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SÃO PAULO – A temporada de resultados teve como destaque na noite de quinta (e que repercutirá na sessão desta sexta) os números da TIM. Além dela, chama a atenção as recomendações, com a Gafisa sendo rebaixada pelo Santander e a Duratex sendo elevada pelo Bradesco BBI. O noticiário sobre a Petrobras também está movimentado. Confira os destaques desta sexta-feira (3):
TIM Participações (TIMP3)
A empresa reportou um lucro líquido de R$ 364 milhões no 4º trimestre de 2016, uma queda de 21,8% ante igual período do ano anterior em razão de maiores investimentos em bens de capital e despesas financeiras. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,568 bilhão entre outubro e dezembro, montante 4,4% maior que a do quarto trimestre de 2015. No acumulado de 2016, a Tim apurou um lucro líquido de R$ 750 milhões de reais, 64% inferior ao de 2015. O Ebitda da companhia caiu 21,2% na comparação anual, para 5,209 bilhões de reais, enquanto a receita líquida total recuou 8,9 por cento, para 15,617 bilhões de reais.
Segundo o BTG Pactual, o resultado do quarto trimestre apresentou ganhos de eficiência acima do esperado, impulsionados por corte de custos. “Do nosso ponto de vista, a Tim foi capaz de antecipar parte das iniciativas de redução de despesas que originalmente se esperava que impactassem os resultados de maneira mais forte apenas em 2017. O fim dos gastos com consultoria, por exemplo, foram de grande importância para a redução de 36% na base anual vista nos gastos gerais e administrativos”, diz o relatório.
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Já segundo o Santander, os resultados foram “sólidos, confirmando o aumento da capacidade da empresa de monetizar sua base de clientes e de executar um controle de custos significativo”. Segundo o banco, a companhia “apresentou ambicioso plano industrial para 2017-19, o qual vemos como possível, mas vai exigir execução adicional para se totalmente precificado”.
O Itaú BBA, por sua vez, espera reação positiva a “expansão robusta da margem”. O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da TIM de neutra para outperform, com preço-alvo de R$ 10,50.
Braskem (BRKM55)
Uma das acionistas da Braskem, a Petrobras está contestando os termos do acordo de leniênica que a empresa petroquímica fechou com o governo norte-americano a respeito das irregularidades investigadas na Operação Lava Jato. Segundo o jornal Valor Econômico, a estatal alega que seu prejuízo no contrato de fornecimento da matéria-prima nafta foi de US$ 1 bilhão e não de US$ 94 milhões, como reportou a Braskem ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. De acordo com a atual diretoria da Petrobras, um contrato assinado em 2009 pelas duas empresas previa a venda de nafta para a Braskem por 92% do preço internacional. A vantagem teria sido obtida mediante pagamento de propina pela Odebrecht, que é sócia da Petrobras na Braskem.
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Petrobras (PETR3; PETR4)
Segundo informações do Valor Econômico, o governo deverá fechar na próxima semana as regras de conteúdo local para a 14ª rodada de licitações de blocos exploratórios da ANP ( Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e os integrantes do comitê chegam divididos à reunião. De acordo com o jornal, há consenso em torno de uma flexibilização das regras atuais. Existem fortes divergências, no entanto, em relação ao grau de abertura a fazer. Um dos pontos que opõem as duas alas é a forma de cálculo do conteúdo local na exploração e desenvolvimento dos projetos.
Também segundo o jornal, União, Estados e municípios estão deixando de arrecadar R$ 36 bilhões em oito anos com atrasos na exploração de petróleo e gás por causa da política de conteúdo local. O cálculo foi feito pela Petrobras com base em supostas perdas na arrecadação com royalties, participações especiais e Imposto de Renda.
Vale destacar que, ontem, em relatório divulgado no fim do pregão desta quinta-feira (2), a Fitch disse que “apesar do progresso, a Petrobras continua altamente alavancada e provavelmente dependerá de financiamento externo para refinanciar os vencimentos”. Para a agência de classificação de risco, a meta de desalavancagem da estatal é agressiva, já que as expectativas de alienação somam US$ 35 bilhões no período em dois anos. A Fitch espera que a alavancagem líquida da empresa esteja em torno de 3,5 vezes até o fim de 2017, em comparação com 4,7 vezes em setembro de 2016, supondo que a empresa receba uma parcela significativa de pagamentos dos desinvestimentos em 2017. Ainda segundo o Valor, o Departamento de Justiça pode rever os termos do acordo anunciado em dezembro, que previa uma multa de US$ 957 milhões aos órgãos públicos do Brasil, Estados Unidos e Suíça.
