Recuperação da Oi, acordo da Cosan, venda da Petrobras no pré-sal e mais 6 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é carregado nesta quarta-feira, especialmente com informações relacionadas à Oi, que tem uma dívida de R$ 65 bilhões e está em processo de recuperação judicial. Além disso, planos da Kroton para extinguir modalidade de ensino na Estácio, acordo entre Cosan e Shell, e a primeira venda de um campo do pré-sal pela Petrobras estão entre os destaques:

OI (OIBR3; OIBR4)
Segundo o jornal Valor Econômico, detentores de bônus da companhia telefônia representados pelo fundo de investimento Moelis estão questionando a empresa na Justiça para que a operadora responda a pedidos de informações e apresente listas de credores separadas para cada uma das empresas em recuperação judicial. Este comitê assessorado pelo Moelis alega que, desde que anunciou sua recuperação judicial em junho deste ano, a Oi não se engajou em negociações.

Enquanto isso, os credores se articulam e disputam a melhor posição na reestruturação da companhia. Fontes disseram à Bloomberg, que os fundos Attestor Capital e York Capital Management se juntaram ao grupo formado pelo Aurelius Capital Management e outros credores da Oi. Até então, Attestor e York Capital Management estavam em um comitê de credores representado pela Moelis & Co.. Já o Western Asset Management deixou o comitê, mas permanece no grupo de credores, segundo pessoas próximas às negociações. Oi, Moelis, Aurelius, Western e York não quiseram comentar as informações. 

O Valor Econômico informa também que a operadora telefônica entregou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) uma proposta que prevê o pagamento a 65,5 mil pequenos credores, entre eles trabalhadores. Este plano, depois de avaliado pelo MPRJ será encaminhado a um juiz e deve ser aprovado ainda neste ano, segundo fontes. Ainda segundo o Valor, o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Juarez Quadros, deve receber nesta sexta-feira (25) o empresário egípcio Naguib Sawiris, que estaria interesado em fazer uma proposta para comprar a Oi. 

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Os executivos da operadora e representantes da Laplace, assessor financeiro contratado pela companhia para atuar em seu processo de recuperação judicial, iniciaram nesta terça longas negociações com seus credores, informou a coluna Radar, da Veja, na noite desta terça-feira (22). As conversas ocorreram com o BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e outros credores para tratar do plano de recuperação judicial apresentado pela empresa em setembro.    

Kroton (KROT3)
A companhia educacional está considerando se desfazer de todo o negócio de ensino à distância da Estácio para obter o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para a maior aquisição do setor do país, segundo informações de duas fontes familiarizadas com o plano consultadas pela Reuters.

A ideia de vender a Uniseb e outras marcas é vista como a melhor opção de venda de ativos para não comprometer os objetivos do acordo Kroton-Estácio. Tal operação tiraria do grupo cerca de 7% das receitas com EAD da Estácio e aproximadamente 100 mil alunos. As duas companhias também se comprometeriam a não fazer novas matrículas online por um período determinado, caso a venda de ativos não seja suficiente para o órgão antitruste.

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Os esforços da Kroton vêm em um momento em que concorrentes, grupos de defesa dos consumidores e reguladores concentram atenções sobre a fusão, que pode criar uma gigante com 10 vezes mais estudantes matriculados do que a rival mais próxima. Em termos de alunos EAD, a Kroton-Estácio poderia ser até 28 vezes maior que a unidade local da norte-americana Laureate Education. Tendo em vista tal contexto, o Cade pode exigir a venda de escolas de ensino presencial disseram as fontes, acrescentando que esse cenário forçaria as empresas a negociar com o Cade caso a caso.

Cosan (CSAN3)
A companhia informou o mercado que finalizou com a Shell as discussões relativas ao cancelamento e à substituição das opções de compra e venda de ações de emissão da Raízen, cujo exercício estava previsto para 2021 e 2026.

