Dia dos bancos: Itaú, Bradesco e BB disparam e ganham R$ 11 bilhões em valor de mercado

Puxou a alta destes papéis um relatório do Credit Suisse, que está otimista com os balanços dos bancos referentes ao quarto trimestre de 2016

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Em dia de noticiário bastante positivo, as empresas do setor financeiro na Bolsa, especialmente os bancos, dispararam e ajudaram o Ibovespa a renovar sua máxima em quase 5 anos. Considerando apenas o desempenho dos três maiores bancos do país (Itaú, Bradesco e Banco do Brasil), o ganho em valor de mercado chegou a R$ 10,953 bilhões.

Na liderança do índice ficou o Banco do Brasil (BBAS3), que subiu 6,31%, para R$ 32,00 e viu seu valor de mercado aumentar R$ 5,444 bilhões apenas hoje. Já o Bradesco (BBDC3, R$ 32,88, +1,73%; BBDC4, R$ 32,84, +2,24%) e o Itaú Unibanco (ITUB3, R$ 32,86, +1,89%; ITUB4, R$ 38,25, +1,35%), ganharam, respectivamente, R$ 2,692 bilhões e R$ 2,816 bilhões em valor de mercado.

Puxou a alta destes papéis um relatório do Credit Suisse, que está otimista com os balanços dos bancos referentes ao quarto trimestre de 2016 e vislumbram uma expansão sólida de lucro do setor neste ano. “Esperamos um forte conjunto de resultados no 4T16 para os bancos brasileiros, com nossa expectativa de melhora adicional na formação de NPL como um dos principais pontos positivos”, diz relatório assinado por Marcelo Telles, Lucas Lopes e Alonso García. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Apesar de esperar um PIB (Produto Interno Bruto) sem crescimento real para este ano no Brasil, o banco acredita que um ambiente de taxas mais baixas combinado com redução do risco da carteira de crédito deverá permitir que a melhora do custo de risco seja mais forte. Para 2018, analistas veem o crescimento de lucros como “mais desafiador”, mas um “grande espaço para otimização de capital”. 

Na avaliação dos especialistas, os papéis do Bradesco seguem como “top pick”. Eles entendem que o banco “deve registrar um significativos aumento sequencial da NII e pode começar a colher sinergias da aquisição do HSBC Brasil”. Já para o Itaú Unibanco eles chamam atenção para a possibilidade de serem apresentadas despesas de provisão abaixo do esperado, “devido a indicadores de qualidade de ativos muito saudáveis?no trimestre anterior”.

O trio alterou recomendação para as ações do Banco do Brasil de neutra para outperform. “Apesar de o banco ter sinalizado para baixo os resultados do 4T16, temos razões para acreditar em uma reação positiva, já que, apesar do aumento das provisões, as taxas de formação deverão mostrar melhora em relação ao 3T16 e antecipar ganhos significativos na Previ, revertendo a perda de R$ 4,9 bilhões para um ganho de R$ 2,4 bilhões”, escreveram a clientes.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.