Atenção: as 4 ações para ficar de olho no início do pregão

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quarta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa apresentou leve recuperação na última terça-feira, fechando em alta de 0,83%. Nesta quarta, o mercado ficará de olho nos dados econômicos, com destaque para o IPCA-15 e para os estoques de petróleo, este último devendo mexer com as ações da Petrobras. Confira no que se atentar nesta quarta-feira (21):

1. Bolsas mundiais
As bolsas mundiais têm um dia próximo à estabilidade, com o noticiário mais fraco e na expectativa pelos dados americanos a serem revelados durante a tarde. Já na Ásia, o destaque fica para a bolsa de Xangai, que subiu mais de 1% em um movimento de recuperação diante da redução dos receios de um aperto de liquidez no sistema bancário após um escândalo envolvendo títulos, além de uma promessa de aprofundar as reformas nos setores estatais. 

Os investidores mostraram maior tranquilidade após a Sealand Securities, uma corretora envolvida em um escândalo, dizer nesta quarta-feira que assumirá a responsabilidade por acordos de títulos falsificados. A declaração aliviou preocupações com um aperto de liquidez, provocando forte recuperação nos preços dos títulos.

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Além disso, a Comissão de Supervisão e Administração de Ativos disse que a China impulsionará vigorosamente as reformas de propriedade mista em setores como telecomunicações, aviação e defesa. No Japão, a queda do iene levou os mercados japoneses à máxima de um ano, mas diante da realização de lucros o índice Nikkei fechou com queda de 0,26%.

Já o petróleo tem 4ª alta seguida após API indicar queda dos estoques americanos; já o cobre sobe junto com outros metais após estoques do produto interromperem alta e com otimismo sobre demanda.

Às 7h55, este era o desempenho dos principais índices:

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* FTSE 100 (Reino Unido) +0,04%

* CAC-40 (França) -0,15%

*DAX (Alemanha) +0,06%

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* Xangai (China) +1,15% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) xx% (fechado)

* Nikkei (Japão) -0,26% (fechado)

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*Petróleo brent +0,74%, a US$ 55,76 o barril

2. Agenda de indicadores 
O principal dado doméstico é a inflação de dezembro medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), que será conhecida às 9h. Mediana de levantamento da Bloomberg aponta para um alta de 0,29% na comparação com novembro e de um avanço acumulado em 2016 de 6,70%. O resultado efetivo deve balizar as apostas do mercado sobre a possibilidade de a alta de preços medida pelo IPCA fechar abaixo do teto da meta de 6,5%. Mais tarde, às 15h, o CMN (Conselho Monetário Nacional) se reúne e deve definir nova TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) para 1º trimestre de 2017, atualmente em 7,5%; a estimativa em pesquisa Bloomberg é que taxa seja mantida. Às 12h30, o BC divulga fluxo cambial semanal. 

Lá fora, destaques para os estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos, às 13h30; a expectativa é de uma queda de 2,43 milhões de barris no estoque. Antes disso, às 13h, serão revelados os dados de vendas de casas usadas. 

3. Dívida dos Estados
Em Brasília, as atenções se voltam para a derrota do ministério da Fazenda na Câmara dos Deputados, que aprovou nesta terça-feira (25) a renegociação das dívidas dos estados com a União nos termos acordos entre as lideranças do partido e com pontos contrários às propostas da equipe econômica do governo. O principal ponto de atrito dizia respeito às contrapartidas exigidas dos Estados para que pudessem renegociar suas dívidas.

Em nota, a Fazenda afirmou que não o mudará a disposição da equipe econômica em pedir medidas de reequilíbrio fiscal e  informou que continuará a exigir contrapartidas dos estados que pedirem socorro ao governo federal. “O governo tomará todas as medidas para que as propostas [de renegociação] aprovadas assegurem que os estados readquiram o equilíbrio fiscal e financeiro. Serão aprovados os planos que, de fato, viabilizem esse equilíbrio”, destacou o comunicado.

4. Novidade InfoMoney
O InfoMoney acaba de lançar a página de cotações de e contratos e minicontratos futuros de dólar e Ibovespa Futuro. O acesso é totalmente liberado e quem acessá-la ainda terá acesso a um ebook gratuito de 23 páginas com tudo que você precisa saber para operar no mercado futuro. Para acessá-la, clique aqui.

Também vale destacar programa especial realizado pela InfoMoneyTV sobre o legado de 2016 e as nebulosas perspectivas para o xadrez político no ano seguinte, com os analistas políticos Carlos Melo e Richard Back. Na avaliação dos especialistas, a sequência de quedas de ministros importantes do governo, o resultante aumento das especulações por uma reforma ministerial já em janeiro, além do anúncio de um pacote de estímulos à economia repleto de medidas “requentadas” alimentam comparações entre o atual momento vivido pela gestão Michel Temer e as experiências do governo Dilma Rousseff antes do impeachment. Para o ano seguinte, as expectativas são de que as semelhanças poderão aumentar. Para acessar o primeiro bloco do programa, clique aqui.

5. Noticiário corporativo
Entre as ações para monitorar no início do pregão estão as da Petrobras (PETR3; PETR4), que afirmou estar trabalhando na reformulação de sua sistemática para desinvestimento, com vistas a ajustá-la às determinações do TCU. Mais tarde, os papéis da estatal também devem reagir ao dado dos estoques norte-americanos de petróleo, que serão divulgados às 13h30. Foco também na Vale (VALE3; VALE5), que anunciou um acordo com a BHP Billiton para eventualmente ceder a cava de Timbopeba para depósito de rejeitos de mineração pela Samarco, uma vez que ela volte a operar. Os papéis da mineradora também devem reagir à queda de 0,54% do minério de ferro, negociado com 62% de pureza no porto chinês de Qingdao, cotado a US$ 79,19. Atenção ainda à Embraer (EMBR3), que teve sua recomendação de compra elevada de market perform (em linha com a média do mercado) para outperform (acima da média do mercado). Já as ações da Rumo (RUMO3) devem ser influenciadas pela notícia de que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) realizará audiência pública sobre a eventual prorrogação do prazo do contrato da concessionária América Latina Logística Malha Paulista. De acordo com o BTG Pactual, este é um passo importante que indica que a renovação deve ser mesmo assinada no curto prazo. 

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.