Gafisa (GFSA3)
O Santander reduziu a recomendação para as ações da Gafisa de compra para manutenção, reduzindo o preço-alvo de R$ 3,70 para R$ 2,90. Os analistas apontam que o call positivo na companhia era baseado na rápida desalavancagem com a venda potencial da Tenda. Contudo, a estrutura proposta da venda foi em termos menos favoráveis do que o esperado inicialmente, mantendo a pressão sobre a alavancagem da Gafisa. Além disso, apesar de estarem mais otimistas com a perspectiva para o segmento de média e alta renda do setor de construção civil, a expectativa é de que a recuperação do mercado seja lenta, com desafios significativos para as construtoras alavancadas. Duratex (DTEX3)
O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da Duratex para outperform, com preço-alvo de R$ 10,00, apontando que a estratégia de preços da companhia é uma surpresa positiva. A empresa anunciou recentemente um aumento de preços de 10% a 15% dos painéis de madeira e, de acordo com os analistas, a recuperação das margens provavelmente será mais rápida. Açúcar e álcool
Os analistas do BTG Pactual reiteram as recomendações de compra de São Martinho (SMTO3), Cosan (CSAN3) e Adecoagro, segundo relatório. O preço-alvo da Cosan elevou-se para R$ 51 de R$ 40; São Martinho subiu para R$ 26, de R$ 25. Já a Adecoagro aumentou para US$ 18,5, de US$ 16. O BTG destacou ver capacidade limitada de crescimento de produção a médio prazo para o açúcar, com o modelo de oferta e demanda sinalizando déficit mundial persistente em 2017 e 2018 Os preços do etanol servirão de piso para o açúcar. “Se os preços do etanol subirem em resposta, digamos, a preços mais altos da gasolina, a indústria tem bastante espaço para aumentar o mix de etanol à custa do açúcar, elevando rapidamente os preços do açúcar também”, afirmam os analistas. Construtoras
O BTG Pactual alerta aos investidores o potencial anúncio de novas medidas na segunda agora, que poderia estimular cias de baixa-renda e alta-renda. Segundo os jornais, medidas incluiriam subir preço unidades do MCMV em 10%, além de subir o teto máximo de renda das famílias, saindo de R$ 6,5 mil para R$ 7 mil. “Se confirmado, seria positivo para companhias de baixa renda, aumentando margem do produto e aumentando escopo. No caso das companhias de alta renda, medidas incluiriam a criação de nova faixa de renda no MCMV (Faixa 4), para renda familiar até R$ 9 mil ao mês, com financiamento de Taxa Referencial mais 9% (hoje essas famílias tem custo de 10 a 12%), além da criação de linha especial de R$ 500 milhões, para ser usada para a compra de estoques prontos nas incorporadoras, em unidades de até R$ 1.5 milhões”, afirmaram os analistas, que apontam que as medidas poderiam ser anunciadas nessa segunda. Assim, se confirmada, leitura seria positiva e poderia seguir dando sustentabilidade no setor, destacam os analistas, que seguem apostando em Cyrela (CYRE3) e EzTec (EZTC3) em alta renda e MRV (MRVE3) e Direcional (DIRR3) em baixa renda. “O setor deve reagir bem hoje como um todo”. JBS (JBSS3)
A empresa de alimentos JBS captou 2,8 bilhões de dólares por meio de uma linha de crédito garantida com vencimento em 30 de outubro de 2022, a fim de pagar empréstimos e alongar o perfil da dívida, informou a companhia em comunicado divulgado nesta sexta-feira. Do total de recursos obtidos, 2,09 bilhões de dólares foram destinados ao pagamento de três empréstimos a vencer em 2018 (408 milhões de dólares), 2020 (486 milhões de dólares) e 2022 (1,19 bilhão de dólares). Conforme a empresa, a operação permitiu à JBS alongar o perfil da dívida e economizar 8 milhões de dólares ao ano. Os demais 710 milhões de dólares captados pela empresa serão usados para pagar dívidas de curto prazo e mais onerosas, o que representará uma economia de 50 milhões de dólares ao ano. Eletrobras (ELET3)
De acordo com o Valor, a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, deve fechar neste mês a transferência de participação em um conjunto de projetos de transmissão de energia na Região Sul para a chinesa Shanghai Electric. Os empreendimentos envolvem 2 mil quilômetros de linhas de transmissão e oito novas subestações, vão exigir investimentos de cerca de R$ 3 bilhões. Contax (CTAX11)
Os acionistas da Contax vão à Câmara de Arbitragem por dividendos. A Câmara de Arbitragem do Mercado notificou a empresa de procedimento arbitral pelo acionista Verde Asset e alguns de seus fundos, segundo fato relevante. Os acionistas reclamam o recebimento dos dividendos mínimos obrigatórios declarados em assembleia de 30 de abril de 2015 cujo pagamento foi suspenso pela companhia. Lojas Americanas (LAME4)
