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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado nesta segunda-feira (7), com destaque para a notícia de que o governo já busca um nome de mercado para a Vale, além da notícia de que pode intervir na Oi. A temporada de balanços segue no radar com os números da Gol, BB Seguridade e Alpargatas. Veja os destaques desta segunda:
Vale (VALE3; VALE5)
Pressionado pelo PMDB na Câmara, o presidente Michel Temer não vai antecipar a mudança na presidência da Vale, atualmente nas mãos de Murilo Ferreira, prevista para maio. Contudo, já busca um executivo com experiência na área de mineração para troca, informa o jornal Folha de S. Paulo. O governo quer trocar o comando da mineradora, empresa privada com forte presença estatal, O governo quer trocar o comando da mineradora, uma empresa privada com forte presença estatal, mas já avisou à sua base aliada que o escolhido será um executivo. E que o nome será negociado com os sócios privados da mineradora, como o Bradesco.
Ainda no noticiário da mineradora, a agência de classificação de risco Moody’s alterou na sexta-feira a perspectiva da nota de crédito da mineradora Vale para “estável”, ante “negativa”, e reafirmou o rating de “Ba3” para a companhia.
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“A perspectiva estável reflete as melhorias das métricas de crédito da Vale ao longo de 2016, sustentadas por iniciativas da companhia para melhorar a liquidez e expandir os volumes de produção a custos mais baixos, além da disciplina da Vale em relação a investimentos e pagamentos de dividendos, o que melhora sua resiliência operacional”, afirmou a Moody’s.
Além disso, o Ibama afirmou na sexta-feira que está multando a mineradora Samarco, uma joint venture entre a Vale e a BHP Billiton, em R$ 500 mil por dia, por não cumprir exigências relacionadas à contenção de rejeitos de mineração da barragem que se rompeu em 2015. O Ibama disse que a Samarco vai ser multada diariamente até que conclua obras para tratar efetivamente o rejeito do Dique S3. Segundo o Ibama, a Samarco não concluiu a elevação da altura do dique antes do período chuvoso, conforme determinado.
Petrobras (PETR3;PETR4)
Segundo o jornal Valor Econômico, a Petrobras está revendo seus procedimentos para reduzir sua burocracia interna. O jornal informa que que a estatal iniciou, nos últimos dias, a implementação das primeiras medidas que buscam agilizar a tomada de decisão entre os gestores e, assim, desafogar a diretoria durante a contratação de bens e serviços de menor porte.
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Gol (GOLL4)
A Gol encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de 66 milhões de reais, revertendo resultado negativo de um ano antes de 2,13 bilhões de reais, informou a companhia aérea nesta segunda-feira.
A companhia apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de 599,5 milhões de reais nos três meses encerrados em setembro, crescimento de quase 59 por cento sobre o mesmo período do ano passado.
A empresa fez ajustes em suas projeções para o ano. A companhia agora espera que sua oferta de lugares em voos recue 8 por cento em 2016 ante estimativa anterior de queda de 5 a 8 por cento. A expectativa para a margem operacional (Ebit) é de 6 por cento, ante variação estimada anteriormente em 4 a 6 por cento. No acumulado do ano, a margem Ebit da empresa está em 6,9 por cento e a oferta total mostra recuo de 7,2 por cento. Segundo o BTG, o resultado foi melhor do que o esperado, principalmente devido aos custos mais baixos. Além disso, a alavancagem voltou a cair.
A empresa ainda aprovou contrato de crédito de US$ 10,5 milhões com JPMorgan.
BB Seguridade (BBSE3)
O BB Seguridade, que reúne as participações do Banco do Brasil em seguros e previdência, anunciou nesta segunda-feira lucro líquido de 987,93 milhões de reais no terceiro trimestre, 4,04 por cento inferior ao 1,030 bilhão de reais apurado em igual período de 2015.
Já o retorno sobre patrimônio líquido ajustado foi de 48,9 por cento no período, de acordo com o informe de resultados.
O lucro líquido ajustado foi de 994,57 milhões de reais, 0,8 por cento menor que o 1,003 bilhão de reais do terceiro trimestre do ano anterior.
O BTG Pactual aponta que o lucro veio 4% abaixo das estimativas e 1% abaixo do consenso. “No geral, os resultados nos negócios de assurance, que são os mais relevantes pra a BB Seguridade, vieram em linha ou até um pouco melhores versus o que esperávamos – o que é boa notícia. Os resultados non-core, e de resseguros – vieram bem mais fracos”, avaliam.
Alpargatas (ALPA4)
Dando continuidade à temporada de balanços, a Alpargatas apurou lucro líquido de R$ 84,5 milhões no terceiro trimestre de 2016, crescimento de 10,6% na comparação com igual período do ano anterior. A receita líquida da Alpargatas no trimestre foi de R$ 982,8 milhões, queda de 9,4% na comparação anual.
A companhia reportou ainda um lucro líquido das operações continuadas, que desconsidera os resultados de Topper, Rainha e Timberland. Esse lucro atingiu R$ 83,8 milhões no trimestre, aumento de 8,1%. A Alpargatas anunciou a venda das marcas Topper e Rainha no ano passado e decidiu descontinuar a partir do ano que vem sua representação da Timberland no Brasil.
Já o Ebitda entre julho e setembro atingiu R$ 128,6 milhões, queda de 13,6% na comparação com os mesmos meses de 2015.
