Uma ação para quem tem “estômago forte”, as elétricas para comprar na Bolsa e mais recomendações

Confira as principais recomendações que agitam o mercado nesta sexta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta sexta-feira (16) é bastante movimentado para as empresas, com destaque para diversas revisões de recomendações que, inclusive, afetam as ações na Bolsa, principalmente no caso da Cielo, que vê suas ações dispararem mais de 6%. Confira as recomendações que ganharam destaque nesta sexta:

BB Seguridade (BBSE3)
Em relatório, o Itaú BBA introduziu preço justo no fim de 2017
de R$ 33,8 ante R$ 34 no fim de 2016 para as ações da BB Seguridade, mantendo recomendação outperform para os ativos, dado a natureza mais defensiva do ativo, o dividend yield relativamente alto e a expectativa por crescimento dos lucros no ano que vem, apesar dos resultados financeiros piores. 

Cielo (CIEL3)
Após a queda de quase 6% na véspera em meio ao pacote de estímulos do governo, o Bradesco BBI fez uma recomendação surpreendente e elevou a recomendação das ações da Cielo de neutro para outperform. 

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 Uma das medidas é a redução do prazo de pagamento das chamadas credenciadoras, como a Cielo, para o lojista, ou do custo do crédito rotativo ao consumidor. No caso de ser adotada a primeira hipótese, na prática as credenciadoras teriam uma pressão sobre ganhos financeiros obtidos com a antecipação de recebíveis. De acordo com o Bradesco BBI, é hora de comprar a ação, uma vez que o risco para o papel parece precificado.  

O banco fixou novo preço-alvo com base no fluxo de caixa descontado de R$ 33 para fim de 2017, prevendo recompensas grandes para aqueles com estômagos fortes diante de múltiplos baratos, segundo relatório assinado por Rafael Frade. Confira mais clicando aqui

Siderúrgicas
As siderúrgicas devem manter volatilidade e expandir margem em 2017, de acordo com relatório do Bradesco BBI. De acordo com os analistas, as siderúrgicas no Brasil têm potencial de alta razoável, enquanto volatilidade deve provavelmente persistir.

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A Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) são top picks com ratings outperform mantidas; Ternium é neutra. O preço-alvo Gerdau foi elevado a R$ 16 por ação (US$ 4,60 o ADR), enquanto o preço-alvo da Usiminas foi reduzido de R$ 6,50 para R$ 6,00. 

Ainda que admita que a economia do Brasil deve, provavelmente, demorar para se recuperar, o banco destaca algumas tendências em vigor, como melhora de poder de preços e prêmios maiores sustentáveis frente às importações no Brasil diante da demanda estável, preços do aço internacional mais elevados e um real mais fraco (e volátil). O banco também cita desativação de capacidade em esfera global, em especial na China, implicando melhora das margens das siderúrgicas. O banco vê ainda recuperação da demanda estrutural por aço no Brasil e vê 2ºsem/17 como ponto de guinada, além de citar perspectivas de melhora da demanda nos EUA diante dos investimentos potencialmente maiores.

Elétricas
O Santander revisou as perspectivas para o setor elétrico tendo em vista o ano de 2017. Entre os destaques, o banco elevou a recomendação para os papéis da Taesa (TAEE11) de neutra para compra e a colocou como a nova top pick do setor, com o preço-alvo passando de R$ 24,70 para R$ 25,40. Os analistas apontam para a forte geração de caixa da companhia, o bom time de gestão com uma história de disciplina fiscal, o risco regulatório baixo, eficiência operacional e potencial crescimento com fusões e aquisições e novos projetos.

“Nós também continuamos gostando de Sabesp (SBSP3), AES Tietê (TIET11) e Energisa (ENGI11), que podem ser boas alternativas apesar da volatilidade em potencial no primeiro trimestre de 2017″, afirmam os analistas. As três ações seguem com recomendação de compra, com preços-alvo respectivos de R$ 37,52, R$ 18,00 e R$ 25,26.

A Copasa (CSMG3) também teve a recomendação elevada de neutra para compra, com novo preço-alvo de R$ 43,35. A Eletropaulo (ELPL4), por sua vez, segue com recomendação underperform e o preço-alvo foi reduzido de R$ 13,33 para R$ 8,64. 

Usiminas (USIM5)
Os analistas do BTG Pactual mantiveram a recomendação para as ações da Usiminas para neutra, com preço-alvo de R$ 5,00.

O banco participou de roadshow da companhia e a leitura geral é de melhora no case, principalmente após a renegociação de dívidas e ajuste nas operações, o que permite a companhia ter tempo para esperar a recuperação de demanda que permita a recuperação de lucro.

“A companhia tem focado em corte de custos, o momento de preço segue forte e deve continuar ajudando papel no curto prazo. A recomendação neutra permanece por conta das pressões de custos (carvão), fraca recuperação de demanda e disputa entre os acionistas controladores”, afirmaram os analistas. 

(Com Bloomberg) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.