A Lojas Americanas “engajou o Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil), com vistas à análise de operações relativas à estrutura de capital da companhia, que poderiam incluir um aumento de capital”, segundo comunicado em resposta a pedido de esclarecimentos. “Sem prejuízo disto, é prematura qualquer consideração sobre estrutura, volume ou prazo de qualquer operação no mercado de valores mobiliários, bem como sobre a finalidade a ser dada a eventuais recursos ingressados na companhia, valendo destacar a respeito que a companhia analisa permanentemente opções estratégicas de investimento, mas não comenta especulações de mercado”, destacou. Na quinta-feira, a Agência Estado informou que a varejista está sondando o mercado com a intenção de fazer uma oferta subsequente de ações na bolsa para reforçar caixa para possíveis aquisições que estão no radar. CCR (CCRO3)
A CCR Autoban protocolou em 2 de fevereiro junto à Anbima, “para submissão à CVM”, pedido de interrupção de análise da oferta de debêntures “por até 30 dias úteis, a contar da data de aprovação do referido pedido por parte da CVM”, segundo comunicado. A companhia e coordenadores da oferta pretendem “aprimorar a estratégia de colocação das Debêntures e adaptar, naquilo que for aplicável e adequado, a documentação da oferta, incluindo a documentação relativa à companhia” durante o período de interrupção. “Em razão do pedido de interrupção acima mencionado, está cancelado o procedimento de coleta de intenções de investimento dos potenciais investidores institucionais nas debêntures (“Procedimento de Bookbuilding”), agendado para ocorrer no dia 03 de fevereiro de 2017” Rumo (RUMO3)
A Rumo informou em comunicado a precificação e colocação no mercado internacional de Senior Notes 2024 por meio da subsidiária Rumo Luxembourg com vencimento em fevereiro de 2024 e juros de 7,375% ao ano, pagos semestralmente. “A Rumo utilizará os recursos líquidos decorrentes desta captação para quitação antecipada de dívidas. Esta emissão faz parte do processo de gestão da estrutura de capital da Companhia e tem como um dos objetivos a diversificação das fontes de financiamento do plano de investimentos da Rumo”, destacou a empresa. Oi (OIBR4)
A Oi disse em comunicado que continuará reunindo-se regularmente com seus credores, demais stakeholders e potenciais investidores, com vistas a reunir impressões, comentários e sugestões que contribuam para a viabilidade operacional e a sustentabilidade da companhia, segundo comunicado ao mercado. Na véspera, a Corte distrital de Amsterdã indeferiu pedido para que um dos veículos financeiros da Oi tivesse uma suspensão de pagamento convertida em falência. Klabin (KLBN11)
A Klabin aprovou emitir CRAs com lastro em R$ 945 milhões em debêntures. A Eco Securitizadora emitirá certificados de recebíveis do agronegócio com lastro neste valor a serem emitidas de forma privada para a Eco Consult, segundo ata da reunião do conselho da Klabin de 31 de janeiro. Os recursos serão destinados às atividades no agronegócio da Klabin no âmbito da silvicultura e da agricultura, em especial por meio do emprego dos recursos em investimentos, custos e despesas relacionados com o florestamento, reflorestamento, aquisição de defensivos agrícolas, adubos, madeira, serviços de manejo de florestas e de logística integrada de transporte de madeira, segundo o comunicado. A data de emissão das debêntures será 27 de março de 2017 com vencimento em 25 de março de 2022. As debêntures serão remuneradas a 98% do DI. Minerva (BEEF3)
O conselho de administração da Minerva autorizou a constituição de uma subsidiária da empresa na Inglaterra sob a razão social Minerva Europe, de acordo com ata de reunião realizada em 30 de janeiro enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre outras decisões tomadas, Abdulaziz Saleh Al-Rebdi foi nomeado membro do conselho da Minerva, em substituição a Mohammed Abdulaziz Alsarhan, que havia renunciado ao cargo, segundo o documento. A ata informa, ainda, que foi aprovada orientação de voto favorável, em Assembleia Geral Extraordinária, para aumento de capital do frigorífico colombiano Red Carnica, adquirido em 2015 pela Minerva por US$ 30 milhões. Bradesco (BBDC4)
O Bradesco fará teleconferência nesta manhã sobre os resultados do quarto trimestre de 2016. Ontem, as ações da companhia caíram forte na sequência do balanço do período, o que levou a um lembrete ao mercado: a recuperação do setor bancário será longa e não ocorrerá em linha reta (veja a análise no Insight do dia). Marfrig (MRFG3)
A Marfrig informou que BNDESPar ampliou a participação para 32,54% do capital da companhia. (Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado)
“A nova data para realização do Procedimento de Bookbuilding será também devidamente informado ao mercado se eventualmente retomada a Oferta”, informou a empresa. Em 8 de janeiro, o conselho da CCR Autoban havia aprovado emissão de R$ 800 milhões em debêntures com prazo de 5 anos. Os recursos seriam usados para resgate antecipado obrigatório da totalidade da 4ª emissão de notas promissórias.