Vale paga hoje R$ 81,6 mi em juros de debêntures; IPO de até R$ 1,18 bi e mais 6 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (16)

Lara Rizério

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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SÃO PAULO – O noticiário desta segunda-feira está movimentado na cena corporativa. A Vale pagará R$ 81,6 milhões em debêntures, o BTG Pactual iniciou cobertura para a Sanepar e a Movida, o grupo JSL, divulgou prospecto preliminar de IPO. Confira os destaques desta segunda-feira (16):

Vale (VALE3;VALE5)
A Vale pagará R$ 81,6 milhões em juros de debêntures em 16 de janeiro. ‎O pagamento de juros das debêntures da 8ª emissão será feito através do Banco Itaú Unibanco, banco liquidante das debêntures, disse a Vale em comunicado ao mercado.

Preços unitários são R$ 80,5 para cada uma das 600.000 debêntures da 1ª Série; R$ 81,8 para cada uma das 150.000 debêntures da 2ª Série; R$ 83,6 para cada uma das 150.000 debêntures da 4ª Série, disse a empresa. 

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Além disso, o BTG Pactual fez uma prévia para os resultados do quarto trimestre da mineradora. Os analistas esperam que a empresa reporte o melhor resultado dentro do universo de cobertura, com números fortes e boa qualidade (geração de caixa e alavancagem caindo pra duas vezes). A expectativa é de um EBITDA de US$ 4,7 bilhões, impulsionado pela alta no preço do minério. Contudo, eles seguem com recomendação neutra para a ação pelo fato de não acreditar que o preço do minério se mantenha nos níveis de US$ 80 a tonelada. 

Sanepar (SAPR4)
O BTG Pactual iniciou a cobertura para as ações da Sanepar com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 19,00 por ação.

A companhia é uma das top picks do setor do banco, com a revisão tarifária esperada para abril sendo o principal catalisador. Alguns destaques: (i) números preliminares da revisão são positivos e poderiam levar a um EBITDA de R$ 2,3 bilhões; (ii) a companhia é vista como mais eficiente que seus pares; (iii) reservatórios da Sanepar estão em níveis muito confortáveis.

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“A regulação é ponto chave para o case. A mudança para o modelo de retorno sobre base de ativos vai permitir os investimentos necessários. O timing aqui é crucial e reconhecemos que quanto mais perto das eleições estaduais de 2018, maior o risco de adiarem e/ou tenha interferência política. Conversamos com o regulador (Agepar) que parece 100% comprometido em entregar o processo a tempo. Nossas premissas da revisão incluem uma RAB de R$ 13,5 bilhões e um WACC de 8,68%”, afirmam os analistas.

Via Varejo (VVAR11)
O Safra reiniciou a cobertura para o Safra com recomendação outperform.  

Oi (OIBR4)
Segundo a Folha de S. Paulo, a proposta do fundo norte-americano Cerberus para a Oi deverá ser apresentada em fevereiro. O plano é injetar US$ 2 bilhões (cerca de R$ 6,44 bilhões). Além disso, os títulos de dívidas seriam pagos com grande desconto.

O argumento do fundo é que muitos dos atuais detentores (os “bond holders”) adquiriram os papéis no mercado secundário por um valor de apenas cerca de 15% do valor de face. Os bancos  receberiam parte de sua dívida em ações da nova companhia e o resto seria corrigido com juros abaixo do mercado.

Embraer (EMBR3)
A Widerøe acertou encomenda de até 15 aeronaves E2 da Embraer. O pedido da maior aérea regional da Escandinávia consiste em 3 pedidos firmes do modelo E190-E2 e opções de compra de 12 aeronaves da família, segundo comunicado. O pedido tem list price potencial de até US$ 873 mi, caso todos os pedidos sejam convertidos, diz a companhia. * “Os três pedidos firmes por E190-E2s foram incluídos no backlog do quarto trimestre de 2016”.

 Banco do Nordeste (BNBR3)
O Banco do Nordeste informou na sexta-feira que seu conselho de administração aprovou a desativação de 19 agências da instituição. Em comunicado, o banco controlado pelo governo federal afirmou que a medidas ocorre em “resposta a um cenário cada vez mais desafiador, no qual se exige a melhoria contínua da produtividade e da eficiência das instituições”. No último balanço divulgado pelo banco em seu site, referente a junho, o banco do Nordeste afirmava ter 307 agências.