Oi (OIBR4)
O noticiário para a Oi também é bastante movimentado. Em destaque, está a notícia da Folha de que o governo, na dúvida sobre a possibilidade de uma “saída de mercado” para salvar a Oi da falência, prepara uma “solução de emergência”, que prevê a edição de uma medida provisória para permitir uma intervenção completa na operadora.
A medida vai alterar a legislação de recuperação judicial, autorizando intervenção em casos de concessão, autorização e até permissão. A MP é uma necessidade no caso da Oi porque, atualmente, a Lei de Recuperação Judicial só permite intervenção nos serviços prestados em regime público (concessão). Na Oi, isso só valeria para a telefonia fixa, informa o jornal.
Já a Bloomberg informa, citando fontes, que o grupo BTG Pactual, Alvarez & Marsal e Consórcio Oi estão entre os candidatos a assessorar Oi em sua reestruturação de US$ 20 bilhões em dívidas. Nenhum candidato foi selecionado até o momento para substituir a PJT Partners como assessor da Oi, enquanto a empresa ganha tempo para desenvolver um novo plano de reestruturação, disseram as fontes. O consórcio Oi é um grupo que inclui o banco de investimento ACGM, com sede em NY, os escritórios de advocacia Felsberg Advogados e Morrison & Foerster, além da consultoria em reestruturações Íntegra Associados e dois tradicionais executivos do setor de telefonia: João Cox , ex-chefe da unidade brasileira da América Móvil SAB, e Mario Cesar Araújo, ex-presidente da Tim. Oi, BTG e Consórcio Oi não quiseram comentar.
Por fim, o diretor de Estratégia e Transformação do Negócio da Oi deixou a empresa em 4 de novembro, segundo memorando interno ao qual a Bloomberg teve acesso. Nos últimos 12 meses, Vergani foi responsável por planejar e estruturar o movimento de digitalização da empresa. Vergani lançou novos aplicativos para clientes corporativos (Oi Mais Empresas), para clientes de pré- pago (Oi Livre) e um sistema de monitoramento de ambientes (Oi Smart) que foi o primeiro produto da chamada “internet das coisas” da operadora. Os projetos delineados por Vergani serão agora distribuídos por outras diretorias para serem implementados. Procurada, a Oi confirmou a saída do executivo.
Braskem (BRKM5)
O Valor informa que, uma vez que está mais próxima a homologação das delações premiadas de executivos da Odebrecht, bem como a realização de um acordo de leniência por parte de empresas do grupo empresarial, o andamento das ações coletivas movidas por investidores americanos em Nova York contra a Braskem e a própria Odebrecht, na condição de controladora deve ser influenciado.
Cosan (CSAN3)
A Cosan informou na sexta-feira que concluiu a venda de participação na Radar Propriedades Agrícolas para a Mansilla Participações. A Mansilla é um veículo do fundo de investimento Tiaa (Teachers Insurance and Annuity Association of America). Pela venda, a Cosan receberá R$ 1,04 bilhão. A Cosan havia anunciado no fim de setembro acordo para venda de participação na Radar, na qual porém manteria uma fatia, em função de sua expertise no setor.
Ainda sobre a Cosan, a Bloomberg informou citando fontes que Leonardo Gadotti, vice-presidente de logística, distribuição e trading da Raízen, deixará a empresa no final do ano. Gadotti será substituído por Ricardo Aquila Mussa, atualmente diretor vice-presidente da Cosan Lubrificantes, e também deixará cargo de presidente do conselho da RAW, joint venture entre Raizen Energia e Wilmar International. Gadotti se tornará chefe do Sindicom, sindicato de distribuidores de combustíveis. Raízen e Cosan não quiseram fazer comentários, segundo suas assessorias de imprensa, mencionando período de silêncio.
BTG Pactual (BBTG11)
O conselho de administração do BTG Pactual aprovou a distribuição de R$ 500 milhões em juros sobre capital próprio, ou R$ 0,1877 por ação. O pagamento será realizado em 9 de novembro, segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na noite desta sexta-feira.
JBS (JBSS3)
A Folha informa que a JBS agora quer investir na importação de corte gourmet. A ideia é ofertar cortes especiais de importados diretamente ao varejo, aproveitando o crescente interesse dos brasileiros pelos chamados produtos “premium”.
A decisão de ampliar os investimentos na área veio em definitivo com a abertura do mercado norte-americano para a carne brasileira, oficializada em agosto e, de início, chegarão às prateleiras dos supermercados brasileiros cortes de carne feitos nos EUA.
Lojas Americanas (LAME4) e Via Varejo (VVAR11)
Segundo informações do jornal O Globo, a Lojas Americanas está interessada nas operações da Via Varejo, assim como o grupo alemão Steinhoff.
Na última quinta-feira, o conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar autorizou a diretoria a avaliar alternativas estratégicas envolvendo o investimento na Via Varejo. De acordo com diversas notícias de jornais, uma venda estaria nos planos.
Positivo (POSI3)
Segundo a coluna Radar Online, da Veja, o grupo Positivo vai investir US$ 800 milhões para expandir sua produção de celulares, placas e baterias em Manaus. Serão mil postos de trabalho a mais na Zona Franca, informa a coluna.
(Com Reuters e Bloomberg)
