Ibovespa Futuro acompanha queda do petróleo e perde os 63 mil pontos em dia de agenda cheia

Dia começa negativo para contratos futuros do índice acionário brasileiro após sessão de forte alta na véspera

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Após uma forte alta para o principal índice acionário nacional na véspera, o Ibovespa Futuro iniciou a terça-feira (29) em queda. Às 9h03 (horário de Brasília), os contratos futuros do índice com vencimento em dezembro operavam com perdas de 0,93%, a 62.800 pontos, com os investidores atentos ao cenário político nacional e indicadores externos. Por aqui, está marcada a sessão no Senado que votará a PEC do teto de gastos em primeiro turno, enquanto entre os indicadores, o IBGE apresenta os dados de emprego da Pnad contínua. No exterior, o destaque fica com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos. Por lá, o dia é misto com os investidores também atentos à aproximação de um possível acordo de congelamento de produção entre os países-membros da Opep.

No mesmo horário, os contratos de dólar futuro com vencimento em dezembro operavam próximo à estabilidade, com variação positiva de 0,03%, sinalizando cotação de R$ 3,387. Do lado dos DIs, o dia é de queda, com os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 recuando 2 pontos-base, a 12,11%, enquanto os de vencimento em janeiro de 2021 caíam 4 pontos-base, a 11,88%.

Confira no que se atentar na sessão desta terça-feira:

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Bolsas mundiais
As bolsas europeias operam entre perdas e ganhos nesta terça, com os investidores de olho nas conversas entre os membros da Opep sobre o acordo de produção de petróleo e também na incerteza política antes do importante referendo na Itália no próximo domingo. O índice de blue-chips chinês CSI300 subiu pelo sétimo dia consecutivo, chegando à máxima de 11 meses, com as grandes indústrias superando facilmente as ações ligadas ao crescimento. Os investidores foram incentivados por mais sinais de que a economia chinesa está se estabilizando, com uma pesquisa da Reuters mostrando que a atividade do setor industrial provavelmente se manteve em uma tendência de expansão modesta neste mês.

Este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,75%

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* CAC-40 (França) +0,40%

* DAX (Alemanha) -0,04%

* Xangai (China) +0,18% (fechado) 

*Hang Seng (Hong Kong) -0,41% (fechado) 

*Nikkei (Japão) -0,27% (fechado)

*Petróleo brent -1,93%, a US$ 47,31 o barril

Indicadores internacionais
O destaque do dia fica com a divulgação do PIB dos Estados Unidos referente ao terceiro trimestre, a ser divulgado às 11h30 (horário de Brasília). Ainda hoje, o mercado também monitora os dados da confiança do consumidor norte-americano, às 13h, e os discursos do diretor do Fed de Nova York, William Dudley, às 12h15, e do Diretor do Fed Jerome Powell, às 15h40. No radar, os investidores também ficam de olho na reunião da Opep para decidir sobre um acordo para a produção de petróleo. Na véspera, especialistas da Organização terminaram uma reunião sem concordar sobre os detalhes concretos da redução de produção que será apresentada na reunião do dia 30 de novembro.

Agenda doméstica 
Às 9h, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publica a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua e os dados da indústria de transformação, referentes a outubro. Em Brasília, às 10h, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado discute, entre outros assuntos, o projeto de lei 588/2015, que tributa lucros e dividendos de pessoas jurídicas. Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) inicia seu encontro de dois dias nesta terça.

O destaque, porém, fica com a votação, em 1º turno da PEC do teto de gastos no Senado. A expectativa do governo é de uma aprovação folgada, o que pode ajudar a aliviar a crise política atual. Na véspera, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a proposta deverá ter entre 62 e 65 votos.

Especiais
Em destaque no site do InfoMoney nesta terça-feira, uma matéria especial explica todos os detalhes sobre o referendo na Itália que ocorrerá neste fim de semana e pode gerar uma nova crise na Zona do Euro, como ocorreu com o “Brexit”. A população irá às urnas para definir sobre uma grande reforma constitucional que pode mudar o rumo das relações do país com o resto da Europa. Para conferir a matéria completa, clique aqui.

Além disso, destaque para a entrevista exclusiva com o diretor executivo e economista sênior do CME Group, Erik Norland, sobre as expectativas para a próxima reunião da Opep, que pode marcar um acordo de congelamento de preços entre os países-membros. Para o especialista, o mercado estaria otimista demais com o êxito das negociações, mas caso o acordo ocorra, os preços da commodity poderão subir até US$ 65 o barril. Confira a matéria clicando aqui.

Noticiário corporativo
Às 13h, ocorre o “Vale Day” em Nova York. Na avaliação do Bradesco, entre os assuntos a serem monitorados o Capex e as perspectivas de produção, medidas de redução de custos e aumento de competitividades. A revista Veja adiantou que a mineradora anunciará que não vai mais vender ativos. Na noite de ontem, a mineradora confirmou o pagamento de R$ 857 milhões em juros sobre capital próprio. Enquanto isso, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, destacou ontem que a companhia mantém a meta de realizar US$ 15,1 bilhões em desinvestimentos no período 2015-2016. No radar, destaque ainda para uma aquisição da Senior Solution e da captação de R$ 1 bilhão da Suzano. Para saber mais, clique aqui.

Acidente na Colômbia
A terça-feira amanhece com comoção geral em meio à notícia da queda do avião que levava a delegação da Chapecoense à cidade de Medellín, na Colômbia, onde a equipe disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana. No momento, fala-se em 75 mortes entre jogadores, comissão técnica, jornalistas, convidados e tripulação.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.