Correção: Gafisa venderá 30% das ações da Tenda por R$ 539 mi; 6 recomendações, Petrobras e mais no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (14)

Lara Rizério

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Correção: ao contrário do que informamos mais cedo, a recomendação da Cesp foi mantida para outperform pelo Itaú BBA e não cortada para market perform. 

SÃO PAULO – O noticiário é movimentado no cenário corporativo nesta quarta-feira (14), com destaque para as notícias sobre a Petrobras, que liquidou dez ações movidas por investidores em Nova York. As recomendações de ações também são destaque, assim como a notícia de que a Gafisa, após desistir do IPO da Tenda, anunciou a proposta de venda de 30% dos papéis da construtora por R$ 539 milhões. Confira no que se atentar nesta quarta:

Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras liquidou 10 ações movidas em Nova York por investidores com reclamações sobre os recursos que eles perderam sobre títulos da estatal. Os investidores alegavam que a Petrobras fez comunicações enganosas ao mercado sobre esquema de propinas envolvendo executivos da estatal e funcionários do governo.

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A Aberdeen Asset Management, Departamento de Receita do Alaska, Abbey Life Assurance Co., Dimensional Funds e Manning & Napier Advisors estão entre os investidores que fecharam acordo. Os termos não foram revelados nos documentos judiciais disponibilizados na última terça-feira.  

Ainda sobre a Petrobras, o Valor Econômico informa que a Sete Brasil chega à véspera da assembleia geral de credores, prevista para amanhã, sem ter resolvido um impasse com a estatal. A Petrobras deu sinais, segundo fontes, de não ter interesse na continuidade do projeto das sondas de perfuração da Sete, cujos ex-administradores foram envolvidos pela operação Lava-Jato. Na Petrobras, a visão é de que o impasse foi determinado pelo fato de que não foi possível começar nem uma mediação privada entre as partes uma vez que o acionista controlador da Sete, o FIP Sondas, optou por manter-se ausente das discussões.

Recomendações
O Santander divulgou relatório em que fez a revisão para o setor de alimentos e bebidas para o ano que vem. O banco introduziu o preço-alvo no fim de 2017 em R$ 20,00 por ação para as ações da Ambev (ABEV3), substituindo os R$ 21,00 no fim de 2016. A recomendação é de manutenção.

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A Minerva (BEEF3), por sua vez, teve o preço-alvo elevado no fim de 2017 de R$ 15,00 para R$ 18,00 e é a top pick do setor frigorífico, com recomendação de compra. Já para a BRF (BRFS3), o preço-alvo no fim de 2017 foi reduzido de R$ 66,00 para R$ 64,00 por ação, com recomendação de compra. Por fim, a JBS (JBSS3) teve o preço-alvo revisado de R$ 23,00 para R$ 16,00, com recomendação de compra.

Segundo os analistas do banco, a visão positiva para as ações da Minerva está baseada em um potencial de alta dado os níveis correntes, a perspectiva de lucros e a dinâmica positiva do setor. Já sobre a Ambev, os analistas destacam que o Brasil segue como a principal praça para a empresa e, apesar de ter perdido espaço nas vendas, a companhia tem a capacidade de aumentar o volume de vendas, o que deve ser um catalisador chave. Contudo, o cenário segue desafiador para a companhia.

Telefônica (VIVT4)
O Itaú BBA reduziu o preço justo para os papéis da empresa de R$ 54,50 para R$ 50,50 em 2017, mantendo a recomendação de outperform (acima da média do mercado). Apesar da redução, a estimativa embute uma valorização de 19,6%, uma vez que a cotação atual do VIVT4 é de R$ 42,18.

Em relatório para atualizar as estimativas sobre a empresa após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o banco de investimento aponta a operadora como “uma alternativa de investimento defensiva”, cujo histórico carrega “opcionalidades” que devem gerar upside adicional. “Esperamos que a nova regulação – recentemente aprovada no Senado – gere um adicional de R$ 2,60 a R$ 4 por ação ao nosso preço justo de 2017”, diz o relatório. No médio e longo prazo, iniciativas de digitalização e a consolidação do mercado de celulares podem gerar um um retorno total de 27%.

Elétricas
O Itaú BBA revisou o setor elétrico para o Brasil, destacando o momento peculiar do setor de geração de energia e alertando para o excesso de oferta pelo menos até 2020. O déficit elétrico permanece baixo, enquanto os preços spot provavelmente deve, ficar abaixo de R $ 100 / MWh em 2017. De acordo com os analistas, a Copel (CPLE6) continua a ser o nome mais barato e seguem positivos com Alupar (ALUP11), Energias do Brasil (ENBR3), Cesp (CESP6) e Light (LIGT3) no setor de energia e Sabesp (SBSP3) e Copasa (CSMG3) no setor de saneamento. Os analistas mantiveram a recomendação para a Cesp para outperform, com preço-alvo de R$ 16,00. 

Embraer (EMBR3)
O primeiro-ministro de Moçambique Carlos do Rosario, afirmou que a Procuradoria-Geral da República do país investiga Possível corrupção envolvendo a LAM Moçambique Airlines e a Embraer. A investigação se concentra na venda de aeronaves em 2009 e 2010. 