“As alterações acordadas entre a Cosan e a Shell visam fortalecer a parceria na Raízen no longo prazo e têm por objeto o cancelamento das opções com datas fixadas e sua substituição por opções de compra outorgadas à Shell e à Cosan, exercíveis em situações especificas”, escreveu a diretora de Relações com Investidores da companhia, Paula Kovarsky.

A companhia comunicou ainda que as partes também concordaram em renovar o período de lock up por mais 5 anos. Ao final deste prazo, será possível vender ações de emissão da Raízen.

Duratex (DTEX3)
Os analistas do Bradesco BBI iniciaram cobertura sobre os papéis da companhia com recomendação neutra. No ano, os papéis DTEX3 acumulam alta de 17,72%, ao passo que no mesmo período o Ibovespa sofreu valorização de 42,92%.

Somos Educação (SEDU3)
A Somos Educação está avaliando realizar uma nova oferta primária de ações para se capitalizar para a expansão planejada para os próximos anos, informa o Valor Econômico. Segundo a publicação, outra possibilidade seria a entrada de um sócio minoritário. Atualmente, a empresa é controlada pela Tarpon, que detém 76% da companhia, enquanto o fundo soberano de Cingapura controla 18,5% do capital.

Petrobras (PETR3PETR4)
A Petrobras informou nesta terça-feira (22) que a negociação da primeira grande área do pré-sal incluída no plano de desinvestimentos da estatal. A estatal finalizou a operação de venda de sua participação de 66% no bloco exploratório BM-S-8 para a Statoil Brasil Óleo e Gás, unidade da companhia norueguesa Statoil com o pagamento, de 1,25 bilhão de dólares, correspondente a 50 por cento do valor total da transação. No BM-S-8, na Bacia de Santos, está a promissora reserva de Carcará. Conforme informado anteriormente, o restante do valor será pago por meio de parcelas contingentes relacionadas a eventos subsequentes, como, por exemplo, a celebração de um Acordo de Individualização da Produção (unitização).

Eletrobras (ELET3ELET6)
A Eletrobras disse que recebeu nesta terça-feira (22) cerca de R$ 936,2 milhões da União a título de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (Afac). Os recursos devem viabilizar parte da execução do Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período de 2017-21, divulgado na semana passada, que prevê aportes de R$ 35,8 bilhões no período. Do total projetado até 2021, a Eletrobras prevê investimentos de R$ 8,95 bilhões em 2017. Os aportes anuais esperados para 2017 serão os maiores do plano plurianual. A companhia afirmou ainda em nota que manterá o mercado informado acerca da futura conversão do atual Afac em aumento de capital, assim como de outros adiantamentos da União feitos anteriormente que somam quase 2 bilhões de reais ao todo.

Vale (VALE3VALE5)
A requisição da Samarco – joint venture entre Vale e BHP Billiton – para retomar operações de minério de ferro no Brasil está progredindo apesar de multas ambientais e de uma ordem judicial, disse a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, a Semad. A companhia, que suspendeu seus trabalhos há um ano após o rompimento de uma barragem de rejeitos, está buscando uma nova licença para operar. A Samarco também procura permissões adicionais para depositar rejeitos em uma cava inutilizada em vez de construir uma nova barragem, o que lhe permitiria voltar a operar em capacidade parcial por cerca de 2 anos. 

Alliar (AALR3
Menos de um mês após sua estreia na BM&FBovespa, a empresa de diagnósticos Alliar anunciou hoje um programa de recompra de até um milhão de ações. Segundo o comunicado, enviado na noite desta terça-feira (22) à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a operação terá o prazo de até 18 meses, com início em 23 de novembro deste ano. O objetivo do programa, disse a empresa, é a manutenção das ações em tesouraria e posterior alienação. As recompras serão realizadas através do pregão da Bovespa, com a intermediação do Bank of America Merrill Lynch e Itaú Corretora. As ações da Alliar iniciaram os negócios na Bolsa dia 28 de outubro e, de lá para cá, acumulam queda de 16,98%, sendo cotadas a R$ 16,98. O IPO da empresa movimentou R$ 766 milhões e saiu a R$ 20,00 por ação.