Com Vale e Itaú, exercício de opções movimenta R$ 5,21 bilhões em fevereiro

Entre as 5 opções mais movimentadas, a mineradora ficou com três posições, mas o Itaú ficou com o contrato mais movimentado

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O exercício de opções sobre ações de fevereiro movimentou R$ 5,21 bilhões nesta segunda-feira (20), informou a BM&FBovespa. Deste total, R$ 4,900 bilhões foram do exercício de opções de compra e os R$ 318,52 milhões restantes vieram de opções de venda.

A Vale “dominou” o mês, com três entre as 5 opções mais movimentadas, apesar de não ficar com o primeiro lugar. No segundo lugar de fevereiro ficou a opção de compra dos papéis preferenciais (VALE5) a R$ 32,98, que movimentou R$ 13854 milhões. Já no quarto e quinto lugares, ficaram os contratos de compra das ações a R$ 27,98 e R$ 33,98, respectivamente, que tiveram volume de R$ 133,16 milhões e R$ 100,79 milhões.

Na primeira posição ficou a opção de compra de Itaú Unibanco (ITUB4) a R$ 38,36, que movimentou R$ 322,47 milhões, enquanto o terceiro lugar aparece o ETF BOVA11, que acompanha o índice Ibovespa, com a opção de compra a R$ 65,00, movimentando R$ 136,36 milhões.

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O que é uma opção?
A opção é um derivativo negociado na Bolsa de Valores. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação; já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato. 

Existem dois tipos de opções: de compra (call) e de venda (put). Quando um investidor compra uma “call”, ele está adquirindo o direito de comprar uma determinada ação a um preço já estabelecido (que é preço de exercício, ou “strike”) até um dia de vencimento já firmado. Para o investidor que compra uma “put”, ele está adquirindo o direito de vender uma ação até um dia determinado a um valor já estabelecido.

Dados históricos dos vencimentos de opções:

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Vencimento Opções de compra
(R$ milhões)
Opções de venda
(R$ milhões)
Total
(R$ milhões)
20/02/2017 4.900 318,5 5.210
16/01/2017 2.773 223,7 2.990
19/12/2016 1.930 2.431 4.360
21/11/2016 3.280 971,1 3.280
17/10/2016 3.491 323,6 3.810
19/09/2016 1.728 545,9 2.270

15/08/2016

2.517 118,4 2.635,4
18/07/2016 2.433 166 2.599
20/06/2016 1.357 919 2.276
16/05/2016 1.219 859 2.078
18/04/2016 3.385 272 3.650
21/03/2016 3.315 481 3.790
15/02/2016 833 1.507 2.330

Fonte: BM&F Bovespa

Vencimento eleva volatilidade
A forte oscilação verificada em dias de vencimento de derivativos reflete a disputa entre “comprados” e “vendidos”. De modo geral, os “comprados” apostam na alta das ações, enquanto os “vendidos” visam o fraco desempenho dos papéis.
Neste cenário, os “comprados” tendem a adquirir grandes quantidades de ações, na tentativa de elevar seu preço, enquanto os “vendidos” promovem a venda dos papéis, com o intuito de derrubar as cotações.
Vale lembrar que esse movimento ganha força na medida em que as ações mais negociadas nos contratos de opções costumam carregar participação significativa no Ibovespa.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.