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SÃO PAULO – Nos últimos dias, o volume financeiro na BM&FBovespa caiu drasticamente, e até o fim do ano isso só deve piorar, mas nem por isso o investidor deve esquecer completamente do mercado. A última semana de 2016 terá uma agenda bastante fraca de indicadores, mas experiências de outros anos mostram que mesmo que o investidor decida entrar realmente no ritmo de férias, é importante se manter atento ao noticiário para caso uma emergência surja e ele precise voltar ao mercado.
Um caso bastante emblemático foi o de 2014, quando no último dia do ano o governo anunciou mudanças nas regras do Fies e fizeram as ações das companhias educacionais afundarem na Bolsa. Dada a grande “enxurrada” de medidas que o presidente Michel Temer tem apresentado, não seria nenhuma surpresa se na próxima semana algo novo surgisse e afetasse o mercado. Lembrando que em um cenário de baixa liquidez como o atual, esses movimentos poderiam ser ainda mais potencializados.
O investidor também precisa ficar de olho no noticiário político, já que, apesar do Congresso já estar em recesso, não é possível prever se alguma delação ou novidade vinda da Operação Lava Jato poderá ser apresentada. Nos últimos dias, a Braskem fechou acordos nos EUA – o que acabou impactando a ação -, além de alguns rumores sobre uma possível denúncia de órgãos americanos contra os ex-presidentes Lula e Dilma.
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Na agenda, destaque para o pronunciamento de Temer neste sábado em rede de rádio e televisão. Em sua fala, o presidente irá buscar transmitir uma “mensagem de otimismo” para 2017 e fazer um balanço para a população do seu governo. Na agenda, a próxima semana terá ainda a divulgação de dados de emprego com a Pnad contínua. Por fim, é importante destacar que na segunda-feira (26) Wall Street ficará fechado, enquanto na sexta-feira (30) será a vez da Bovespa não abrir.
Para a equipe do Credit Suisse, os destaque da próxima semana ficam para as divulgações dos resultados fiscais do setor público e da taxa de desemprego da Pnad contínua, referentes ao mês de novembro. Os analistas projetam déficits primários de R$ 45,5 bilhões do setor público consolidado e de R$ 50,4 bilhões do Governo Central. Além disso, eles esperam uma taxa de desemprego estável em 11,8% em novembro.
Confira os destaques da próxima semana:
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Pronunciamento de Temer
O presidente Michel Temer fará no sábado um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV para buscar transmitir uma “mensagem de otimismo” para 2017 e fazer um balanço para a população do seu governo. Segundo assessores, ele vai dizer que, nestes sete meses de governo, já tomou várias medidas para reorganizar o país, mas dirá que ainda há muito a fazer para que a economia volte a crescer ainda no próximo ano.
Indicadores fiscais
Na segunda-feira (26), ainda sem horário definido, será apresentado o Resultado Primário do Governo Central. Em novembro do ano passado foi registrado um déficit de R$ 22,6 bilhões e a média histórica para meses de novembro é de um superávit ao redor de R$ 2,7 bilhões. O Resultado Primário do Setor Público consolidado, que inclui os Estados e Municípios, que também estão em situação fiscal delicada, devem confirmar o consenso de piora dos resultados fiscais no curto prazo.
Pnad Contínua
O indicador será divulgado na quinta-feira (29), às 9h, e a expectativa é que a taxa de desemprego fique estável em 11,8%. No resultado anterior, o índice mostrou uma população desocupada foi de 12 milhões de pessoas, estável na comparação com o trimestre de maio a julho de 2016, mas 32,7% maior (mais 3 milhões de pessoas) em relação a igual trimestre de 2015. Já a população ocupada (89,9 milhões de pessoas) apresentou redução de 0,7%, quando comparada ao trimestre de maio a julho de 2016, enquanto a comparação com 2015 foi de queda de 2,6% (menos 2,4 milhões de pessoas).
Bolsas fechadas
Na segunda-feira (26), as bolsas nos EUA ficarão fechadas por conta do Natal, deixando o mercado brasileiro sem a referência americana, o que deve deixar o volume bem mais baixo do que vem sendo nestes últimos dias. Enquanto isso, a Bovespa não abrirá no último dia útil do ano, sexta-feira (30).