Cemig (CMIG4)
A Cemig informou que o Comitê de negócios recomenda aprovar negócio entre Renova e AES Tietê.  A Renova Energia informou na madrugada de sexta-feira que fechou acordo com a AES Tietê para venda de conjunto de parques eólicos que formam o complexo Alto Sertão II, no interior da Bahia, por preço base de 650 milhões de reais. O acordo concede à AES Tietê direito de exclusividade na transação durante um período de 45 dias, e o preço estará sujeito a ajustes caso sejam satisfeitas determinadas condições.

O negócio deve ajudar a AES Tietê em sua estratégia, enquanto pode trazer alívio para as finanças da Renova, que tem um plano de investimentos bilionário para os próximos anos.  A venda do parque eólico deverá fazer com que a Renova, que tem a Cemig como principal sócio, coloque um freio por tempo indeterminado na busca por um novo sócio que poderia ajudar nas suas finanças, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta quarta-feira.

JSL (JSLG3)
A Movida Participações, empresa de locação de veículos, divulgou nesta segunda-feira prospecto preliminar sobre oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ordinárias, com preço por papel estimado entre 8,9 e 11,30 reais.

De acordo com o documento, a empresa, controlada pela empresa de logística JSL, ofertará, inicialmente, 78.202.247 ações ordinárias, sendo 71.460.674 novas ações ON a serem emitidas pela companhia (oferta primária); e 6.741.573 ações ordinárias de emissão da companhia e de titularidade do acionista vendedor (oferta secundária). A JSL aprovou alienar 23,47% da participação na Movida em oferta. 

O processo de bookbuilding começa nesta segunda-feira e será encerrado em 6 de fevereiro. O início de negociações das ações no segmento Novo Mercado da Bovespa está previsto para 8 de fevereiro.

Assumindo a colocação integral das ações inicialmente ofertadas, considerando os lotes suplementares e as ações adicionais, bem como o preço máximo da faixa indicativa, a operação pode movimentar 1,18 bilhão de reais.

Prumo (PRML3)
A EIG, composta por EIG Flame e EIG LLX, “está em tratativas com Itaú e Mubadala e tem a intenção de continuar com a Oferta Pública ao preço de R$ 10,51 por ação da Prumo, caso o Itaú e Mubadala aceitem aprovar o cancelamento de registro da companhia; e se comprometer a continuar como acionistas da companhia após a Oferta Pública (não alienando suas ações no leilão)”, segundo comunicado da Prumo com o posicionamento da EIG.

A “EIG ainda acredita que é do melhor interesse da companhia o cancelamento de registro, em razão da dificuldade de atração de recursos via mercado para o atendimento das necessidades da companhia”. A “EIG acredita ser essencial a realização da Oferta Pública na maior brevidade possível, tendo em vista a necessidade iminente de capital na companhia”.

Em 13 de janeiro, o controlador da Prumo elevou preço de oferta para OPA para R$ 10,51. De acordo com a Prumo, o “cronograma tem sido continuamente objeto de ameaças de obstrução por parte de acionistas minoritários ativistas, sem razão”. “Desta forma, caso as condições da EIG sejam atendidas e a Oferta Pública seja lançada, a EIG somente pagará o preço de R$ 10,51 por ação se não houver requisição de acionistas minoritários por um segundo laudo de avaliação”. Em 9 de janeiro, o laudo avaliou valor justo para ações na faixa entre R$ 9,98 e R$ 11,03. “Na visão da EIG, o ‘valor justo’ indicado no laudo de avaliação não reflete a situação da companhia e adota determinadas premissas que carecem de fundamento”, segundo o comunicado.

Marfrig (MRFG3)
Com relação à Operação Cui Bono? deflagrada na última sexta-feira pela Polícia Federal, a Marfrig informou que a empresa não foi alvo de qualquer medida da PF. De acordo com a empresa, a Caixa e fundos do banco estatal não são acionistas relevantes da companhia, segundo a resposta enviada a pedido de comentários. As operações com Caixa foram feitas em condições de mercado, com custos equivalentes aos dos bancos privados, garantias reais e sem qualquer tipo de privilégio, disse a empresa.

Todas as operações contratadas durante período apurado nas investigações, de 2011 a 2013, foram liquidadas no prazo e condições, segundo a Marfrig. O fundador e atual presidente do conselho de administração da Marfrig, Marcos Molina dos Santos, foi um dos alvos de operação da Polícia Federal, conforme o despacho do juiz da 10ª Vara Federal atendendo à representação do MPF. A assessoria de imprensa da Marfrig não se pronunciou sobre a menção a Molina no caso. 

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.