Conheça o “Fundo do Fim do Mundo”, que já disparou 55% desde a eleição de Trump

ETF de urânio tem registrado fortes ganhos não só por conta de uma possível corrida nuclear, mas também pode conta dos preços do metal em alta

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O mercado é bastante curioso mesmo. Se no Brasil as opções de investimento não são tão grandes, principalmente quando comparadas com outros grandes mercados pelo mundo, nos Estados Unidos é possível investir em praticamente qualquer coisa. E um ETF tem chamado atenção do co-fundador da StockTwits – uma rede social para traders e investidores -, Howard Lindzon.

É o Global X Uranium ETF, que já subiu 55% desde a eleição de Donald Trump e que Lindzon investiu recentemente. O ativo é baseado no urânio – metal fundamental para a criação da bomba atômica – e que vem subindo forte com os comentários do presidente sobre uma corrida nuclear, dando uma arrancada nos últimos dois meses. Mas este mercado vai muito além de uma possível guerra – fato que rendeu um apelido para o ETF: fundo do fim do mundo.

Desde o desastre de Fukushima, no Japão, em março de 2011, a indústria de urânio experimentou cerca de seis anos de puro caos. Isto ocorreu, parcialmente, devido a uma diminuição na demanda dos reatores japoneses. O país tinha cinqüenta e quatro reatores operando antes de Fukushima, sendo que apenas cinco estão ativos hoje. Além disso, o próprio futuro da energia nuclear foi colocado em xeque em países como Alemanha e EUA, deixando o mercado pessimista.

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E é por conta deste cenário que toda essa alta recente pode acabar em breve. Analistas acreditam que o ETF pode passar por uma forte correção, apontando que parte deste rali está relacionado ao cenário desenhado pela imprensa. Recentemente, a CNBC afirmou que os preços do urânio estão disparando graças a cortes de produção e um renascimento da energia nuclear. Mas este cenário tão positivo pode não ser tão sustentável e o investidor precisa se preparar para a correção.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.