Atenção: as 6 ações para ficar de olho logo na abertura do pregão

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quarta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os últimos dias de 2016 estão sendo marcados pela baixa liquidez e uma agenda econômica mais tranquila. Contudo, vale ficar de olho no noticiário político nacional, em especial para as notícias de jornais de hoje que destacam um possível veto de Michel Temer ao projeto de ajuda aos estados aprovado na Câmara. Além disso, veja as seis ações para monitorar logo no início da sessão. Confira os destaques desta quarta-feira (28):

1. Bolsas mundiais
Os mercados mundiais registram leves variações, com os últimos dias do ano sendo marcados por baixa liquidez e uma agenda econômica fraca. A Bolsa de Tóquio fechou em leve baixa de 0,01% nesta quarta-feira pressionada por indicadores econômicos fracos em meio a um volume reduzido de negócios. Uma queda de 20% nas ações da Toshiba contribuíram para a fraqueza do índice. O mercado seguiu pressionado pelos efeitos persistentes de dados divulgados na terça que mostraram que os preços ao consumidor caíram pelo nono mês consecutivo em novembro, minando os esforços do governo para estimular a inflação. 

 Além disso, nesta quarta-feira, foram divulgados que a produção industrial japonesa aumentou 1,5% em novembro, em termos dessazonalizados, ligeiramente abaixo do aumento de 1,7% esperado pelos economistas. Por outro lado, as vendas no varejo subiram 1,7% em novembro na comparação anual, a primeira alta desde fevereiro. Entre os setores que mais apresentaram aumento nas vendas estão vestuário e carros. Na China, os mercados tiveram leve queda, com a confiança dos investidores sendo abalada pelas últimas medidas de um regulador para colocar os investimentos agressivos das segurados em ações sob supervisão mais rigorosa.

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Na Europa, a bolsa britânica tem leve alta na volta de Londres do feriado prolongado, com papéis de mineradoras em destaque. No mercado de commodities, o cobre avança com indicadores mostrando melhora da economia chinesa no quarto trimestre, enquanto o minério de ferro sobe no mercado chinês. Já o petróleo WTI sobe e passa de US$ 54, perto do maior nível em 17 meses, à espera de que cortes de produção reduzam o excesso de oferta global do produto.

Às 7h53, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,31%

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* CAC-40 (França) -0,03%

*DAX (Alemanha) +0,01%

* Xangai (China) -0,39% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,83% (fechado)

* Nikkei (Japão) -0,01% (fechado)

*Petróleo brent +0,52%, a US$ 56,38 o barril

*Petróleo WTI +0,45%, a US$ 54,14 o barril 

2. Agenda de indicadores
O único indicador doméstico a ser divulgado nesta quarta-feira é o fluxo cambial semanal, às 12h30. Às 13h, serão conhecidas as vendas de moradias nos Estados Unidos e, às 13h30, a sondagem industrial do Fed de Dallas, também nos EUA.
3. Veto ao socorro a estados
Conforme informa o jornal Folha de S. Paulo, após reunião na véspera com os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), o presidente Michel Temer manifestou a intenção de vetar o projeto de socorro aos Estados em situação mais crítica. Caso isso ocorra de fato, o governo deve enviar um novo projeto ao Congresso. O principal motivo do veto foi a decisão da Câmara de derrubar praticamente todas as contrapartidas que os Estados em situação financeira calamitosa teriam que cumprir para aderir ao regime de recuperação fiscal. Confira mais detalhes clicando aqui.

Além disso, destaca-se que a reunião entre Meirelles e Temer também teve como objetivo fazer um balanço das medidas econômicas anunciadas pelo governo e avaliar possíveis novas ações. 

4. Noticiário político
Além da agenda de Temer, o noticiário também traz como destaque diversas notícias sobre possíveis delações. Segundo a Folha, a negociação de delação premiada do marqueteiro João Santana com a Operação Lava Jato está em estágio avançado e uma das “cerejas do bolo”  seria o detalhamento do uso de dinheiro da Odebrecht para pagar o cabeleireiro de Dilma Rousseff, Celso Kamura. 

Ainda sobre a Odebrecht, o governo do Panamá anunciou na terça que irá cancelar um contrato de 1 bilhão de dólares com a Odebrecht para o desenvolvimento da hidrelétrica Chan II, depois de a empreiteira ter se declarado culpada na semana passada de pagamento de suborno em vários países, entre eles o Panamá.

5. Noticiário corporativo
Entre as ações para ficar de olho logo na abertura do pregão estão a da holding do Itaú Unibanco, Itaúsa (ITSA4), que informou que sofrerá um impacto negativo (impairment) de cerca de R$ 260 milhões em seu balanço de 2016 por conta de sua controlada Elekeiroz. Atenção também para a Cielo (CIEL3), que teve seu preço justo cortado pelo Itaú BBA de R$ 40,50 para R$ 34,00 diante das mudanças regulatórias do setor propostas pela governo. As ações da Kroton (KROT3) devem sentir os reflexos da notícia de que pretende vender unidades presenciais em cidades onde há concentração do mercado superior a 30%. Vale monitorar também os papéis da Vale (VALE3; VALE5), após o minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechar em alta de 1,59%, a US$ 80,68. As ações da elétrica Taesa (TAEE11) devem reagir à informação de que os fundos Coliseu e Taurus venderam 26,03% das ações ON da companhia, 14,88% do capital social da empresa, para a Interconexión Eléctrica, por R$ 1,056 bilhão. Foco também na CCX (CCXC3), que aprovou em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) a dissolução e a liquidação da CCX Colômbia. A dissolução e liquidação da subsidiária é composta por diversas etapas que tendem a consumir, no mínimo, 6 meses. A medida foi proposta e adotada no contexto de redução de custos e despesas da companhia e sua estrutura.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.