Usiminas (USIM5)
A disputa entre os grupos controladores da siderúrgica ganhou mais um capítulo. Desta vez, informa o Valor Econômico, conselheiros do grupo ítalo-argentino Ternium, dos funcionários e dos minoritários pediram à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o reconhecimento de Sérgio Leite como presidente da empresa. Ele havia sido destituído do cargo pela Justiça.

Eletropaulo (ELPL4)
A companhia elétrica Eletropaulo, a Brasiliana Participações e a AES Elpa informaram que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou ontem a reorganização societária envolvendo as companhias nas propostas que serão debatidas em assembleias a serem realizadas no dia 23 de dezembro. Segundo determinação da Aneel, as companhias devem implementar a reestruturação no prazo de 120 dias.

As companhias informaram que “darão seguimento à obtenção das aprovações societárias bem como ao cumprimento das demais condições necessárias à implementação da reestruturação, mantendo o mercado devidamente informado, nos termos da regulamentação aplicável”.

Gafisa (GFSA3)
A construtora Tenda descartou o plano de lançar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), cuja precificação estava prevista para esta quarta-feira, devido às condições atualmente desfavoráveis do mercado.

Em comunicado divulgado nesta manhã, a empresa diz que solicitará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o cancelamento do pedido de registro da oferta. Ainda no documento, Tenda e Gafisa informam que estão “trabalhando na análise de alternativas estratégicas para a unidade de negócios Tenda, visando à maximização de valor para o acionista da Gafisa”.

Em 12 de dezembro, a Reuters publicou que vários grandes investidores que se reuniram com a Gafisa, dona da Tenda, e os bancos envolvidos no negócio disseram que a operação ficaria bastante razoável a 12,50 reais por ação ou menos. O teto da faixa foi fixado em 16,50 por ação.

Após esta notícia, a companhia ainda informou esta manhã que seu conselho de administração aceitou proposta da Jaguar Growth Asset Management para vender, em operação privada, até 30 por cento das ações da construtora de imóveis econômicos Tenda ao preço de 8,13 por papel, informou a empresa em fato relevante nesta quarta-feira. 

O contrato, que avalia a Tenda em 539,02 milhões de reais, prevê pagamento de 50 milhões de reais até 31 de dezembro de 2018 e do saldo restante até o término de 2019, podendo ser antecipado, segundo o comunicado. Ainda de acordo com o documento, os acionistas da Gafisa poderão exercer direito de preferência para aquisição de ações correspondentes a 20 por cento do capital social da Tenda.

BR Insurance (BRIN3)
O Conselho de Administração da BR Insurance anunciou que Luiz Roberto de Salles Oliveira assumirá o cargo de diretor-presidente da companhia no lugar de Marcelo Moojen Epperlein a partir de 16 de janeiro de 2017. Com isso, Luiz Roberto renunciou na véspera ao cargo de presidente do Conselho de Administração, que será presidido por Márcio Guedes Pereira Júnior.

Localiza (RENT3)
A Localiza concluiu a emissão de R$ 750 milhões em debêntures, sendo R$ 250 milhões para Fledet.  

Restoque (LLIS3)
O Conselho da Restoque aprovou a saída de Paulo José Marques Soares do cargo de Diretor Presidente e do cargo de Vice Presidente de Finanças da companhia. Com isso, foi eleito Marcelo Moojen Epperlein para ocupar o cargo de Diretor Presidente, com mandato que se iniciará em 16 de janeiro de 2017 e se encerrará em 5 de maio de 2017. Além disso, foi eleito Livinston Martins Bauermeister para ocupar o cargo de Diretor Geral de Operações da companhia, com mandato que se iniciou ontem e se encerrará em 5 de maio de 2017. De acordo com o BTG Pactual, o mercado deve reagir mal à notícia. 

OdontoPrev (ODPV3)
A OdontoPrev comunicou que seu Conselho de Administração aprovou, em reunião, o pagamento de juros sobre capital próprio relativo ao quarto trimestre de 2016, no montante de R$ 11,8 milhões.  O valor líquido de R$ 0,018888348 por ação será pago em 4 de janeiro de 2017.

CSU CardSystem (CARD3)
O Conselho da CSU aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor total de R$ 12,8 milhões, o que corresponde ao valor bruto por ação de R$ 0,31018254. O pagamento será feito até 30 de janeiro de 2017 e com base na posição acionária da companhia de 21 de dezembro, sem incidência de correção monetária. A partir de 22 de dezembro as ações passarão a ser negociadas “ex juros sobre capital próprio”.

Weg (WEGE3)
O Conselho da Weg aprovou na terça o pagamento de juros sobre capital próprio no valor total de R$ 126.976.310,00, correspondente a R$ 0,078705882 por ação. O pagamento será feito com base na posição acionária do dia 16 de dezembro e será debitado aos acionistas em 15 de março de 2017. O valor líquido por ação será de R$ 0,066900000, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%.

Fras-Le (FRAS3)
O Conselho de Administração da Fras-Le aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no montante de R$ 6.788.664,53, a todos os acionistas detentores de ações após o pregão da véspera. A remuneração por ação é de R$ 0,031639 e o pagamento será iniciado no dia 25 de janeiro de 2017.

(Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.