1,93%)
 Após subirem cerca de 7% na véspera após o acordo de acionistas (veja mais detalhes clicando aqui), as ações da Vale têm mais um dia de ganhos na Bovespa. 

Vale destacar que a sessão desta terça é de continuidade da alta do minério de ferro. A commodity spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em alta de 2,73%, a US$ 94,86 a tonelada métrica, enquanto o contrato futuro negociado em Dalian disparou 3,83%, a 732 iuanes, na esteira dos planos chineses de cortar produção. 

Em meio à alta do minério de ferro e também do aço, as ações de siderúrgicas também registram ganhos, caso de Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 6,11, +2,17%), Gerdau (GGBR4, R$ 13,70, +1,86%), enquanto Usiminas (USIM5, R$ 5,47, +0,37%) e CSN (CSNA3, R$ 12,79, +0,71%) têm ganhos mais modestos. 

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Petrobras (PETR3, R$ 17,40, +1,87%; PETR4, R$ 16,18, +1,70%)
As ações da Petrobras sobem seguindo as cotações do petróleo no mercado internacional, que avança cerca de 1,5% nesta manhã, após informações de que de que os integrantes da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) atingiram 93% da meta de corte da produção em janeiro. Também pesa no movimento a projeção do cartel do petróelo de uma queda adicional nos estoques dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Linx (LINX3, R$ 16,68, -5,12%)

A Linx foi rebaixada de overweight (exposição acima da média) para neutra pelo JPMorgan. O preço-alvo em doze meses é de R$ 19,00. O analista do banco Andre Baggio ainda reduziu as suas estimativas de lucro e fluxo de caixa livre após os resultados do quarto trimestre. Segundo ele, o papel LINX3 não oferece um ponto de entrada atraente, dadas as preocupações com crescimento, rentabilidade e fluxos de caixa para 2017. 

BRF (BRFS3, R$ 41,89, -1,27%)

A BRF registra queda de cerca de 1% após a companhia ter a recomendação cortada de outperform para underperform pelo Credit Suisse, com o preço-alvo sendo cortado de R$ 84,00 para R$ 40,00. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 2,33%. 

Banrisul (BRSR6, R$ 19,45, +12,82%)

As ações do Banrisul sobem, em meio às indicações de que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles mandou ao gabinete de Michel Temer uma atualização do programa de recuperação fiscal dos estados. Pela proposta, o estado que firmar um acordo de recuperação fiscal com o governo federal será beneficiado com a suspensão por 36 meses do pagamento das dívidas com a União, mas terá que assumir o compromisso de adotar rigorosas medidas de saneamento das finanças estaduais, entre as quais como  privatização de bancos e empresas estaduais de água, saneamento, eletricidade.

Segundo o BTG, a atualização desse plano aumenta a probabilidade de privatização do Banrisul caso o Rio Grande do Sul e o governo federal alcancem um acordo. Segundo os analistas, a relação risco-retorno de ter papéis do Banrisul é assimétrico para alta, ressaltando a visão positiva para a ação. Os analistas do BTG reforçam a visão de que  o Banrisul privado pode valer duas vezes o estatal (veja a análise clicando aqui)

Outras empresas que, em algum momento, foram citadas como “passíveis de privatização”, caso da mineira Cemig (CMIG4, R$ 10,89, +2,35%) e do Banco do Espírito Santo (BEES3, R$ 3,48, +5,45%), também registram ganhos nesta sessão. 

Comgás

As ações da Comgás registram queda nesta sessão, após suas ações ficarem ex-dividendos. Os papéis da companhia subiram forte na semana passada após o anúncio de distribuição de R$ 400 milhões em dividendos referentes ao exercício de 2016 no valor total de R$ 306.863.294,20 para as ações ordinárias (CGAS3, R$ 43,01, -3,36%) e R$ 93.136.705,80 para as preferenciais (CGAS5, R$ 47,30, -1,70%). Com isso, os investidores receberão R$ 3,07535052245 por papel ordinário e R$ 3,38288557470 por ativo preferencial. O pagamento do provento será feito em em 3 de março.

 Via Varejo (VVAR11, R$ 11,98, +5,18%)

As units da Via Varejo sobem mais de 5% nesta sessão após a Bloomberg informar, citando fontes, que o Casino Guichard-Perrachon contratou o Rothschild & Co e o Banco Santander SA para vender a sua participação na companhia. Cerca de 10 interessados já assinaram acordo de confidencialidade para ver os números da rede brasileira de varejo, disse uma das pessoas e o Casino receberá propostas em março e espera concluir a venda de sua participação no primeiro semestre deste ano. 

Ecorodovias (ECOR3, R$ 9,66, +2,01%)

A Ecorodovias vê suas ações em alta após o resultado. A companhia teve lucro líquido comparável de 88,7 milhões de reais no quarto trimestre, 157,5 por cento maior em relação ao mesmo período de 2015, afetada positivamente pelo aumento na geração de caixa operacional e pela redução das despesas financeiras. 

De acordo com o JPMorgan e o Safra, o controle de custos levou a companhia a superar as projeções de lucro trimestral. O JP destacou os sólidos dados operacionais: o tráfego permanece sob pressão, mas o sólido controle de custos possibilitou que o Ebitda superasse as estimativas e as margens apresentassem melhora. O Bradesco BBI também destacou que o resultado operacional do quarto trimestre foi ao encontro com as expectativas do mercado; contudo, o alto capex ainda é uma preocupação. A companhia terá um capex de R$ 722 milhões, levando a relação entre dívida líquida e o Ebitda a 2,6 vezes em 2017, o que dá pouco espaço para a companhia participar de leilões para novas concessões. Os analistas mantêm recomendação neutra para os ativos e preço-alvo de R$ 9,00. 

Lojas Americanas (LAME4, R$ 17,18, -0,12%)
A Lojas Americanas vê suas ações estáveis após a a alta da véspera e depois de registrar lucro líquido consolidado de 255,6 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 25,2 por cento sobre o mesmo período de 2015, anunciou nesta segunda-feira a varejista, que atribuiu o resultado ao crescimento das vendas e à contenção de despesas.

B2W (BTOW3, R$ 13,36, +4,38%)
A subsidiária da Lojas Americanas, B2W, por sua vez, avançam após o resultado. A empresa informou que seu prejuízo caiu 36,5% no quarto trimestre de 2016, passando de R$ 161,2 milhões para R$ 102,3 milhões. A receita no trimestre somou R$ 3 bilhões, o que representa uma alta de 4% na base anual. O Ebitda ajustado subiu 22,9%, para R$ 261,1 milhões.

LPS Brasil (LPSB3, R$ 5,30, +0,95%)
A LPS Brasil tem leve alta após a empresa reduzir o seu prejuízo atribuível aos acionistas controladores no 4º trimestre de 2016 para R$ 13,7 milhões, de R$ 341,7 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida teve baixa de 11% na base anual, passando de R$ 41,9 milhões para R$ 37,3 milhões. O Ebitda ficou em R$ 28 mil no quarto trimestre de 2016, ante Ebitda negativo de R$ 7,4 milhões. 

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 181,10, +2,90%)

Os papéis do Magazine Luiza avançam cerca de 3% e superam os R$ 180 na esteira da divulgação do balanço na manhã da última segunda-feira. Na véspera os papéis subiram 7,60% com os resultados positivos e, nesta data, a atualização de projeções para a companhia por casas de análise guiam a alta dos papéis. O Bradesco BBI manteve recomendação de compra e elevou o preço-alvo dos ativos de R$ 140,00 para R$ 205,00. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.