Os 5 assuntos que agitarão o mercado nesta quinta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A quinta-feira começa com maior calmaria para os principais índices mundiais, mas tudo pode mudar com os dados dos EUA e a fala de Janet Yellen. Já no noticiário doméstico, o presidente Michel Temer promoveu jantar com senadores para discutir a PEC do teto de gastos. Entre os destaques corporativos, atenção para a Petrobras. Confira no que se atentar na sessão desta quinta-feira:

1. Bolsas mundiais
As bolsas mundiais têm um dia misto, com os investidores de olho na fala de Janet Yellen, que pode dar alguma indicação sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve após a eleição de Donald Trump, e também atentos aos diversos indicadores americanos. O índice Dax, da Alemanha, registra queda, enquanto o S&P futuro tem ligeira alta. 

Os mercados chineses fecharam com leve alta nesta quinta-feira, após duas sessões consecutivas de queda, com o avanço das ações do setor de infraestrutura compensando a queda em ações de metais básicos. Os outros mercados asiáticos avançaram na esteira da queda nos rendimentos do Tesouro norte-americano após uma semana de alta devido à eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos

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Já o petróleo se mantém perto de US$ 45 após dado mostrar alta de estoques nos EUA e enquanto negociações da Opep prosseguem, enquanto o cobre avança.

Às 07h50, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,24%

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* CAC-40 (França) -0,04%

*DAX (Alemanha) -0,25%

* Xangai (China) +0,11% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,08% (fechado)

*Nikkei (Japão) 0% (fechado)

*Petróleo brent +0,39%, a US$ 45,75 o barril

2. Agenda americana
A chairwoman do Federal Reserve, Janet Yellen, , dá depoimento
ao comitê da junta econômica no Congresso americano, às 13h, fala esta que será observada com atenção pelos mercados após a mudança nas apostas sobre a política de juros da autoridade monetária com a eleição de Donald Trump. A expectativa é de que as altas sejam mais rápidas, o que tem provocado uma saída de capital dos mercados emergentes. A expectativa é de que Yellen deva ser questionada sobre como a política fiscal de Trump deve afetar a economia e a trajetória dos juros nos EUA, mas não deve dar uma resposta clara. 

Além de Yellen, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, fala às 11h50 em evento e Lael Brainard fala às 15h30.

A agenda de indicadores americana também é movimentada, com a divulgação de dados de moradia em outubro, além de dados de preços ao consumidor e de seguro desemprego, todos a serem revelados às 11h30.

3. Agenda política
A agenda brasileira é bastante movimentada. Ontem, o presidente Michel Temer promoveu um jantar com senadores para discutir a PEC do teto de gastos em tramitação no Senado. Em discurso para os parlamentares, ele afirmou que  o país não sairá da “recessão profunda” que enfrenta com a adoção de “medidas simplesmente doces”. “O primeiro passo é tirar o país da recessão, depois, sim, começa o crescimento. Dai, sim, do crescimento nascer o emprego. Então, não vamos ter a ilusão de que você combate a recessão com medidas simplesmente doces, precisa de medidas amargas. Essas medidas visam ao futuro, não visam ao presente”, discursou o presidente.

Já no final da tarde de ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL), apresentou um calendário para as votações do Senado até o fim deste ano. O cronograma prevê a votação do projeto sobre repatriação na próxima terça-feira (22), assim como o segundo turno da PEC da Reforma Política – que acaba com coligações partidárias e institui cláusulas de barreira nas próximas eleições -, além de uma sessão de debates temáticos sobre a PEC do Teto de Gastos. A promulgação da PEC será no dia 15 de dezembro, afirmou. 

Por fim, a Polícia Federal fez nova operação e prendeu preventivamente o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. São cumpridos 38 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva, 2 de prisões temporárias e 14 de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

4. IBC-BR e atuação no BC
Nesta quinta-feira, o Banco Central revelará os dados do IBC-BR de setembro, considerado uma prévia do PIB, às 8h30. A expectativa é de um avanço de 0,20% na comparação com o mês anterior, mas queda de 3,70% na base de comparação anual. 

Em meio à forte volatilidade do dólar desde a eleição de Donald Trump nos EUA, o Banco Central atuará mais uma vez ao fazer oferta de 20 mil contratos para rolagem em 1 de dezembro, das 11h30 às 11h40, com resultado a partir das 11h50. Antes disso, o Ministério da Fazenda divulgará o Prisma, uma espécie de relatório Focus com estimativas para a área fiscal, às 10h. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participa de reunião com investidores em Nova York. 

5. Noticiário corporativo
Após a temporada de resultados, o noticiário corporativo é menos movimentada, mas com destaque para a Petrobras. Segundo o Valor, a Petrobras fechou a venda da Liquigás para o grupo Ultra entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões. Além disso, a companhia avaliou novos acordos com investidores individuais. O Conselho de Administração da Telefônica, por sua vez, aprovou Eduardo Carvalho como presidente. 

(Com Bloomberg, Reuters e Agência Brasil) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.